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24/01/2008 - 11:00

FED, Copom e Taxa Selic


O FED (Federal Reserve) surpreendeu os mercados ao promover um corte de 0,75% na taxa básica de juros, reduzindo-a para 3,5%. A decisão de 23 de janeiro do Copom sobre a taxa de juros não deve ser influenciada pela medida do Banco Central dos EUA, de acordo com o consultor do núcleo de Negócios Internacionais da Trevisan Consultoria e professor da Trevisan Escola de Negócios, Pedro Vartanian. “Enquanto o FED demonstra sua reação a uma possível recessão, o Copom tem como preocupação a inflação resultante de um forte crescimento econômico obtido em 2007 e esperado para 2008. Por isso, a expectativa é de manutenção na Taxa Selic”.

O analista destaca, entretanto, que a redução da taxa de juros nos EUA e a manutenção da Selic no Brasil influenciará as futuras decisões do Copom, especialmente no segundo semestre. “O diferencial entre as taxas de juros aumentou, o que resulta na atração de capitais dos EUA para o Brasil. A atração de investimentos pela economia brasileira resultará em valorização do real, o que pode contribuir para uma pressão deflacionária nos preços dos produtos importados, reduzindo a inflação esperada para 2008”.

Banco Central agiu com parcimônia, reformas aumentariam imunidade, diz a Firjan - As incertezas internacionais e a aceleração das pressões inflacionárias requerem maior parcimônia na condução da política monetária. Para o Sistema Firjan, o momento exige ainda a contenção dos gastos públicos e a retomada das reformas estruturais. Desta forma, será possível tornar a economia brasileira mais imune aos riscos iminentes e possibilitar a breve retomada dos cortes da taxa básica de juros.

O presidente da Força Sindical, Paulo Pereira da Silva, o Paulinho, divulgou no dia 23 de janeiro, a seguinte nota sobre a decisão do Copom: É decepcionante a decisão do Copom de continuar com taxa Selic em 11,25%. O Banco Central insiste em manter uma camisa-de-força no setor produtivo, inibindo a geração de empregos e renda. Manter esta política de juros altos é o mesmo que beijar a mão dos especuladores. Esta medida desagrada os trabalhadores brasileiros que anseiam por uma robusta queda na taxa básica de juros.

Não há justificativa para manter os juros neste patamar estratosférico, penalizando o crescimento econômico. Os trabalhadores refutam a hipótese de que a preocupação com a meta da inflação tenha sido o fator responsável pela manutenção da taxa Selic em índice tão alto.

A decisão do governo compromete o crescimento deste 1° semestre, causando um impacto negativo e adiando importantes investimentos. O País precisa de uma seqüência ininterrupta de queda na taxa básica para alavancar o crescimento de forma sustentável.

Para Fiesp, manutenção da Selic vai na contramão de economias mundiais- A Federação das Indústrias de São Paulo (Fiesp) condenou a manutenção da taxa Selic em 11,25% ao ano, conforme a decisão no dia 23 de janeiro, do Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central.

Em nota, o presidente da Fiesp, Paulo Skaf, afirma que medida vai na "contramão" do Banco Central dos Estados Unidos, que esta semana baixou os juros de 4,25% ao ano para 3,5% ao ano, e de outros bancos centrais, como o da China, que também reduziu a taxa básica de juros.

"Esse posicionamento [do Banco Central brasileiro] aumentará, ainda mais, o diferencial de juros do Brasil em relação às economias internacionais", diz o texto. "No Brasil, quando o fim da CPMF [Contribuição Provisória sobre Movimentação Financeira] traz condições para a redução da Selic - de acordo com estudo do próprio Banco Central -, a área econômica do governo opta por uma conduta equivocada, que desistimula o crescimento".

Decisão do Copom não surpreende, diz confederação da indústria - A decisão do Comitê de Política Monetária (Copom) de manter em 11,25% a taxa Selic não surpreendeu a Confederação Nacional da Indústria (CNI), pois já estava sinalizada em atas de reuniões anteriores.

Em nota, economistas da entidade afirmam que a decisão está fundamentada "nos sinais de manutenção da robusta taxa de crescimento da demanda interna em um ambiente de incertezas quanto ao cenário prospectivo da inflação".

A CNI também afirma que os cortes no orçamento de 2008 deverá promover "maior sintonia entre as políticas monetária e fiscal" durante o ano, de modo a permitir a trajetória de queda da taxa básica de juros. | Portal Fator Brasil e ABR.

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