Técnica de lipoaspiração a laser reduz efeitos colaterais causados pela lipo tradicional

A lipolaser - como é conhecida - proporciona recuperação mais rápida e dor reduzida, além de diminuir os riscos de complicações.

Técnicas recentes para destruição da gordura pelo laser trazem novas perspectivas em relação à segurança do procedimento de lipoaspiração. A lipolaser requer menor tempo para a recuperação (de 2 a 3 semanas a menos que a lipo comum) e reduz consideravelmente a dor do pós-operatório, uma das maiores queixas de quem se submete à cirurgia. De acordo com o cirurgião plástico Rodrigo Antoniassi, o laser possui cânulas flexíveis, diferente das cânulas rígidas utilizadas na lipoaspiração comum. Além disso, conta com um comprimento de onda específico para destruir a membrana celular das células de gordura. "Cada passada da cânula é mais suave e menos traumática, pois não destrói outros tecidos como pequenos nervos e fibras musculares. O risco de aprofundar a cânula é nulo, pois ela é seletiva para a gordura e não atravessa outros tecidos. O diâmetro também é menor que o das cânulas metálicas, o que diminui ainda mais o trauma da cirurgia", explica.

Como o laser é seletivo, ocorre menor destruição de vasos sanguíneos, que são coagulados pelo laser. Assim, o paciente sofre uma menor perda de sangue, permitindo ao médico estender a cirurgia por mais tempo em outras áreas. Com isso, a formação de esquimoses (manchas roxas) praticamente não existe ou torna-se bem menor quando comparada ao que ocorre no procedimento tradicional.

Hoje em dia, ninguém pode ficar parado ou se ausentar muito tempo do trabalho, por isso, uma rápida recuperação e volta ao trabalho são fatores cada vez mais importantes na escolha da cirurgia. A dor da lipoaspiração, tão famosa, também foi bastante reduzida, diminuindo, consequentemente, o uso de analgésicos, que podem ser mais fracos e administrados por menos tempo. "Pacientes que operam somente uma ou duas áreas podem voltar ao trabalho de 24 a 48 horas após a cirurgia, não se afastando de suas atividades por longos períodos usando analgésicos fortes", afirma Antoniassi.