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06/03/2015 - 08:46

Como diria Paulo Freire, “Conhecer é tarefa de sujeitos, não de objetos”


A história da Contabilidade é tão remota quanto à trajetória da escrita e da civilização, já que, desde que mundo é mundo, o homem tem a necessidade de proteger e registrar posses e patrimônios. Porém, sua relevância não era tão conhecida. Contudo, o tempo passou, a tecnologia se desenvolveu e as relações econômicas ficaram mais fortes. O resultado foi um ambiente comercial mais competitivo e uma Contabilidade mais notória e imprescindível.

No Brasil, essa mudança ficou bem nítida em 2007, quando foram introduzidos o Sistema Público de Escrituração Digital – Sped, responsável por substituir os Livros Diário e Razão por arquivos digitais, suprimir as pilhas de papeis de documentos fiscais e acelerar o processo de fiscalização tributária, e as IFRS (Normas Internacionais de Contabilidade). Desde então, o profissional da Contabilidade incrementou e intensificou a orientação aos clientes no sentido de melhor conduzir os negócios empresariais, ao invés de simplesmente registrar fatos ocorridos e preencher declarações. Literalmente, o contador se tornou um “consultor”. Hoje ele é o braço direito do empresário no que diz respeito às decisões estratégicas dos negócios.

Com justa razão, o profissional da Contabilidade é considerado um verdadeiro cientista quando o assunto é finanças e patrimônio. A própria profissão, em si, se diversificou e a Contabilidade deixou de ser somente uma ciência exata, como consideram muitos leigos, e se tornou uma ciência exata-social, ao utilizar a matemática e a estatística para atender pessoas físicas e jurídicas. Aliás, quem pensa que na carreira contábil basta lidar somente com os números está enganado – é fundamental saber e gostar de atender pessoas e principalmente orientá-las adequadamente.

Além disso, eles precisam se atualizar constantemente, já que a legislação não para de mudar em todas as esferas. Devem estar atentos, pois as multas incidentes sobre determinadas obrigações governamentais tem um peso altíssimo. O profissional que não se atualiza está fora do mercado. Como diria o filósofo brasileiro Paulo Freire (1921-1997), “o conhecimento exige a presença curiosa do sujeito em face do mundo. Requer sua ação transformadora sobre a realidade. Demanda uma busca constante... Conhecer é tarefa de sujeitos, não de objetos. E é como sujeito que o homem pode realmente conhecer”.

Uma das formas de buscar essa adaptação é por meio da educação profissional continuada, a qual aprimora conhecimentos, amplia aptidões e habilita para a vida laboral. São cursos, palestras, oficinas, workshops, seminários, eventos e outras ações instrutivas que melhoram o aprendizado dos profissionais da Contabilidade.

Isso significa que o mercado exigirá cada vez mais do profissional da Contabilidade? A resposta é sim. O mercado de trabalho mudou e está mais dinâmico. Se antes imperava o modelo local de gestão, hoje não só a Contabilidade, mas todas as áreas, estão diante de um cenário globalizado. A comunicação está bem mais veloz, basta vermos a utilização de aparelhos móveis, como tabletes, smartphones, netbooks e notebooks, inclusive nos ambientes corporativos como ferramentas de trabalho. O fato é tão corriqueiro que até ganhou um nome: consumerização. A tendência faz com que os profissionais trabalhem com um único propósito: aumentar a satisfação do usuário final.

. Por: José de Souza, presidente da Federação dos Contabilistas do Estado de São Paulo – Fecontesp.

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