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03/03/2015 - 07:35

Panificação brasileira cresce 8,02% em 2014


Faturamento do setor somou R$ 82,5 bilhões; segmento emprega 850 mil pessoas diretas e 1,85 milhão indiretas.

As empresas de panificação e confeitaria movimentaram R$ 82,5 bilhões em 2014, faturamento 8,02% superior ao registrado no ano anterior. Foi o segundo ano em que o setor registrou índice de crescimento inferior a 10%.

“Essa desaceleração é decorrente principalmente da alta de custos experimentada pela panificação. Os preços dos produtos adquiridos pelas empresas de panificação no atacado tiveram um reajuste médio de 8,71%, a alta do salário médio do setor foi de 18,2%, o custo com embalagens aumentou em 13,3% e a energia elétrica 14,8%”, informa o presidente da Associação Brasileira da Indústria de Panificação e Confeitaria (Abip), JoséBatista de Oliveira.

José Batista, presidente da Abip

Os números apresentados pelo dirigente foram levantados pelo Instituto Tecnológico (ITPC), em parceria com a Abip, por meio de pesquisa realizada junto a 1.200 empresas de todo o país, abrangendo representantes do setor de todos os portes. O crescimento do faturamento, segundo Batista, foi garantido pelo desempenho das padarias que oferecem serviços completos de fastfood e de conveniência (ver o Quadro I).

Grandes números – O número de empresas que constitui o setor continua sendo de 63,2 mil, que foram frequentadas por cerca de 41,5 milhões de clientes diariamente, no último ano. Já o número de funcionários na panificação somou 850 mil empregos diretos e 1,85 milhão de forma indireta. Houve um aumento de 5,7% no número de postos de trabalhos criados ano passado.

No mesmo período, o faturamento por funcionário aumentou 2,5%. Já o salário médio cresceu 44,2% entre 2010 e 2014. O presidente da Abip destaca a importância sócio-econômica do setor, lembrando que o segmento, além de ser importante gerador e mantenedor de mão-de-obra, é constituído basicamente por micro e pequenas empresas. “Mais da metade das padarias empregam até 20 funcionários”, destaca ele (ver o Quadro II).

Dada a relevância do setor, Oliveira defende a aceleração do projeto que desonera os produtos panificados, e que se encontra em trâmite na Câmara Federal, já tendo recebido aprovação da Comissão de Constituição e Justiça. “Trata-se de matéria da maior importância para a economia e para a sociedade brasileiras”, diz o presidente da Abip.

“A decorrente redução dos custos dos produtos panificados não apenas terá impacto positivo direto sobre a atividade, estimulando investimentos em novos empreendimentos, modernizações e ampliações, como tornará esse nobre produto ainda mais acessível à população”, diz Oliveira. Dessa forma, conclui, o Brasil poderá incrementar seu hoje acanhado consumo per capita de pães, situado na faixa dos 33 quilos/habitante/ano, o que vem a ser pouco mais da metade dos 60 quilos/habitante/ano recomendados pela ONU.

“Temos muito espaço para crescer”, diz ele, lembrando que países de situação socioeconômica similares às do Brasil ostentam índices de consumo per capita acima dos 70 quilos/habitante/ano, como é o caso da Argentina, e além dos 90 quilos/habitante/ano, como no caso do Chile.

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