Movimentação de granéis líquidos supera 13,4 milhões de toneladas em 2014

Dados inéditos divulgados pela ABTL mostram aumento de 3,5% na movimentação de líquidos dos associados se comparado mesmo período de 2013.

A movimentação de granéis líquidos pelos terminais nos principais portos brasileiros ultrapassou os 13,4 milhões de toneladas em 2014, segundo dados divulgados pela Associação Brasileira de Terminais Líquidos (ABTL). Os detalhes do mercado serão discutidos durante a Tank Storage, conferência inédita sobre soluções de armazenagem de líquidos que ocorrerá simultaneamente à Intermodal South America e à Infraportos South America, entre 8 e 9 de abril, na capital paulista.

De acordo com o presidente do conselho de administração da ABTL, Ary Serpa Júnior, “o aumento das cargas líquidas deve-se ao resultado significativo na movimentação dos produtos no porto de Suape (PE), que cresceu 131% no período, e no porto de Itaqui (MA), com incremento de 16% somando 2,3 milhões de toneladas”.

Por outro lado, o representante atribui a redução em torno de 10% da movimentação da carga no Porto de Santos, o maior da América Latina, à retração na movimentação de produtos químicos e na exportação de etanol. “O Porto de Santos é responsável por aproximadamente 40% do total movimentado pelos associados da ABTL. É um indício de que, com a situação econômica do país, em 2015 podemos até ter uma redução nos volumes totais de movimentação”, alerta o presidente.

Suape - O Complexo Industrial Portuário de Suape bateu recorde de movimentação em 2014, superando em 18,3% o resultado do ano anterior. Das 15 milhões de toneladas de cargas, os granéis líquidos responderam por mais de 9,2 mil de toneladas. “Dos líquidos movimentados, principalmente óleo diesel e GLP (Gás Liquefeito de Petróleo), houve um incremento de 26% em 2014”, comenta o presidente do porto de Suape, Thiago Norões, que atribui o crescimento “principalmente à entrada em operação dos píeres de granéis líquidos para a Refinaria Abreu e Lima e às operações de transbordo ship-to-ship (petróleo, diesel e gasolina)".