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22/01/2008 - 09:07

Exportações de couros em 2007 ultrapassam US$ 2 bi


As exportações brasileiras de couros, em 2007, cresceram 17%, aumentando de US$ 1,87 bilhão para US$ 2,19 bilhões, segundo dados elaborados pelo Centro das Indústrias de Curtumes do Brasil (CICB), com base no balanço da Secretaria de Comércio Exterior, órgão vinculado ao Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior.

“Esse resultado é histórico (por romper a barreira dos US$ 2 bilhões) e emblemático (por, pela primeira vez, apresentar uma contribuição 15% maior do que o setor de calçados para a geração de divisas para o país), dando visibilidade a real importância do setor para a economia nacional”, destaca o presidente do CICB, Luiz Bittencourt, lembrando que o desempenho do setor é reflexo da estratégia acertada da indústria curtidora, cada vez mais focada nos mercados de maior valor agregado, como os setores automotivo e de móveis, que hoje demandam mais de 60% da produção nacional. “O setor se antecipou e soube capitalizar o aquecimento da demanda mundial pelo couro”, analisa ele.

“A indústria brasileira de processamento de couros está aumentando, de forma crescente e consistente, sua participação no mercado mundial, a despeito das dificuldades representadas pelas altas taxas de juros, pesada carga fiscal, sobrevalorização do real sobre o dólar e pela morosidade no ressarcimento dos créditos fiscais acumulados nas exportações”, diz o presidente do CICB, Luiz Bittencourt.

Os embarques de peças de maior valor agregado (semi-acabado e acabado) representaram participação acima de 67% do total da receita das exportações brasileiras, contra 64% em 2006. O saldo da balança comercial do setor curtidor alcançou US$ 2 bilhões, em 2007, contra US$ 1,7 bilhão em 2006 (crescimento de 17%).

2007 foi um ano extremamente difícil para o setor curtidor brasileiro que enfrenta os mesmos problemas que prejudicam os setores têxteis, moveleiro e calçadista, mas o empresariado curtidor, trabalhando com margens extremamente estreitas, porém com avaliação estratégica, análise crítica, trabalho e determinação, proporcionou ao país um expressivo resultado.

Para 2008, a expectativa é de que o mercado internacional continue aquecido e o setor curtidor continue a gerar crescentes divisas ao País. “Apesar da redução prevista, de 5% a 10% no abate para a reposição do rebanho bovino, a indústria brasileira deverá se expandir por meio da compensação de preços”, estima.

No ano passado, os principais destinos do couro brasileiro foram China – incluindo Hong Kong – com 33%, Itália, com 28% e Estados Unidos, com 11%. O Brasil é segundo maior produtor e o quarto exportador de couros do mundo.

O Centro das Indústrias de Curtumes do Brasil (CICB) é uma entidade federativa que representa, há 51 anos, as 800 empresas de produção e processamento de couro. O complexo industrial emprega cerca de 50 mil pessoas, movimenta um PIB estimado em US$ 3,5 bilhões e recolheu impostos acima de US$ 1 bilhão em 2007.

Principais estados exportadores em 2007 - O balanço das vendas externas dos estados brasileiros, de janeiro a dezembro de 2007, ante o acumulado anterior, indica que São Paulo continua na liderança estadual (US$ 777,54 milhões, participação de 35.44% e aumento de 25%), seguido pelo Rio Grande do Sul (US$ 530,28 milhões, participação de 24,17% e crescimento de 5%), Ceará (US$ 144,45 milhões, 6,58% e elevação de 13%), Paraná (US$ 135,33 milhões, 6,17% e expansão de 34%). Os demais estados no ranking nacional são Mato Grosso do Sul, Bahia, Goiás e Mato Grosso.

Couros em alta.: Evolução das exportações brasileiras de couro 2003 a 2007- em US$ bilhões: 2003 - US$ 1,03 | 2004 - US$ 1,29 | 2005 - US$ 1,40 | 2006 - US$ 1,87 | 2007 - US$ 2,19. Fonte: CICB

Na tabela e quadro, crescimento das vendas externas de couros bovinos por estágios de processamento (wet bue, semi-acabados e acabados) e a evolução dos preços médios das exportações brasileiras em 2007.

Exportações de couros bovinos janeiro-dezembro 2006/2007 US$ : Couros wet blue: 2006 (US$ 640mi) 2007 (US$ 702,26) | Couros semi-acabados: 2006 (US$ 247,41 mi) 2007 (US$ 381,32 mi) | Couros acabados: 2006 (US$ 920,27 mi) 2007 (US$ 1,08 bi)

*Fonte: Secex/MDIC e CICB

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