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20/02/2015 - 09:10

O exemplo do vizinho


Michelle Bachelet, quando assumiu a presidência do Chile em 2006, encontrou um déficit público no País de 9 bilhões de euros que representava 7,45% do PIB (www.datosmacro.com/deficit/chile) e quando saiu em 2010 esse mesmo déficit chegou a -599 milhões de euros, ou seja, -0,37% do PIB.

Atualmente, o Chile é um dos países mais estáveis e prósperos da América do Sul. Dentro do contexto maior da América Latina, é o melhor em termos de desenvolvimento humano, competitividade, qualidade de vida, estabilidade política, globalização, liberdade econômica e percepção de corrupção, além de índices comparativamente baixos de pobreza.

Porque? Ao assumir, Bachelet, que voltou novamente pelos próximos quatro anos, fez a lição de casa. Só manteve as províncias auto-suficientes, as que produziam mais do que gastavam. As demais, deficitárias, deu um prazo de dois anos para tornarem-se auto=sustentáveis e as que não conseguiam pagar as suas contas tornaram-se territórios agregados, perdendo o status de províncias.

Elas passaram a ter um interventor que tomava conta das províncias, sem deputados e nem senadores. E passaram a ser governados por quem tem competência para se manter e não onerar o País. Com isso, o déficit público caiu e o Chile é o único País latino-americano hoje que cresce acima de 5% ao ano.

É absolutamente insano se pensar que o governo possa fazer uma reforma tributária sem fazer a necessária reforma política. Enquanto a conta do a pagar do governo for maior do que a conta a receber não há como abrir mão dos impostos. Então, a única saída é gastar menos, promovendo um enxugamento da máquina estatal.

Se conseguirmos essa reforma podemos pensar que começamos a combater o câncer pela raiz. Nas nossas empresas, nos nossos lares, o que acontece com quem gasta mais do que arrecada? Simplesmente quebramos, não há empréstimo que resolva longos períodos de inadequação entre receita e despesa.

No caso da iniciativa privada, a receita tem que bater com a despesa. Não tem acordo. O governo federal tem que investir na indústria, porque uma indústria forte e competitiva, que não tenha que enfrentar a mais alta taxa de impostos do mundo, um câmbio perverso e a maior carga tributária do planeta, pode gerar empregos. É preciso começar a inverter o rumo da economia, promovendo o crescimento do País e de seu povo.

. Por: J. A. Puppio, empresário, diretor-presidente da Air Safety e autor do livro “Impossível é o que não se tentou”.

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