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Exportação de flores e plantas em 2006 supera a de 2005 com vendas internacionais de US$ 27,43

Brasília - A exportação de flores e plantas brasileiras deu sinais claros de vigor em 2006. Levantamento realizado pelo engenheiro agrônomo Antônio Hélio Junqueira e pela economista Márcia Peetz, diretores da Hórtica Consultoria e Treinamento, de São Paulo, revela que de janeiro a novembro de 2006 o País acumulou vendas internacionais de US$ 27,43 milhões. Esse valor é 9,58% maior que o apurado em todo o ano de 2005, quando o País exportou US$ 25,75 milhões.

"Ainda faltam contabilizar as exportações de dezembro, que sempre foi um ótimo período para as exportações de flores e plantas brasileiras. Por isso, as projeções são de que o País chegará ao fim deste ano com valores exportados próximos ou até superiores a US$ 30 milhões", explica Hélio Junqueira na análise que produz sobre as exportações do setor a partir da base de dados da Secretaria de Comércio Exterior do Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior.

Segundo Hélio Junqueira, apesar de os gargalos logísticos e da valorização do real diante do dólar, a análise dos dados mostra que o Brasil tem mantido um crescimento sustentável das exportações de flores e plantas ornamentais. "Estamos mantendo taxas reais de aumento de vendas, em dólar, que variam de 10% a 15% ao ano", assinala.

Na análise Hélio Junqueira traça alguns fatores positivos e negativos que podem impactar o setor em 2007. "Talvez seja ainda muito cedo para se arriscar previsões para 2007, já que se trata de um setor de mercadorias altamente perecíveis, suscetível a fenômenos e reviravoltas importantes. No entanto, já é possível prospectar tendências no cenário mundial", explica.

Entre os fatores que podem ocorrer e que o engenheiro agrônomo considera como positivos está a perspectiva de revisão da política cambial, com desvalorização do real diante do dólar, além da consolidação do crescimento das exportações na União Européia e a continuidade do aumento do consumo de flores e plantas no Leste europeu, Ásia e Oriente Médio.

No outro extremo existem fatores que poderão trazer dificuldades ao setor de flores e plantas ornamentais. Um deles é a própria continuidade da atual política cambial, avalia o especialista. A logística de exportação também pode contribuir para uma queda no desempenho do setor. A concorrência chinesa (bulbos e mudas) e colombiana (flores frescas ao mercado norte-americano) também são desafios a serem superados.

Balança comercial - Se avaliada a balança comercial do setor de flores e plantas ornamentais brasileiras o resultado também é favorável. No período de janeiro a novembro, o saldo acumulado foi de US$ 19,91 milhões, mantendo o desempenho de importação na faixa de 27% sobre os valores exportados. Segundo Hélio Junqueira, esse valor deve-se à importação de materiais de propagação como bulbos e mudas, necessários para manter a atividade no Brasil.

Na análise da exportação por segmentos, o de mudas de plantas ornamentais foi o mais representativo nas exportações brasileiras. De janeiro a novembro de 2006 respondeu por 43,51% das vendas internacionais do País, trazendo US$ 11,93 milhões em divisas. Na segunda posição aparece o segmento de bulbos, tubérculos, rizomas e similares, que representou 36,48% nos 11 primeiros meses de 2006, fechando na casa dos US$ 10 milhões.

O segmento no qual o Sebrae tem participado ativamente na capacitação técnica e gerencial de pequenos produtores, o de flores e botões frescos de corte para buquês e ornamentações, é o terceiro grupo na pauta de exportações brasileira, segundo levantamento da Hórtica Consultoria e Treinamento. Somou vendas internacionais de US$ 2,79 milhões, representando 10,16% da pauta de exportações brasileira no setor de flores e plantas ornamentais.

Hoje, o Sebrae apóia 19 projetos na área de flores e plantas ornamentais. As unidades da federação atendidas são Alagoas, Amazonas, Bahia, Distrito Federal, Espírito Santo, Minas Gerais, Mato Grosso, Pará, Paraíba, Rondônia, Rio Grande do Sul, Santa Catarina e São Paulo. Alguns desses estados têm mais de um projeto sendo executado em diferentes regiões.

Todos esses projetos são monitorados pela metodologia Gestão Estratégica Orientada para Resultados (Geor). Ela permite que os resultados a serem alcançados sejam definidos pelos próprios empresários atendidos e ainda facilita o acompanhamento em tempo real das ações que são definidas em comum acordo com os floricultores e as instituições parceiras.| Por: Rodrigo Rievers e Márcia Gouthier/ASN

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