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30/01/2015 - 07:52

Comunicação é forte aliada estratégica

Comunicação não é luxo nem passatempo. É ferramenta imprescindível na construção da reputação de uma marca e na retenção de talentos.

Ano novo, novos planos e metas. Ter uma comunicação eficiente será vital no cumprimento da agenda de qualquer empresa neste 2015, que começa cheio de desafios para o mundo corporativo. O momento exige discurso claro, argumentos bem fundamentados, transparência na relação com interlocutores externos e internos. Inúmeros consultores e pesquisas confirmam que quanto maior a efetividade da comunicação de uma organização, melhor a sua reputação no mercado, maior o alcance de sua marca e sua precificação e mais ampla a sua capacidade de sobreviver em tempos bicudos.

Na era da comunicação convergente, com multiplicidade de meios e públicos interagindo com a organização, as empresas deparam-se com um sentimento de urgência - na resposta às críticas e questionamentos, na pressa de passar mensagens com diferentes objetivos. Este universo tornou-se complexo e confuso. Abraçar os novos recursos que a tecnologia oferece é muito bom, mas é preciso que as organizações prestem especial atenção ao que exatamente estão comunicando e para quem. A velocidade tem seu valor, mas o conteúdo e o bom senso também.

Estudo divulgado recentemente pelo Grupo RBS, de nome The Communication (R)Evolution, apontou os principais impactos da comunicação na vida de líderes, colaboradores e público em geral nesses novos tempos. Ser verdadeiro no discurso, de forma que suas atitudes sejam coerentes com sua mensagem, é uma delas. Mesmo quando um projeto está em andamento, contar suas etapas e objetivos ajuda a manter as pessoas motivadas e a não perder o timing da informação. É o que eles chamam de ser Beta. Entender que tudo está em processo de transformação e a comunicação não pode limitar-se a contar somente o que já está pronto, concluído.

Outro ponto levantado na pesquisa diz respeito a questão de ser útil. Assumir o compromisso de ser um agente social, ético e cidadão que aceita compartilhar seus feitos com o outro.

O fato é que a comunicação é estratégica e um atributo que precisa ser lapidado pelas organizações permanentemente. Ela é uma ferramenta essencial para se construir um alinhamento de discurso, para se organizar e direcionar de forma clara e consistente os valores e missão de uma empresa. Bem coordenada, a comunicação dissemina ideias e objetivos, conecta equipes e áreas, ajuda a promover mudanças, atua na construção de vínculo e engajamento.

Em anos acompanhando essa dinâmica em grandes organizações, sei o quanto é fundamental o exercício de olhar mais longe, sem deixar de perceber o que está perto e os sinais da realidade. Comunicar para o público interno implica considerar todos esses agentes e suas peculiaridades. A mensagem tem que ser decodificada pela geração Y, multidisciplinar em sua maioria, pela turma mais sênior e de altos cargos, pelos que chegaram de outros países e culturas e pelo chão de fábrica. Sem um conhecimento muito claro e profundo da realidade de uma organização e um diagnóstico claro de suas potencialidades, pontos fracos, objetivos e ambientes físicos e intelectuais não é possível alinhar nenhum conteúdo que gere valor e alcance resultados positivos.

Organizações que se comunicam de forma eficiente deixam pouco espaço para boatos e correntes de pessimismo. Estudo recente do Instituto Gallup com empresas norte-americanas apontou que apenas 30% dos colaboradores estão efetivamente comprometidos com os objetivos das empresas; 50% passam o tempo na empresa, estão presentes nos escritórios, mas com baixíssima produtividade; e outros 20% estão insatisfeitos e influenciando negativamente outros colegas e clientes. Com maior ou menor expressão, dependendo do segmento empresarial, região e cultura da organização, também no Brasil a comunidade interna é formada por pessoas de diferentes idades, gêneros, grau de instrução e de satisfação com a própria carreira e vida pessoal.

Assumir que a essa diversidade existe e buscar meios para minimizar os problemas causados pelos insatisfeitos e os ruídos que circulam pelos corredores são de total importância. Entender o valor e potencialidade da comunicação institucional, o quanto é imprescindível que ela esteja bem alinhada para influenciar positivamente os colaboradores e os diferentes stakeholders não é luxo, é ação estratégica. Minha recomendação de especialista às organizações é que não deleguem a comunicação aos estagiários do RH. Ela é fundamental demais para o cumprimento de suas metas, exige atenção, gestão eficiente e maturidade. Faça da comunicação a sua principal aliada neste novo ano.

. Por: Felipe Queen, sócio e diretor da fmcom - Consultoria em Comunicação Estratégica.

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