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05/02/2015 - 07:24

Fibria atinge lucro líquido de R$ 163 milhões em 2014


A Fibria encerrou 2014 com lucro líquido de R$ 163 milhões, ainda que a desvalorização cambial tenha impactado negativamente seu resultado financeiro, de acordo com os resultados do quarto trimestre de 2014, divulgados em 29 de janeiro. A empresa registrou receita líquida recorde nesse período, no valor de R$ 2 bilhões, um aumento de 15% sobre o trimestre anterior. Já as vendas em 2014 cresceram 2%, chegando a 5,305 milhões de toneladas. O Ebitda ajustado (lucro antes de juros, impostos, depreciações e amortizações) foi de R$ 906 milhões no quarto trimestre e é o maior já apurado pela empresa em um trimestre, em toda a sua história. A Fibria deu continuidade às iniciativas de gestão do seu endividamento e fechou o ano com uma dívida bruta de US$ 3,135 bilhões, com redução de 25% sobre a posição de 2013 e uma queda de 10% frente ao montante do terceiro trimestre de 2014. A dívida líquida da empresa encerrou o ano em US$ 2,842 milhões, o menor patamar desde sua criação, contribuindo para que a alavancagem – medida pela relação Dívida Líquida/Ebitda – ficasse em 2,4 vezes, em dólar, ao fim de 2014, dentro da meta estabelecida na Política de Endividamento e Liquidez da companhia.

A direção da companhia comentou os resultados: “a demanda de celulose em 2014 superou as expectativas e teve crescimento de 11% sobre o resultado de 2013. Com relação à oferta de celulose, novos fechamentos de capacidades não previstos contribuíram para manter o mercado equilibrado. Esse cenário permitiu ao mercado absorver as novas ofertas, mantendo os estoques dos produtores em linha com a média histórica. Em setembro, o PIX/FOEX BHKP Europa atingiu seu nível mais baixo (US$ 724/t), mas vem apresentando uma recuperação gradual, corroborada pela elevação em 1% no 4T14 em relação ao trimestre anterior. Os fundamentos positivos, principalmente do lado da demanda, permitiram que o volume de vendas de 2014 fosse superior a 2013, e no último trimestre que houvesse um novo anúncio de aumento de preços pela Fibria a partir de Janeiro de 2015 (Europa: US$ 770/t). O dólar médio teve valorização de 12% no trimestre e de 9% em relação a 2013, o que contribuiu para que o preço médio líquido em reais tivesse aumento de 12% e o Ebitda trimestral fosse recorde. Finalmente, o custo caixa de produção de 2014 ficou 3% acima de 2013, abaixo da inflação registrada no período.

Em outubro, a Fibria comunicou aos seus acionistas e ao mercado em geral que foi aprovada a renovação do Acordo de Acionistas da Companhia por seus acionistas signatários, Votorantim Industrial S.A. e BNDESPar, que, dentre outros termos e condições, prorroga o prazo de vigência pelo período de cinco anos, ou seja, até 29 de outubro de 2019. O Acordo de Acionistas está disponível no endereço eletrônico da Companhia [www.fibria.com.br/ri].

Em 9 de julho, a Fibria passou a ser contemplada com o Regime Especial de Reintegração de Valores Tributários para as Empresas Exportadoras - Reintegra, que tem por objetivo devolver parcial ou integralmente o resíduo tributário remanescente na cadeia de produção de bens exportados, com vigência a partir de 1º de outubro de 2014. O ressarcimento do crédito equivale a 3% do valor das receitas com exportação baseadas no preço de transferência e pode ocorrer de duas formas: (i) compensação com débitos próprios, vencidos ou vincendos, relativos a tributos administrados pela Receita Federal; ou (ii) em espécie, podendo ser solicitado no prazo de até 5 anos, contado do encerramento do trimestre-calendário ou da data efetiva da exportação, o que ocorrer por último. No exercício findo em 31 de dezembro de 2014, a Companhia reconheceu créditos no montante de R$ 37 milhões a título de Reintegra, o qual foi registrado na rubrica “custos dos produtos vendidos”, na demonstração do resultado.

No quarto trimestre de 2014, a produção de celulose foi de 1.381 mil t, 3% superior em relação ao terceiro trimestre de 2014, em função da ausência de paradas programadas para manutenção. Na comparação com o quarto trimestre de 2013, a produção foi 2% superior dada a ausência das chuvas que impactaram a produção no ano anterior. Em 2014, a produção alcançou 5.274 mil t. O volume de vendas totalizou 1.410 mil t, 2% superior à produção do trimestre, e 3% superior às vendas do terceiro trimestre de 2014 em função da sazonalidade do período com destaque para a Europa e América do Norte. No ano, as vendas da Fibria totalizaram 5.305 mil t (101% da produção), aumento de 2% na comparação com 2013 explicado pela elevação das vendas para o mercado europeu. Os estoques de celulose encerraram o ano em 48 dias, 2 dias a menos que em 2013.

O custo caixa de produção do ano foi de R$ 519/t, 3% superior a 2013, devido principalmente ao maior custo com madeira e ao efeito câmbio, parcialmente compensados pelo melhor resultado com utilidades. No trimestre o custo caixa foi de R$ 472/t, representando uma queda de 6% na comparação com o terceiro trimestre de 2014, devido à ausência de paradas programadas para manutenção, além do melhor resultado com venda de energia, menor consumo de energéticos e menor custo com madeira. Em relação ao mesmo período do ano anterior, o custo caixa foi 1% superior em função do maior custo com madeira e efeito do câmbio, parcialmente compensados pelo melhor resultado com utilidades. A Fibria continuará buscando iniciativas com o objetivo de minimizar a estrutura de custos e manter o aumento do custo caixa de produção em 2015 abaixo da inflação. A Companhia está preparada para enfrentar qualquer cenário adverso no que tange a possibilidade de racionamento de energia elétrica em 2015, tendo em vista que é autossuficiente. Em 2014, a Fibria produziu 117% da energia necessária para o processo de produção de celulose”, concluiu.

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