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18/12/2014 - 06:16

Gerenciamento de riscos e os benefícios para o mercado de transportes e logística

Roubos e furtos de cargas, acidentes, problemas de infraestrutura, entre tantos outros problemas fazem parte do dia a dia das empresas que atuam no mercado de logística e transportes no Brasil.

No caso de roubos de cargas, o Brasil é campeão mundial e está à frente de países como México, África do Sul, Somália e Síria, apontados com "altíssimo risco", de acordo com a FreightWatch International, maior consultoria especializada em roubos de cargas.

Ainda segundo o estudo, o custo com a segurança das frotas de caminhões representa 12% do faturamento bruto das empresas de logística. Como consequência, tudo o que é gasto com seguro, escolta e tecnologia entra no Custo Brasil e quem paga, obviamente, somos todos nós.

Por isso, todos os envolvidos nesse mercado precisam se unir e ter atenção total para toda a cadeia, que sofre por estar à mercê desses gargalos. Não adianta cada um trabalhar apenas no seu canteiro; precisamos pensar juntos em como ter mais força e vencer as quadrilhas, que veem em falta de estratégia e segurança, uma brecha para fincar suas bandeiras.

Trabalho neste ramo há muitos anos e já vi toda a evolução dos roubos nesse período e posso afirmar que o Gerenciamento de Riscos deve ser visto com bons olhos, pois utiliza técnicas cujo objetivo é aumentar a segurança dos transportes e, por meio de medidas preventivas, minimizar as perdas materiais, financeiras e humanas.

Trata-se de um serviço apoiado em modernos processos, procedimentos, tecnologias de monitoramento, softwares de gestão, controles e planos de contingência para combater cada tipo de riscos.

Um PGR – Plano de Gerenciamento de Risco deve ser elaborado com base nas informações de cada operação e, para isso, é necessário avaliar os tipos de mercadorias (se são visadas, de fácil recolocação no mercado, de fácil manuseio), valor, cubagem x peso, áreas de riscos, ou seja, regiões geográficas caracterizadas pela alta incidência e concentração de sinistros de roubo de carga, rotas (rodovias com alta incidência de acidentes, por exemplo), tipos de veículos e de motoristas (se são funcionários, agregados ou terceiros/autônomos). De posse destas informações são definidos os procedimentos, equipamentos e controles das operações.

Dessa forma, o sólido crescimento do setor tem contribuído expressivamente na redução de perdas de cargas e veículos. Dados levantados pela GRISTEC, Associação Brasileira das Empresas de Gerenciamento de Riscos e de Tecnologia de Rastreamento e Monitoramento, revelam que, entre 2005 e 2013, 563 mil tentativas de roubos ou furtos foram frustradas graças à ação de equipamentos antifurto e das centrais de monitoramento, o que representou uma economia de R$27 bilhões, recurso que para embarcadores, transportadores e companhias seguradoras significa mais investimentos, criação de empregos e geração de renda.

. Por: Cyro Buonavoglia, especialista em gerenciamento de risco, é presidente da Buonny Projetos e Serviços de Riscos Securitários.

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