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Indústria gráfica deve ter índice de crescimento semelhante ao do PIB

Setor deve fechar ano com crescimento aproximado de 2,7%, acompanhando o desempenho esperado para o PIB nacional. O destaque em 2006 fica por conta das exportações de produtos gráficos, que voltaram a subir no período.

O setor gráfico — considerado um termômetro da economia, pois a impressão de embalagens, notas fiscais, cartões de crédito e talões de cheque indicam fortemente tendências do sistema produtivo e de consumo — deverá fechar 2006 com desempenho positivo. Com base nas estatísticas até outubro da Pesquisa Industrial Mensal (PIM), do IBGE, divulgadas pelo Departamento de Estudos Econômicos da Abigraf (Associação Brasileira da Indústria Gráfica), a produção industrial gráfica brasileira sinaliza crescimento de 2,7% — o mesmo índice calculado pelo mercado para o PIB (Produto Interno Bruto).

A evolução da produção da indústria gráfica nacional em 2006 vem acompanhando o movimento lento, mas crescente, da economia, registrado nos últimos tempos. Nos dois primeiros meses deste ano, o setor apresentou índices negativos de expansão. Entretanto, ao longo de 2006 foi se recuperando. A expectativa é que o setor acumule receita de vendas da ordem de R$ 16,27 bilhões (US$ 7,57 bi) em 2006, ante R$ 15,84 bilhões (US$ 7,14 bi) no ano de 2005, que representou 3,71% do total do PIB da indústria de transformação e 0,80% do PIB brasileiro.

O setor gráfico brasileiro é composto pos segmentos industriais, como fabricação de embalagens, etiquetas, envelopes, cadernos, impressos fiscais, impressos promocionais, impressão de formulários, impressão de livros, impressão de cartões magnéticos ou não, impressão em mídia externa e impressão digital. Destes, o segmento de livros ocupa o primeiro lugar no ranking do valor da produção, seguido por etiquetas e embalagens.

A indústria gráfica contribui significativamente para o desenvolvimento sócio-econômico brasileiro. A crescente produção de impressos de alta qualidade nos segmentos de livros didáticos, livros em geral, revistas e jornais, tem contribuído para a melhoria da educação e da cultura. Da mesma forma, as produções de embalagens e de material promocional têm sido igualmente importantes no favorecimento da comercialização de diversos setores da economia, contribuindo para o aumento da demanda agregada e, conseqüentemente, para o aquecimento da economia.

Parque Gráfico - O setor gráfico brasileiro congrega mais de 19 mil empresas, sendo que a maior parte delas está localizada nos estados de São Paulo, Rio de Janeiro, Paraná e Minas Gerais. Os estabelecimentos são, na maioria, micros e pequenos (90,5%), que respondem por 5% da receita de vendas e 38,6% do emprego no setor. As demais 9,5%, que são médias e grandes gráficas, são responsáveis por 95% da receita e da produção.

Empregos - Até outubro, o número de empregados na indústria gráfica era de 188.021. Os dados são do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged), da RAIS – Relação Anual de Informações Sociais, ligado ao Ministério do Trabalho. Em 2005, o setor empregava 183.176 pessoas.

Quanto às características da mão-de-obra empregada, parcela preponderante dos funcionários no setor (41%) tem nível de escolaridade de segundo grau completo, e 25% recebe entre dois e três salários mínimos.

Balança Comercial - As vendas ao mercado externo, nos dez primeiros meses do ano, atingiram US$ 228,53 milhões, contra US$ 147,20 no mesmo período de 2005. As importações somaram US$ 168,01 milhões, enquanto em igual período do ano passado o volume foi de US$ 142,24 milhões. O saldo da balança comercial no acumulado janeiro-outubro de 2006 é de US$ 60,52 milhões.

Dentro da pauta de exportação, o item que mais vem contribuindo para esse desempenho favorável continua sendo o da indústria de cadernos. As exportações do segmento somaram US$ 78,95 milhões no período, contra US$ 1,73 milhões das importações. O segundo item com melhor desempenho foi embalagem, com vendas ao mercado externo da ordem de US$ 61,34 milhões, ante US$ 21,43 milhões importados.

Perspectivas para 2007 - A indústria gráfica deve continuar acompanhando o crescimento da indústria de transformação, e encerrar 2007 com crescimento entre de 4% e 5%.

No mercado, a continuidade do embargo americano à China deverá sustentar as exportações de cadernos no mesmo patamar, colaborando para o bom desempenho da balança comercial.

Internamente, é esperado aumento da renda e queda da taxa de juros, o que poderá resultar na ampliação da demanda, em especial de cadernos e embalagens; além disso, o setor também acredita na ampliação de gastos do governo com educação – livros e cadernos. Por outro lado, o Projeto Cidade Limpa, em São Paulo, representará impacto negativo ao setor.

Desafios do setor para 2007: Conter a migração de empresas para o mercado informal | Adequar os mecanismos de compras governamentais dos produtos gráficos | Estimular a leitura no Brasil | Desenvolver programas de desenvolvimento ambiental sustentável para as empresas do setor | Ampliar o acesso à tecnologia gráfica | Melhorar o acesso das empresas a financiamentos | Promover a defesa dos interesses da indústria gráfica nos acordos internacionais de comércio. Site: www.abigraf.org.br

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