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17/12/2014 - 08:23

ASEMG lança Mercominas e promete revolucionar a comercialização de suínos no estado

A necessidade de trabalhar com informações mais precisas sobre a oferta e demanda de carne suína e no compartilhamento das informações com os interessados em Minas Gerais e no Brasil foram o ponto de partida para a ASEMG estruturar o Mercominas, que será responsável por coletar, analisar e publicar informações sobre a produção, comercialização e rumos do mercado nacional e internacional, fatores considerados fundamentais para estabelecer a cotação do suíno vivo. Tais fatores, incentivaram a ASEMG (Associação dos Suinocultores do Estado de Minas Gerais) em parceria com o Sebrae Minas e a Associação Brasileira de Criadores de Suínos (ABCS) a criarem indicadores para orientar os produtores. “Com o Mercominas será possível reunir informações fundamentais para balizar os suinocultores em relação à produção e à comercialização” contou o presidente da ASEMG, médico e suinocultor, Dr. Antônio Ferraz de Oliveira.

Para Fernando Machado Ataíde, analista técnico de agronegócio do Sebrae Minas e um dos gestores do Mercominas, este projeto inovador promete ser um marco na suinocultura nacional. “Desde 2012, quando visitamos as Bolsas de comercialização de suínos da Espanha e da França, viemos observado o modelo de negócios da Europa e projetando uma estrutura que se encaixasse à realidade da Bolsa de Minas Gerais. Assim surgiu o Mercominas, cujo escopo cresce e se torna cada vez mais consistente, agregando novos serviços como a ferramenta Radar Mercominas”, explicou o gestor do Sebrae.

Consultores técnicos e mercadológicos foram contratados para levantar e analisar os dados de produção, como a quantidade de animais vendidos, seu peso médio e a projeção da oferta futura de suínos no mercado, conjuntamente a isto está sendo desenvolvido um trabalho econométrico para apoiar o processo decisório e projetar o cenário futuro da carne suína através do monitoramento do preço semanal de cortes suínos e bovinos no varejo da capital mineira que podem ser acessados através do site da ASEMG.

O Mercominas reunirá informações seguras sobre os três elos do mercado suinícola. Uma das dimensões é a técnica que irá monitorar as informações sobre a produção e já disponibilizada pelo Radar Mercominas. “Há alguns meses vem sendo realizada uma pesquisa através da coleta de dados do sistema de gestão de algumas granjas, onde por amostragem podemos avaliar dados sobre o volume da oferta de animais vivos no mercado, não só no momento presente, como a curto e médio prazos. Esses dados são disponibilizados aos produtores nas quintas-feiras durante a reunião da Bolsa de Suínos em Belo Horizonte para que estes consigam entender melhor o mercado no qual estão inseridos, influenciando assim a decisão do produtor ao trabalhar o preço de comercialização do quilo do suíno vivo” explicou o consultor e médico veterinário formado pela Universidade Federal de Viçosa, Alvimar Lana da Silva Jalles.

Outra dimensão é a mercadológica que monitora os preços e volumes da comercialização entre os elos da cadeia suinícola que resultaram na estruturação do conceito denominado “Margem Mercominas”, ou seja, a análise da diferença do preço do quilo da carne suína entre os atores da cadeia. Através deste fator chave de sucesso, foram construídos cinco indicadores ASEMG/Mercominas. A ASEMG, através do seu departamento de Inteligência de Mercado, irá analisar semanalmente os indicadores para avaliar a “Margem-Mercominas” entre o produtor e o frigorífico, entre o frigorífico e o varejista e entre o varejista e o consumidor final. Em seguida será possível avaliar as tendências e simular os cenários futuros do preço do quilo do animal vivo e medir o impacto do preço ao longo da cadeia. Resultados das análises quantitativas nas últimas 13 semanas demonstram que os cortes da carne suína acompanharam a alta da carne bovina subindo 5,1% enquanto que os cortes da carne bovina subiram 5,06%. Cabe ressaltar que no mesmo período da análise o kg do animal vivo reduziu 6,89%, saindo de R$ 4,50 em 18/09 para R$ 4,19 na semana passada. Outro ponto de destaque refere-se a diferença ao preço médio dos principais cortes de suínos que apresentaram ser em média 28% mais baratos que o preço médio dos principais cortes bovinos na capital mineira. Pode-se concluir que apesar da queda do quilo do suíno vivo pelos produtores nas últimas semanas esta queda não foi absorvida pelos atores da cadeia e repassados ao consumidor final.” disse Gustavo Vanucci, mestre em administração com especialização em Inteligência de Mercado e sócio-diretor da Vanucci | Inteligência em Negócios.

“A disponibilização de informações precisas sobre o mercado de animas vivos (bovinos, aves e suínos), das carcaças e dos cortes no varejo da região metropolitana de Belo Horizonte irão contribuir consideravelmente para retratar a elasticidade de preços entre estes três segmentos, o que possibilita, através do mapeamento geográfico que inclui integração das técnicas de pesquisa e de geoprocessamento, monitorar o preço até o consumidor final. Estes dados de mercado juntamente com os de produção, além da exportação de Minas Gerais e de todo o território brasileiro serão disponibilizados a partir do início de 2015 de forma on-line aos produtores mineiros através de um aplicativo para celular chamado Mercophone. Temos que nos adaptar a velocidade das informações e a volatilidade do mercado, oferecendo aos nossos associados ferramentas modernas que o ajudem a tomar decisões mais seguras e profissionais, esta é a filosofia do Mercominas”, explicou Sabrina Cardoso de Moura, especialista em marketing pela Fundação Dom Cabral e gerente executiva da ASEMG.

O Setor -Minas é hoje o quarto maior produtor de carne suína no Brasil e o principal consumidor da proteína. O país tem o consumo per capita por volta de 15kg e em Minas esse número gira em torno de 21kg, fruto da cultura gastronômica do estado.

O plantel conta com cerca 258 mil matrizes, emprega aproximadamente 15 mil pessoas e tem o PIB em torno de R$2 bilhões.

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