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27/02/2015 - 08:44

amfAR anuncia investimento de 100 milhões de dólares para a cura do HIV

A amfAR, Fundação para pesquisa da AIDS, anuncia a criação de uma estratégia de investimento de 100 milhões de dólares para a sua iniciativa “Contagem Regressiva para a Cura da AIDS”, lançada no ano passado com o objetivo de desenvolver uma base científica para uma cura até 2020. O foco dessa estratégia será a criação do amfAR Institute for HIV Cure Research dentro de uma grande instituição de pesquisa acadêmica, com um financiamento de 20 milhões de dólares.

“Isso representa a maior expansão de financiamento da amfAR em 30 anos de história da fundação” diz Kevin Robert Frost, CEO da amfAR. “Estamos bastante empolgados em lançar essa estratégia e estabelecer um instituto dedicado exclusivamente a buscar a cura do HIV. Concentrar mentes e esforços dos principais pesquisadores da cura da AIDS em um único espaço facilitará um compartilhamento rápido de conhecimento e de ideias e criará uma certa sinergia necessária para acelerar a procura por uma cura”.

A amfAR já identificou quarto desafios-chave que precisam ser abordados e superados de modo a encontrar uma cura. Cada um dos quatro está relacionado aos chamados reservatórios de vírus persistente, que se apresentam como maiores obstáculos para a cura. Os cientistas necessitam determinar a localização precisa destes reservatórios, como eles são formados e como persistem, quantificar a quantidade de vírus presentes neles, e, finalmente, erradicar os reservatórios do corpo.

O Instituto deve abrigar uma equipe de pesquisadores com histórico de colaboração que irão trabalhar em todos os quatro desafios durante a pesquisa – da ciência básica aos estudos clínicos. A instituição acadêmica que abrigará o Instituto será selecionada no outono de 2015.

Para complementar o Instituto, a amfAR irá conceder uma série de financiamentos totalizando 80 milhões de dólares para dar suporte a grupos de pesquisa ao redor do mundo: . Concessão para Inovação – Esses prêmios de dois anos contabilizam mais de 200.000 dólares cada e permitirão que os pesquisadores testem ideias inovadoras com o auxílio de dados preliminares limitados.

. Concessão para Impacto – Esses prêmios de mais de dois milhões de dólares cada darão suporte durante quatro anos ao aprofundamento e desenvolvimento de conceitos já embasados por dados preliminares que mostram potencial genuíno para a realização de uma cura.

. Concessão para Investimento – Focado no recrutamento da experiência e expertise de cientistas fora do campo do HIV, esta cota de um milhão de dólares será contemplada durante um período de quatro anos. Os beneficiados podem ser especializados em campos como o câncer, neurociência ou doenças inflamatórias que podem gerar informações diretas para a cura do HIV.

. Fundo de Oportunidade – Esse mecanismo de fomento permitirá a amfAR responder rapidamente a oportunidades de pesquisas emergentes e não planejadas.

. ARCHE – Lançado em 2010, o amfAR Research Consortium on HIV Eradication (ARCHE) auxilia equipes de cientistas colaboradoras nos Estados Unidos e pelo mundo trabalhando numa série de estratégias de cura para o HIV.

Em um encontro no dia 11 de Fevereiro, o Conselho Administrativo da amfAR aprovou a primeira rodada das 11 concessões para Inovação, que somam um total de aproximadamente 2 milhões de dólares. Uma das novas doações dará suporte a um estudo realizado pelo Dr. Benjamin Burwitz da Oregon Health and Science University, em Portland, que poderia ajudar a determinar precisamente o mecanismo de ação que levou a primeira e única cura conhecida do HIV no “paciente de Berlim”. A cura foi o resultado de um transplante de células tronco envolvendo células doadas com uma mutação genética que as tornavam impenetráveis à infecção pelo HIV. O Dr. Burwitz e seus colegas planejam gerar um modelo de primata não-humano que permitirá o teste de muitas hipóteses acerca da cura do paciente de Berlim, assim como, por exemplo, intervenções baseadas em terapia gênica para a cura do HIV.

O conselho da amfAR também aprovou uma comissão de 1.5 milhões de dólares em auxílio a um projeto de pesquisa colaborativo realizado por equipes trabalhando na Rockfeller University, em Nova York, no Aarhus University Hospital, na Dinamarca, e no University Hospital of Cologne, na Alemanha. Uma das principais estratégias perseguidas para curar o HIV é conhecida como “shock and kill”, que envolve o uso de uma droga que induz células infectadas latentes a produzir HIV para que o sistema imunológico possa detectar e assim matar as células infectadas, fortalecendo a habilidade de um sistema imunológico fraco de fazê-lo. Os pesquisadores planejam testar a habilidade da droga anticancerígena Romidepsin, que mostrou ser eficaz ao expulsar o HIV de seu esconderijo (shock), combinada com um anticorpo para eliminar células infectadas (kill) e, consequentemente, reduzir o tamanho de reservatórios de HIV persistente. Eles serão os primeiros a testar uma cura combinada com uma abordagem que inclui um componente “shock” e um “kill” em pessoas com HIV.

A pesquisa apoiada pela iniciativa “Contagem Regressiva para a Cura” da amfAR é guiada por um Conselho da Cura, um grupo de notáveis cientistas que inclui o vencedor do prêmio Nobel, Dr. Françoise Barré-Sinoussi, co-descobridor do HIV, e o Dr. David Baltimore do California Institute of Technology. Eles são acompanhados no conselho pelo Dr. Myron Cohen, da University of North Carolina, pelos doutores Beatrice Hahn e Carl June e da University of Pensylvania e por Richard Jefferys do Treatment Action Group.

“Nossa estratégia de investimento é planejada de modo a assegurar que nós possamos auxiliar todos os esforços científicos através do espectro da pesquisa biomédica que tenha potencial de superar uma ou mais barreiras científicas para a cura do HIV,” disse a vice-presidente e diretora de Pesquisas da amfAR, Dr. Rowena Johnston. “Uma das marcas do programa de pesquisas da amfAR é a nossa habilidade de rapidamente mudar de foco e direcionar recursos para estudos que mostrem potencial. Nossa meta é combinar flexibilidade e resposta rápida com recursos suficientes para desenvolver uma base científica para uma cura até 2020”. [www.curecountdown.org].

A amfAR, Fundação para Pesquisa da AIDS, é uma das maiores organizações sem fins lucrativos do mundo dedicada ao apoio da pesquisa da AIDS, prevenção, tratamento, educação sobre o HIV e a defesa de uma boa política pública relacionada a AIDS. Desde 1985, a amfAR investiu mais de R$ 905 milhões* em seus programas e concedeu bolsas para mais de 3.300 grupos de pesquisa em todo o mundo.

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