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16/01/2015 - 08:09

Previsões para a América Latina em 2015

Em sua terceira edição, as humildes previsões dos nossos especialistas regionais para o ano que se inicia já se tornaram uma espécie de tradição. E não é que queiramos nos gabar, mas no ano passado vimos todas as nossas sete previsões para o ano de 2014 se confirmarem.

Há de se perdoar aquele que, à luz desses comentários, acredite que a América Latina esteja assolada por problemas. Há de se perdoar também àquele que acreditou, cinco anos atrás, que a América Latina seria o novo Santo Graal dos mercados emergentes. Houve muitos exageros naquela época, da mesma forma como a situação atual pode parecer muito pior do que realmente é.

Não restam dúvidas de que dois dos mercados emergentes com perspectivas mais atraentes do mundo estão na América Latina. Isso não mudou. E várias outras economias da América Latina apresentam níveis de crescimento invejáveis por muitos países, inclusive por membros da Zona do Euro.

Brasil - O “Petrolão” está longe de acabar e deverá impactar o setor em 2015: a Petrobras está enfrentando uma série de problemas e novas acusações que causarão grande impacto para a estatal, suas relações comerciais e para o governo em 2015. A presidenta Dilma renovará o atual quadro de diretores e a presidência da empresa, prezando pela profissionalização e independência. A indicação será baseada em critérios técnicos, não políticos.

México - Apesar da violência e dos protestos, o PIB deverá crescer: embora o crescimento não seja tão pronunciado como em anos anteriores, o PIB do México aumentará mais de 3% em 2015 devido às reformas estruturais vigentes. As reformas da política fiscal e da legislação sobre recursos minerais e mineração, em particular, garantiriam ao México o potencial de crescer dois dígitos nos próximos anos, o que não deverá acontecer devido ao ciclo de violência e instabilidade em grande parte do país, o que abrandou o interesse de investidores.

Peru - declínio da popularidade do futuro ex-presidente: em ano pré-eleitoral e diante da desaceleração do crescimento, a já baixa popularidade do Presidente Humala continuará seu declínio em 2015. Considerado um governante à sombra de sua esposa, Nadine Heredia, cuja influência e popularidade superam as do marido, será difícil para Humala conseguir realizar algum feito no tempo que lhe resta. De acordo com nossas previsões, é certo que um candidato de centro-direita ascenda à presidência em 2016. Embora ainda seja cedo para apostar nossas fichas, Keiko Fujimori, filha do polêmico ex-presidente Alberto Fujimori, é uma das favoritas para conquistar o cargo.

Argentina - Apesar do antagonismo global ao “Kirchnerismo”, Daniel Scioli será eleito presidente: acreditamos que Daniel Scioli, líder do Partido Justicialista, conquistará a presidência nas eleições previstas para outubro de 2015. Apesar da oposição mundial às políticas econômicas do governista Partido Justicialista, a sociedade argentina - que se sente perseguida no cenário global - deverá reeleger o partido em 2015. Com isso, os argentinos demonstrarão seu apoio à posição do país com relação aos “fundos abutres”, tidos como a principal causa das dificuldades enfrentadas pela economia argentina.

Chile - Com um pacote conservador de reformas, Bachelet observará a queda de sua popularidade: os analistas temem que os projetos de lei aprovados esse ano pela administração de Bachelet possam se tornar obstáculos para o crescimento do país. Embora as autoridades do governo insistam que o crescimento não será afetado, líderes empresariais alegam que a legislação já está prejudicando os investimentos, cuja queda se deve ao declínio do preço do cobre, responsável por mais de metade das exportações do país. Os empresários também estão preocupados com as mudanças propostas à legislação trabalhista, que fortalecerão os sindicatos em negociações coletivas, e advertem que as reformas não contribuirão para melhorar a situação econômica ou restaurar o crescimento.

Venezuela - Venezuela e a moratória de sua dívida externa: o declínio abrupto do preço do petróleo, observado nas últimas semanas, aumenta a pressão sobre a já abatida economia do país. Alguns analistas acreditam que o país chega a ter um prejuízo de USD 700 milhões por ano para cada USD 1 de queda no preço do petróleo. Segundo nossas previsões, essa situação, em conjunto com o acesso limitado da Venezuela aos meios de financiamento externo, indicam uma moratória iminente para 2015.

Colômbia - Paz duradoura com as FARC: à medida que as FARC dão início ao seu cessar-fogo unilateral, é de se esperar que o processo de pacificação da Colômbia esteja chegando ao fim. Protestos fervorosos demonstraram a indignação de parte da população, liderada pelo ex-presidente Alvaro Uribe, contra a impunidade com que as FARC e outros líderes rebeldes provavelmente serão tratados. Esse ainda é o principal fator que inibe o entusiasmo da população. No entanto, em função do apoio da comunidade internacional, do setor empresarial e de grandes influenciadores da sociedade civil, além da promessa de um imenso dividendo econômico, acreditamos em um acordo de paz em 2015. Segundo nossas previsões, o referendo para o acordo de paz, que ocorrerá ainda esse ano, certamente terá um resultado positivo, marcando o fim de cinco décadas de conflitos.

. Por: Ian Herbison, CEO da Speyside.

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