Certificação Leed ajuda na economia de água

Serviço promovido pela TÜV Rheinland Brasil faz com que apartamentos, edifícios comerciais e novos empreendimentos possam economizar até 40% no consumo hídrico.

Em tempos de escassez de água e necessidade constante de economia dos recursos hídricos, é cada vez mais importante que apartamentos, edifícios comerciais e novos empreendimentos tenham mais cuidado e preocupação com a eficiência hídrica, como forma de evitar desperdícios e garantir o consumo responsável. A TÜV Rheinland Brasil, subsidiária de um dos maiores grupos mundiais de certificação, inspeção, treinamento e gerenciamento de projetos, lançou recentemente o serviço de Gestão do Processo de Certificação para o Leed (Leadership in Energy and Environmental Design), com o objetivo de ajudar imóveis já construídos ou em construção a obter a certificação Leed de construção sustentável, que pode, entre outros benefícios ambientais, ajudar a economizar até 40% no consumo de água.

Desenvolvido nos EUA pelo United States Green Building Council – USGBC, e hoje presente em 153 países incluindo o Brasil, a Certificação Leed aborda aspectos ambientais relacionados à construção, operação e manutenção de empreendimentos. A TÜV auxilia seus clientes a conquistar a certificação a partir da incorporação dos critérios e estratégias de sustentabilidade nos projetos, na construção e na operação de edifícios.

“Uma das categorias presentes na certificação é a Eficiência Hídrica, a qual conta com cerca de 10% do total de pontuação possível do Leed. Nesta categoria são propostas soluções para diminuir o consumo de água, e esta economia, segundo o USGBC, pode chegar a até 40%. Em um cenário de crise hídrica, a gestão e otimização do uso deste recurso se faz cada vez mais importante e necessária”, informa Caroline Rosatti, auditora de Energia e Meio Ambiente da TÜV Rheinland Brasil.

A Certificação Leed contempla várias medidas que podem fazer a diferença na conta de água do edifício e na conservação deste recurso. Entre elas, a utilização de dispositivos hidrossanitários eficientes, como descarga dual flush, o aproveitamento de água da chuva, o reuso de água para fins não potáveis, a instalação de medidores por sistemas de uso de água e o monitoramento de consumo (de tal forma que seja possível até mesmo a identificação de possíveis vazamentos), são algumas das medidas que podem ser implementadas.

Existem vários sistemas de Certificação Leed, que são escolhidos conforme o tipo de uso do empreendimento a ser certificado. Os mais utilizados no Brasil, segundo o GBC Brasil, são o Leed NC e o CS (para novas construções e envoltória e núcleo, respectivamente). Além destes, existe o Leed OM, que é específico para prédios já construídos e outros sistemas LEED que dependem da tipologia do empreendimento a ser avaliado.

No Brasil, existem cerca de 944 empreendimentos registrados para a obtenção do certificado Leed e 216 que já receberam o certificado, de acordo com dados do GBC Brasil de Janeiro de 2015. Em São Paulo, localizam-se 529 dos 944 empreendimentos registrados e 138 dos 216 já certificados. “Estes dados mostram que o Estado de São Paulo é um dos líderes no número de empreendimentos que buscam a certificação Leed, e as construtoras já veem este tema como de muita importância”, afirma Caroline.

O trabalho dos especialistas da TÜV no trâmite para obtenção da certificação depende do escopo de serviço contratado pelo cliente: “Atuamos com o serviço de Diagnóstico, onde analisamos a situação real do projeto em relação às práticas sustentáveis de construção e operação, de forma a identificar oportunidades de melhoria e verificar a viabilidade da implantação de cada ponto abordado na certificação Leed; e também com o serviço de Gestão do Processo de Certificação, onde orientamos o cliente em como implantar as estratégias de sustentabilidade em seu projeto e/ou construção, a partir das premissas mandatórias constantes desta certificação. Além destes, ainda oferecemos os serviços de Comissionamento Fundamental e Avançado, Plano de Medição e Verificação e Simulação Energética”, acrescenta Caroline.