InfoMercado semanal: consumo de energia elétrica cresce 1,36% no início de dezembro

Na indústria, segmentos de manufaturados (14%), veículos e têxteis (10%) lideram elevação do consumo na comparação com 2013.

São Paulo – A geração de energia elétrica no Brasil alcançou 64.039MW médios entre 1º e 16 de dezembro de 2014, o que representa aumento de 2,85% na comparação com o mesmo mês de 2013. No mesmo intervalo, o consumo foi de 60.879 MW médios, uma alta de 1,36% frente a 2013. Os dados constam da mais recente edição do boletim InfoMercado semanal – que traz os resultados preliminares de medições de consumo e de geração no mês corrente, dados da posição contratual líquida atual dos consumidores livres e especiais e as estimativas de ajuste do MRE – Mecanismo de Realocação de Energia.

O crescimento da geração de energia foi influenciado pelas térmicas, que responderam por montante de 17.689 MW médios, montante 50,2% acima do registrado no mesmo mês do ano passado. As eólicas também apresentaram bom desempenho, com 1.965 MW médios produzidos em dezembro, uma alta de 128% frente a 2013.Já a geração hidráulica caiu 10,6%, totalizando 44.385 MW médios nos primeiros 16 dias de dezembro como consequência da continuidade do cenário hídrico desfavorável.

A estimativa semanal para as usinas hídricas que fazem parte do Mecanismo de Realocação de Energia – MRE é de uma geração equivalente a 99,6% da garantia física. Este índice gera impacto negativo estimado de R$ 22milhões para essas usinas no âmbito do MRE.

No consumo, o aumento foi puxado pelo desempenho do Ambiente de Contratação Regulado – ACR (46.440 MW médios), que teve incremento de 3,1% em relação a dezembro de 2013. Já o Ambiente de Contratação Livre – ACL (14.439 MW médios) apresentou redução de 4,2%.

Dentre os 15 ramos de atividade acompanhados pela CCEE, seis tiveram queda no consumo frente ao ano passado, ainda como reflexo do PLD elevado no período, sendo as maiores baixas percentuais nos segmentos de bebidas (-15%), extração de minerais metálicos (-15%) e saneamento (-13%). Entre os nove segmentos com elevação no consumo de energia, a maior alta foi da indústria de manufaturados diversos (14%), seguida pela de veículos (10%) e de têxteis(10%). Desses segmentos, o que tem maior representatividade é o de metalurgia e produtos de metal, responsável por 27% do consumo de consumidores livres e especiais; em seguida aparece o ramo químico, com 16%, e o de minerais não-metálicos, com 10%. [www.ccee.org.br].