Porto Sudeste, em Itaguaí recebe visita do governador

Em fase final de licenciamento, Porto terá papel fundamental nos gargalos logísticos de minério de ferro do país.

O governador do Rio Luiz Fernando Pezão, junto com Francisco Dornelles (vice-governador) e os secretários, Marco Antônio Capute, secretário estadual do Desenvolvimento Econômico, Carlos Roberto Osório, secretário estadual de Transporte, Andre Correa, secretário estadual de Ambiente, visitaram no dia 26 de fevereiro (quinta-feira), o Porto Sudeste, localizado na Ilha da Madeira, em Itaguaí (RJ). Estrategicamente localizado, o porto representa a menor distância entre os produtores de minério de ferro de Minas Gerais e seus clientes. Com investimento de R$ 4,2 bilhões, o porto está pronto para iniciar as operações e já obteve as licenças de operação concedidas pelo INEA, ANTAQ e a Licença de Alfandegamento, concedida pela Receita Federal. A última etapa é a autorização da Marinha Brasileira para a liberação do canal marítimo de acesso prevista para os próximos meses.

“A localização estratégica do porto vai ajudar a resolver o gargalo logístico da região, além de atrair investimentos. A expansão do porto e a construção do Arco Metropolitano são projetos estruturantes que levarão prosperidade à cidade de Itaguaí, aumentando consideravelmente o potencial de renda e consumo de toda a região”, ressaltou o governador Luiz Fernando Pezão.

O objetivo da visita é conhecer um dos mais importantes empreendimentos de logística do Brasil e que tem importância fundamental para o Estado do Rio de Janeiro, e que vai contratar durante a operação cerca de 900 pessoas, entre funcionários próprios e terceiros. Por meio dele, o minério de ferro produzido no Brasil alcançará o mercado transoceânico e chegará aos grandes consumidores como o mercado do sudeste asiático. “O Porto Sudeste é um dos mais importantes empreendimentos de logística desenvolvidos no Brasil. O terminal está integrado à linha ferroviária da MRS Logística, permitindo que o minério seja transportado até o litoral fluminense e de lá siga para o mercado internacional. Dessa forma, o empreendimento fortalece a logística do Brasil e viabiliza o escoamento da produção de minério de ferro nacional”, afirma Eugênio Mamede, diretor de Operações do Porto Sudeste.

O Porto Sudeste tem profundidade de 20 metros e dois ber­ços de atracação de navios, capaz de receber embarcações de grande porte. A estrutura do empreendimento conta com ramal ferroviário de 2,3 qui­lômetros, pêra ferroviária, viradores de vagões para o descarregamento dos trens, dois pátios de estocagem com capacidade para 2,9 milhões de toneladas, além de instalações de apoio operacional. Para fazer a ligação entre os pátios de estocagem e o píer, foi construído um túnel de 1,8 quilômetro de extensão, com 11 metros de altura e 20 metros de largura. Com capacidade inicial para embarcar 50 milhões de toneladas por ano, o Porto Sudeste poderá numa segunda fase, expandir essa capacidade para até 100 milhões de toneladas por ano.

Perfil do Porto Sudeste - Nova solução logística para mineradores de minério de ferro do Brasil acessarem o Mercado internacional com competitividade, eficiência e confiabilidade.

Localizado na Ilha da Madeira, na Baía de Sepetiba, no Rio de Janeiro, o Porto Sudeste representa a menor distância entre os produtores de minério de ferro e seus clientes internacionais.

. 600 mil metros quadrado de área.

. Capacidade para embarcar 50 milhões de toneladas de minério de ferro por ano com possibilidade de expansão para 100 milhões de toneladas.

. R$ 4,2 bilhões de investimentos na primeira fase.

. Dois pátios de estocagem que juntos cobrem 250 mil metros quadrados com uma capacidade de 2,9 milhões toneladas de armazenamento de minério de ferro.

. Túnel de 1,8 quilômetro que conecta os pátios de estocagem ao píer com 11 metros de altura e 20 de largura.

. Dois berços de atracação capazes de receber embarcações de grande porte.

. Dois carregadores de navios com capacidade de carregamento de 12 mil toneladas métricas de minério de ferro por hora cada, operando de forma independente e simultaneamente em cada berço.

. 2,3 quilômetros de malha ferroviária de operação privada.

. Dois viradores de vagões capazes de descarregar até dois vagões simultaneamente com uma média de descarregamento de 8,8 mil toneladas por hora cada um.

. Profundidade de 20 metros.

. Distância de cerca de 500 quilômetros do Quadrilátero Ferrífero de Minas Gerais.

. 12 quilômetros de correias transportadoras capazes de transportar até 12 mil toneladas de minério de ferro por hora. Quatro empilhadeiras-recuperadoras capazes de movimentar 12 mil toneladas de minério de ferro por hora cada.

. Computando toda a obra (desde janeiro/2010), foram atingidos o total de 30,333,740 homem-hora de exposição ao risco sem acidentes graves.

Recursos humanos - Com a implantação do empreendimento em Itaguaí, surgem muitas oportunidades de emprego para os moradores do município. Atualmente, mais da metade dos colaboradores que trabalham nas obras do Porto Sudeste são da região. No início das operações, a companhia prevê a geração de aproximadamente 900 empregos, entre próprios e de terceiros. Para se candidatar a uma das vagas disponíveis no Porto Sudeste, o interessado deve enviar o currículo para currí[email protected]

Iniciativas socioambientais - O Porto Sudeste desenvolve diversos projetos socioambientais na região de Itaguaí. Com ações que vão desde o desenvolvimento da pesca e qualificação da mão de obra local até a preservação das matas ciliares do Rio Guandu, que abastece 80% da região metropo­litana do Rio de Janeiro, a companhia alia o desenvolvimento econômico com o respeito ao meio ambiente e às comunidades do entorno do empreendimento.

Todos os projetos são realizados em consonância com as normas ambientais e para atender as necessidades encontradas ou apontadas pela comunidade. Para isso, o Porto Sudeste dispõe de uma ouvidoria que atende a população por meio de uma linha telefônica gratuita [0800 021 2565]. Com os dados recebidos pelo canal telefônico, a empresa concilia o desenvolvimento decorrente da operação do porto com alternativas que signifiquem o bem-estar da comunidade do entorno.

Participação acionária -Em fevereiro de 2014, a joint venture formada pela trading holandesa Trafigura e a Mubadala Development Company, de Abu Dhabi, assumiram o controle e operação do Porto Sudeste, anteriormente pertencente a MMX. Pelo acordo, Trafigura e Mubadala, em conjunto, passaram a deter 65% da participação acionária do Porto Sudeste, garantindo o aporte de 400 milhões de dólares que viabilizaram a primeira etapa do projeto.

Mubadala Development Company -Fundada e de propriedade do governo de Abu Dhabi, a estratégia da companhia é construída pela criação de parcerias e investimentos de longo prazo, de capital intensivo que ofereçam retornos financeiros fortes e benefícios sociais tangíveis para o Emirado de Abu Dhabi, e que contribuam para o crescimento e a diversificação da sua economia.

Mubadala possui um portfólio de bilhões de dólares de investimentos, que envolvem parceiros locais, regionais e internacionais, para operar negócios em uma ampla gama de setores da indústria, como aeroespacial, semicondutores, metais e mineração, petróleo e gás, energias renováveis?, comunicações e tecnologia da informação, saúde, imobiliário e de infraestrutura e serviços. [http://www.mubadala.ae].

Grupo Trafigura -Fundada em 1993, o Grupo Trafigura se tornou um dos operadores de commodities independentes mais importantes do mundo, especializado em petróleo, minerais e mercados de metais. As atividades comerciais primárias são o fornecimento e transporte de petróleo e produtos petrolíferos, além de metais e minerais. As negociações comerciais são respaldadas por ativos industriais e financeiros, incluindo a empresa multinacional de distribuição de derivados de petróleo, Puma Energy; a empresa associada, Grupo DT; os terminais multinacionais da operadora Impala; o Mining Group da Trafigura e Galena Asset Management. O Grupo Trafigura é propriedade de 600 dos seus 5.600 funcionários que trabalham em 36 países ao redor do mundo. O Grupo tem conectado seus clientes à economia global por mais de duas décadas, bem como se desenvolvido com prosperidade através do avanço das transações comerciais. [www.trafigura.com].

Impala é uma subsidiária integral da Trafigura, um dos operadores de commodities internacionais mais importantes do mundo, com sede na Holanda. A Impala possui e opera uma rede de mais de 50 terminais em mais de 30 países que facilitam os fluxos comerciais mundiais de commodities essenciais. A empresa é especializada no fornecimento de serviços portuários, bem como instalações de LME e não-LME e serviços de logística multimodal que dão acesso aos mercados e novas oportunidades.

Impala, uma subsidiária integral da Trafigura, foi fundada em 2010, após a consolidação das atividades de commodities, armazenagem e logística da Trafigura. A Impala emprega atualmente mais de 1300 pessoas em todo o mundo e tem uma experiência de classe mundial que se estende através de concentrados não ferrosos, metais refinados, minério de ferro, setores de carvão, petróleo e seus derivados. A companhia tem mais de 25 terminais em todo o mundo e opera em mais de 20 países, com mais de 1,3 milhões de m2 de capacidade de armazenamento. Além disso, a Impala é proprietária e opera um número de portos-chave, incluindo o terminal de carvão localizado em Burnside, Louisiana, EUA. A Impala está concluindo a implantação de um sistema logístico multimodal ao longo do Rio Magdalena, na Colômbia.[ www.trafigura.com ou www.impala-wl.com].

Perfil - A MMX é uma empresa de mineração do Grupo EBX. A empresa tem operações em depósitos de minérios de ferro em Minas Gerais. A MMX possui capacidade instalada para produzir anualmente aproximadamente 7 milhões de toneladas de minério de ferro em seus dois sistemas: Sistema Sudeste e o Sistema Corumbá. O Sistema Sudeste é formado pelas Unidades Serra Azul e Bom Sucesso. Na Região de Serra Azul – Quadrilátero Ferrífero de Minas Gerais – a MMX opera as minas Tico-Tico e Ipê, adquiridas, respectivamente, no final de 2007 e início de 2008. A Unidade Serra Azul tem capacidade instalada para produzir anualmente aproximadamente 6 milhões de toneladas de minério de ferro.