Página Inicial
PORTAL MÍDIA KIT BOLETIM TV FATOR BRASIL PageRank
Busca: OK
CANAIS

23/01/2008 - 10:51

Baixa renda: 72% do mercado potencial do comércio eletrônico

2,2 milhões de consumidores das classes CDE têm PC e cartão, mas nunca compraram pela internet.

Os consumidores das classes C, D e E representam 72% do mercado potencial do comércio eletrônico em São Paulo, segundo pesquisa recente do Data Popular e da McCann Ericksonn. O número representa a proporção de pessoas da baixa renda entre os consumidores que têm os meios de fazer compras pela Internet (possuem computador e cartão de crédito) mas nunca fizeram.

Para Renato Meirelles, coordenador da pesquisa, este número indica que o e-commerce no Brasil ainda tem muito potencial de crescimento. “Só na cidade de São Paulo, são 3,1 milhões de pessoas com computador e cartão de crédito que nunca compraram pela internet, sendo que 2,2 milhões delas estão nas classes mais pobres”, comenta o executivo. “E esta não é uma tendência isolada em São Paulo. No Brasil todo, a venda de computadores está aumentando, devido à expansão do crédito, e a baixa renda já detém 67% dos plásticos do país”, completa Renato. Outro ponto que reforça esta tese é de que a baixa renda impulsionará as vendas de computadores. “Em 2007, em função das classes populares, a venda de computadores foi 30% maior do que de televisores”, complementa o executivo.

A expectativa, segundo Meirelles, é que este mercado ainda aumente muito, à medida que os novos consumidores em potencial se familiarizarem com o ambiente virtual para se sentirem seguros em comprar pela rede. As dúvidas com relação à segurança dos dados pessoais e à entrega dos produtos ainda são os principais obstáculos para o crescimento do e-commerce. De acordo com a pesquisa, em comparação às classes AB, o acesso à internet e aos meios de pagamento é uma novidade para a base da pirâmide.

“Esse público não confia em algo que não pode tocar, além de as notícias sobre fraudes virtuais fazerem com que o consumidor tema divulgar o seu número de cartão, não receber o produto, ou simplesmente comprar errado e não conseguir trocar”, explica o consultor. De acordo com a pesquisa, o principal desafio é tornar o e-commerce tão confiável quanto o varejo. “Essa é uma relação que ainda precisa ser construída e nesse momento, conquistarão o mercado on-line as empresas que souberem usar a Internet da maneira mais adequada a esse público”, finaliza.

Perfil do DATA Popular - Criado em 2002, o DATA Popular surgiu para produzir conhecimento de qualidade sobre o mercado popular no Brasil. A empresa é especialista no desenvolvimento de pesquisas e análises para entender como funciona o mercado de baixa renda. Seus estudos avaliam a relação deste público com produtos e marcas para descobrir qual a melhor forma de se comunicar com um segmento responsável pelo movimento de R$ 512 bilhões em 2006. Entre os clientes atendidos estão Associação Comercial de São Paulo, Alpargatas, Aon Affinity, Banco IBI, Bovespa, Camargo Correa, Dia%, Faber-Castell, Grupo Pão de Açúcar, Grupo Silvio Santos, Intel, Marabráz, Microsoft, Ministério do Turismo, Natura, Nestlé, Pernambucanas, Procter & Gamble, Sadia, SBT, Schering-Plough, Telefônica, Wal-Mart, entre outros.

Enviar Imprimir


© Copyright 2006 - 2024 Fator Brasil. Todos os direitos reservados.
Desenvolvido por Tribeira