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19/01/2008 - 10:39

IGP-10 indica tendência queda no preço de alimentos no atacado

A inflação pelo Índice Geral de Preços-10 (IGP-10) desacelerou para 1,02 por cento em janeiro, depois da taxa de 1,59 por cento vista em dezembro.

Rio de Janeiro - Os preços dos alimentos no atacado começam a apresentar tendência de queda, segundo o Índice Geral de Preços -10 (IGP-10) de janeiro, que ficou em 1,02%. O resultado, divulgado no dia 18 de janeiro, pela Fundação Getulio Vargas, é inferior à taxa de dezembro (1,59%) e foi puxado pelo Índice de Preços no Atacado (IPA) - especialmente pelos alimentos in natura - cuja taxa foi reduzida de 8,54% para 1,87%.

O coordenador de Análises Econômicas da Fundação Getulio Vargas, Salomão Quadros, informou que um dos principais produtos em alta, o feijão, apresentou forte desaceleração, saindo de uma taxa de 46,89% em dezembro para 0,91% em janeiro.

Outros produtos, como batata inglesa e ovos, também tiveram desaceleração significativa. Quadros disse que os alimentos processados também estão registrando queda em suas taxas no atacado, como é o caso da carne bovina, um dos produtos que mais aumentaram no ano passado. O IGP-10 de janeiro apontou para uma alta de 0,94% no produto, contra 8,29% no mês anterior.

"A tendência é que, em fevereiro, a queda nos preços dos alimentos no atacado seja repassada para o varejo também", destacou o economista. Em janeiro, o Índice de Preços ao Consumidor (IPC), que faz parte do IGP-10, registrou alta de 0,81% em janeiro, contra 0,54% em dezembro. Por enquanto, o grupo alimentação ainda registra alta maior que o índice do mês anterior, saindo de 1,42% para 1,84%.

Para Salomão Quadros, a inflação de 2008 deve apresentar um movimento inverso: os alimentos deixariam de exercer a maior pressão sobre a taxa e seriam substituídos pelas tarifas de energia elétrica.

"A agricultura oscila muito, tem um ano de perda, mas depois um ano de recomposição. A expectativa é que a oferta de alimentos reaja, através de uma produção mais vigorosa. E, mesmo que a demanda continue forte, no Brasil e mundo afora, deve haver aumento produção", disse Salomão. | Por: Aline Beckstein/ABr

Reajustes - Os consumidores que têm contratos de aluguel, energia e outros que são corrigidos pelos IGPs e que vencem no primeiro semestre deste ano devem se preparar para aumentos mais salgados, na faixa de 8 por cento.

O IGP-10, primeiro índice fechado de janeiro, já atingiu em 12 meses a taxa de 8,06 por cento.

Neste ano, entretanto, Quadros acredita que os IGPs vão oscilar entre 4 e 7 por cento --patamares observados nos anos de 2006 e 2007, respectivamente.

O IGP-10 foi calculado com base nos preços coletados entre os dias 11 de dezembro e 10 de janeiro.

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