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24/01/2008 - 10:56

Rio de Janeiro pode ganhar super terminal de cargas na Dutra


Projeto prevê a redução de 50% do trânsito de caminhão na Avenida Brasil, Ponte e região central.

A Secretaria Estadual de Transportes e o Sindicargas – Sindicato das Empresas do Transporte Rodoviário de Cargas e Logística do Rio de Janeiro – assinaram no dia 23 de janeiro (quarta-feira), um convênio para a elaboração de projeto e modelagem daquele que será o maior entreposto de cargas rodoviárias do estado do Rio. A intenção é aproveitar parte de um terreno do Departamento Nacional de Infra-Estrutura de Transportes, o DNIT, de 800 mil m2 que fica no km Zero da Dutra, para construir ali um super terminal para onde convergirá a maior parte dos caminhões pesados que chegam e saem da Região Metropolitana do Rio. O projeto também prevê uma revolução no trânsito da cidade, com a redução de 50% do fluxo de caminhões pesados na Avenida Brasil, Ponte Rio-Niterói e na região central.

O projeto está orçado em R$200 milhões. Todo investimento será feito pela iniciativa privada. Durante a assinatura do convênio, que aconteceu na sede do Sindicargas, na Penha, as 40 maiores empresas de transporte de carga do estado se comprometeram a construir o super galpão. Cada uma delas teria direito a áreas que variam de 5 mil m2 a 10 mil m2 dependendo do porte da empresa. Nessas áreas, serão construídos armazéns para estocagem, triagem e fracionamento da carga.

- Uma carreta carregada, por exemplo, de geladeiras, ou fogões, ou computadores, em vez de invadir o espaço urbano da cidade para fazer entrega, vai direto para o terminal. Ali a carga será dividida em caminhões menores. Isso significa redução de custo para a empresa, agilidade e economia para o cliente, que vai receber a mercadoria mais rápido. Além de trazer um enorme alívio para o trânsito da cidade, que ficará livre dos caminhões pesados que hoje circulam a qualquer hora do dia. Esse é um projeto absolutamente estratégico, que vai mudar o perfil do trânsito do Rio e a logística do transporte de cargas no estado – comentou o secretário de Transportes Julio Lopes, logo após a assinatura do convênio.

Além da elaboração do projeto, a construção do terminal depende da cessão de cerca de 400 mil m2 do terreno por parte do DNIT. O secretário Julio Lopes se prontificou a negociar diretamente com a direção do órgão federal o repasse da área para o estado, para que o projeto possa sair do papel. O presidente do Sindicargas, Francisco Cezar Holanda, acredita que até a metade do ano o terreno esteja liberado. A previsão é que em dois anos o super terminal esteja pronto e funcionando 24 horas sem parar.

- A construção desse projeto vai representar o maior avanço para o setor de transporte de cargas dos últimos 30 anos. As empresas vão poder economizar muito com os gastos de aluguel e segurança. Pelos nossos cálculos, serão gerados mais de 10 mil postos de trabalho, entre pessoal de manutenção, estocagem, segurança e transporte – disse Cezar Holanda.

Hoje, 70 % da produção nacional de eletrodomésticos, eletroeletrônicos, confecção, alimentos, cosméticos e medicamentos passam pelo Rio. Só as 40 empresas interessadas na obra movimentam, diariamente, 800 mil toneladas de mercadorias. Para elas, a construção do condomínio logístico vai representar uma redução de até 50 % nos gastos fixos com aluguel, condomínio e segurança, já que as empresas compartilhariam do mesmo serviço.

A inexistência de áreas apropriadas para instalação de terminais também é outro nó enfrentado pelos empresários. Hoje, as transportadoras de cargas estão instaladas em locais dispersos na Região Metropolitana do Rio, o que dificulta a entrega das mercadorias. O diretor de Segurança do Sindicargas, Adalgiso Maia Neto, diz que o preço pelo metro quadrado no Rio, em alguns pontos, chega a ser 125% mais caro do que em São Paulo. O que afasta o investidor e encarece os gastos para as transportadoras precisam ter base no Rio.

- Enquanto em São Paulo e outros estados o metro quadrado custa em média R$8 a R$12, já no Rio chega a R$18 o metro quadrado, e nós ficamos sem opção, sem ofertas. Com o condomínio logístico, toda a cadeia de preço será barateada e teremos nossos terminais fixos, sem nos preocuparmos mais com os aluguéis. Também queremos propor ao governo a instalação de um posto da Delegacia de Roubos e Furtos de Carga no terminal.

O secretário de Transportes destacou ainda a proximidade do futuro terminal com o Arco Metropolitano que está sendo construído. E destacou os novos investimentos que estão surgindo no estado para reforçar a importância do projeto.

- Hoje, o estado do Rio concentra a maior carteira de investimentos do país, com diversos grandes empreendimentos em implantação, como o Comperj, novas siderúrgicas, fora diversas empresas que estão chegando ao estado. Acreditamos que uma logística eficiente é sinônimo de competitividade para o estado e agilidade no transporte dos produtos até o cliente, por isso fechamos essa parceria com o Sindicargas – explica Julio Lopes. | Foto: O secretário Julio Lopes durante assinatura do convênio com o Sindicargas

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