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17/01/2015 - 07:05

Especialista desvenda mitos sobre fertilização in vitro

A fertilização in vitro é o tratamento mais abrangente para casos de infertilidade, indicado para casais com problemas como alterações tubárias, endometriose, alterações no sêmen (quantidade/qualidade dos espermatozoides), idade materna avançada e falha de tratamentos mais simples, como coito programado e inseminação intrauterina.

O especialista em reprodução humana Marcelo Marinho de Souza, Diretor Médico da Fertipraxis Centro de Reprodução Humana, na Barra da Tijuca, explica que o processo é feito em laboratório onde, de modo geral, os espermatozoides são injetados nos óvulos. Após esse processo, os embriões resultantes são cultivados em laboratório por três a cinco dias e recolocados no útero da mulher. As etapas que se seguem ocorrem como nas gestações naturais: os embriões colocados dentro do útero devem se fixar e continuar o seu desenvolvimento.” explica o médico.

O casal que passa por esse processo costuma ter muitas dúvidas. Será que é tão simples assim? O que a mulher pode ou não pode fazer? Existem exames específicos ou restrições? A seguir, Marcelo Marinho de Souza esclarece as dúvidas mais comuns:

1) A mulher precisa usar alguma medicação especial? No início do tratamento, utilizam-se medicações para aumentar o número de óvulos maduros disponíveis no ovário no ciclo menstrual. "Esta etapa é controlada com exames de ultrassonografia e às vezes de sangue, para avaliar a resposta às medicações e decidir o momento ideal de coleta dos óvulos", explica o ginecologista.

2) Pode-se fazer o tratamento na menopausa? Não. "Após a menopausa, a mulher já não tem mais óvulos ou ovários para serem fertilizados", declara Marinho de Souza. De acordo com o médico, há uma alternativa de tratamento chamada ovodoação anônima, que é basicamente uma fertilização in vitro na qual utilizam-se óvulos de outra pessoa. "A doação é feita de forma anônima e sem fins lucrativos", esclarece o especialista.

3) Quanto tempo sem obter sucesso para engravidar do modo tradicional é preciso esperar para cogitar esse tipo de tratamento? Antes de procurar qualquer tratamento, é necessário identificar o que possa estar dificultando a gravidez. Os especialistas recomendam que se espere cerca de um ano de tentativas de gravidez sem sucesso para começar a busca pelo problema. Marcelo Marinho de Souza esclarece que se a mulher tiver mais de 35 anos a investigação deve ser iniciada após seis meses de tentativas e, nos casos de mulheres com mais de 40 anos, o início deve ser imediato.

4) Qual a duração do tratamento? Os tratamentos em reprodução humana duram em média 20 dias por tentativa. "Neste período, o casal deve ir ao médico e realizar procedimentos como ultrassom, coleta de óvulos e sêmen e transferência dos embriões", explica o médico.

5) Existe algum efeito colateral? De acordo com os especialistas, o efeito colateral mais comum é o inchaço, que pode corresponder a um ganho de peso de até dois quilos. "Esses efeitos estão relacionados à estimulação exagerada dos ovários, que crescem muito", conta Marinho de Souza, lembrando que ganho de peso, dor de cabeça, desconforto abdominal e mudanças de apetite ou humor podem ocorrer, mas são pouco comuns”.

6) Quais exames o casal deve fazer antes do tratamento? Antes de pensar em fazer qualquer tratamento, o casal deve fazer uma investigação completa da infertilidade, que inclui exames de ultrassom, avaliação hormonal, avaliação das tubas pela histerossalpingografia e espermograma. "Além disso, é importante fazer exames de HIV, hepatite B e C, HTLV, sífilis e rubéola",” fala Marinho de Souza.

7) Há diferença entre a gravidez com fertilização in vitro e a gravidez sem? Os riscos da gestação de FIV são iguais aos riscos de gestações naturais de casais com o mesmo perfil, ou seja, se aquele casal conseguisse engravidar naturalmente, correria os mesmos riscos que está correndo com a fertilização in vitro - tudo depende das características e hábitos do casal.

Porém, Marcelo lembra uma diferença: "Em quase todo o 1º trimestre da gestação de FIV, é comum utilizarmos alguns hormônios de suporte que não são comumente utilizados em gestações naturais". Segundo ele, após esse período, a gestação ocorre naturalmente.

10) O bebê de fertilização in vitro corre mais risco que um bebê concebido de forma tradicional? "O bebê de fertilização é tão normal quanto poderia ser se seus pais conseguissem engravidar naturalmente", declara.

11) A mulher pode seguir uma rotina normal durante o tratamento? "Normalmente, recomenda-se não praticar atividades físicas de impacto, como corrida e musculação, durante o tratamento", diz o médico. Isso porque os seus ovários ficam maiores e o excesso de movimentação pode gerar problemas. Quanto à alimentação, recomenda-se uma dieta saudável, sem grandes restrições alimentares. É importante também ressaltar que, como se trata de tratamento para engravidar, recomenda-se não consumir bebidas alcoólicas e não fumar durante o tratamento, bem como outras restrições que se aplicam a qualquer mulher que está grávida ou pretende engravidar.

12) O casal pode ter relações sexuais durante o tratamento de fertilização in vitro? Pode sim, mas deve ser evitado em alguns períodos. "Quando se aproxima o período de coleta do sêmen, recomenda-se que o homem fique dois a cinco dias sem ejacular, para melhorar a qualidade do material colhido", explica o especialista. [www.fertipraxis.com.br].

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