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24/01/2008 - 10:39

Rio Paranapanema recebe 300 mil peixes


Duke Energy investe na manutenção da diversidade de peixes e no aumento da produção pesqueira nas regiões de suas usinas.

A Duke Energy promove a primeira soltura de peixes de 2008, nos próximos dias 24 e 25 de janeiro. O Rio Paranapanema receberá 300 mil peixes de espécies nativas, como parte do Programa de Manejo Pesqueiro desenvolvido pela empresa. O objetivo do programa é a manutenção da diversidade de espécies no rio e o aumento da produção pesqueira na região. Desde o início do projeto, em 2001, já são mais de 11,5 milhões de peixes soltos no rio. Até o final deste ano, serão soltos 1,5 milhão de alevinos (filhotes de peixes) das espécies. pacus-guaçu, curimbatás, piaparas, piracanjubas e dourados.

No dia 24, no reservatório de Taquaruçu, localizado entre os municípios de Sandovalina (SP) e Itaguajé (PR), serão liberados 150.000 piracanjubas. No dia seguinte (25), mais 150 mil alevinos da mesma espécie serão lançados no reservatório de Salto Grande, que fica entre Cambará (PR) e Salto Grande (SP).

Os locais de soltura são escolhidos por terem características ecológicas favoráveis ao rápido crescimento das espécies, incluindo disponibilidade de alimentos e proteção com relação a predadores.

O Programa - As atividades do Programa de Manejo Pesqueiro são conduzidas a partir da Estação de Hidrobiologia e Aqüicultura, localizada na usina hidrelétrica Salto Grande, que possui laboratórios para reprodução de peixes e para análises de água, tanques de larvicultura e 53 tanques de alevinagem e estocagem de matrizes, que ocupam uma área de 22 mil metros quadrados. Entre as espécies de trabalho encontram-se os curimbatás, piracanjubas, pacus-guaçu, piaparas, piavas três-pintas e dourados.

Em maio de 2007, a Duke Energy e as Faculdades Luiz Meneghel (Falm) firmaram um convênio inovador para pesquisa e desenvolvimento em aqüicultura. A instituição de ensino superior passou a administrar e operar as instalações da Estação de Hidrobiologia e Aqüicultura de Salto Grande. Segundo Rodolfo Sirol, coordenador de Meio Ambiente da Duke Energy, a parceria com a Falm é um sucesso. “Já existe um incremento nas pesquisas científicas. Atualmente temos em andamento três trabalhos de doutorado e um de mestrado, ligados a Universidade Estadual de Maringá, que estudam repovoamento e as espécies nativas utilizadas no programa. Os trabalhos são acompanhados pelos alunos da FALM, que têm a oportunidade de entrar em contato direto com pesquisadores e com a estrutura de pesquisa disponibilizada na Estação”, explica.

O Programa de Manejo Pesqueiro também conta com parcerias de pesquisas com a Universidade Estadual de Londrina (UEL) e a Universidade Estadual Paulista (Unesp)/Botucatu como instituições parceiras.

Segundo o biólogo e pesquisador da área de Meio Ambiente da Duke Energy, Sandro Britto, “o repovoamento é orientado a partir de estudos sobre as populações de peixes nos reservatórios”. O Programa de Manejo Pesqueiro desenvolve ainda pesquisas sobre a qualidade da água e as comunidades aquáticas de peixes, plantas e microorganismos.

Como parte das ações desenvolvidas dentro da política ambiental da Duke Energy está a conscientização dos habitantes da região sobre a importância de não realizar a pesca na piracema – período da desova que acontece geralmente entre os meses de novembro e março. Isso porque, se os peixes reprodutores forem pescados na época da desova, a reposição das espécies fica comprometida.

O processo reprodutivo - O processo começa com as matrizes (peixes reprodutores) mantidas na Estação de Hidrobiologia e Aqüicultura de Salto Grande. Essas matrizes têm alta variabilidade genética, de modo a preservar as nuances de cada espécie. Essa variabilidade aumenta a capacidade de resistência da espécie, sendo garantida com uma constante análise dos padrões de DNA dos peixes.

Nas matrizes, após a indução por meio de injeções contendo hormônios sexuais, é estimulada a desova e fertilização das espécies. O processo de desova é natural, em tanques circulares que reproduzem as condições encontradas pelos peixes na natureza. Nestes tanques, o macho libera o sêmen que entra em contato com as ovas das fêmeas, iniciando o ciclo de reprodução.

Depois de fecundadas, as ovas são transferidas para tanques de incubação, até eclodirem e crescerem por cerca de 10 dias, quando completam o estágio de larva, ainda sem capacidade de nadar. Então, após obter a capacidade de nadar livremente, as larvas, agora chamadas de alevinos, passam para os tanques de alevinagem nos quais terão tempo para se desenvolver.

Ao atingir a fase de juvenis (a fase “adolescente”), os peixes estão prontos para soltura no rio.

Transporte - Acondicionados em caixas térmicas apropriadas para o transporte, os peixes viajam da Estação de Hidrobiologia e Aqüicultura até os pontos de soltura nos reservatórios. De acordo com Rodolfo Sirol, graças à tecnologia adotada, o sucesso desse tipo de operação é de 100%. “Os peixes são transportados sedados, livres de estresse térmico ou mecânico, já que as caixas contêm um sistema para controle de ondas, evitando choques durante o trajeto”, esclarece.

Antes de serem lançados ao rio, os peixes saem gradativamente do estado de dormência, enquanto os tanques têm a água com sedativo substituída lentamente pela água do reservatório. Sirol explica que esse procedimento tem a finalidade de eliminar o efeito anestésico e “de colocar os peixes em contato com as características físico-químicas de seu novo ambiente”.

Duke Energy - A Duke Energy Geração Paranapanema, maior investimento da Duke Energy fora do território norte-americano, conta hoje com ativos de geração de energia num total de 2.237 MW, compostos de oito usinas hidrelétricas situadas ao longo do rio Paranapanema, na divisa entre os estados de São Paulo e Paraná. Adquiridas sob regime de concessão em 1999, as usinas Jurumirim, Chavantes, Salto Grande, Canoas I e II, Capivara, Taquaruçu e Rosana, juntas, são responsáveis por cerca de 3% de toda a energia produzida no país.

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