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10/03/2015 - 08:09

Menstruar ou não menstruar: o dilema da mulher moderna

Com a evolução da medicina, a interrupção do ciclo menstrual é uma decisão que deve ser tomada em conjunto entre médico e paciente e pode trazer benefícios.

A medida de suspender a menstruação costuma dividir opiniões e o assunto, por vezes, pode ser alvo de muitos questionamentos no consultório. Muitas mulheres sentem alívio dos sintomas pré-menstrual ao menstruar e sentem um bem-estar relacionado à sua vinda. Em contraponto, há muitas mulheres que preferem não menstruar, seja por comodidade ou até mesmo por sofrerem com cólicas, inchaços e os sintomas da Tensão Pré-Menstrual (TPM).

A suspensão da menstruação também pode ser indicada para tratamento de alguns sintomas de doenças, como por exemplo, a endometriose. Porém, é preciso muita cautela, pois ao mesmo tempo em que pode aliviar sintomas, pode dificultar o diagnóstico da doença.

Antigamente menstruava-se muito pouco, pois as mulheres engravidavam, em média, dez vezes. Contando com o período de gestação e amamentação, somava-se cerca de 210 meses (17,5 anos) sem menstruar. Já as mulheres modernas engravidam, em média, duas vezes e amamentam durante cerca de seis meses, ficando apenas 2,5 anos sem menstruar - isso equivale a um total de 400 a 500 ciclos menstruais durante a vida.

Para quem não sofre com o ciclo, esse número não gera problema algum. Mas, para as mulheres que lidam com alguns sintomas, menstruar pode ser um terrível incômodo.

O médico ginecologista do Hospital e Maternidade Santa Joana, dr. Ricardo Pereira, explica que a menstruação não se faz necessária. “Menstruação é uma simples descamação do endométrio. Se a menstruação está sendo um problema para a mulher, como por exemplo, quando ela está acontecendo em excesso, a interrupção sem dúvida será um benefício”, afirma o especialista.

Segundo o dr. Ricardo Pereira, não existem prejuízos com a interrupção do ciclo menstrual. Porém, é importante lembrar que a decisão deve ser feita em conjunto com um médico de confiança para que o método de interrupção seja escolhido para beneficiar integralmente a saúde e bem-estar da mulher.

Em geral, os métodos de interrupção funcionam de maneira parecida. A administração contínua de hormônios, alguns apenas de progesterona e outros com a combinação dele com o estrogênio, suspende a menstruação, que só virá caso haja pausa do método. Os métodos que existem hoje são pílulas anticoncepcionais sem interrupção, injeções mensais ou trimestrais de hormônio, implantes subcutâneos e DIU (Dispositivo Intrauterino).

A interrupção da menstruação não interfere na fertilidade da mulher no futuro, depois da descontinuação do uso do método escolhido para tal.

Mulheres portadoras de endometriose também podem se beneficiar da suspensão do ciclo menstrual por meio de pílulas que combinam os hormônios femininos, assim como injeção. O ginecologista do Hospital e Maternidade Santa Joana explica que a endometriose é uma condição onde o endométrio se encontra fora do útero, podendo estar na tuba uterina, no intestino ou em vários locais do organismo, principalmente na pelve, onde se encontram os ovários, tubas, parte final do intestino etc. Quando o endométrio descama, ou seja, o processo da menstruação, a mulher sente dor. Esse fenômeno também pode acontecer em outros lugares do organismo feminino, onde não deveria ocorrer, e iniciar um processo inflamatório e dolorido. Por isso, a interrupção pode representar uma alternativa benéfica para as mulheres que sofrem com essa doença. Em determinados casos, somente a retirada cirúrgica da endometriose trará alívio dos sintomas.

O Grupo Santa Joana administra as Maternidades Santa Joana e Pro Matre Paulista, em São Paulo, e as unidades de Laranjeiras e Barra da Tijuca da Maternidade Perinatal, no Rio de Janeiro. Considerado o maior grupo privado de maternidades da América Latina, o Santa Joana ainda contempla dois grandes Centros de Imunização e é a instituição líder no ranking nacional de maternidades, além de ser a única com parceria em estudos científicos com renomadas universidades como Stanford e Harvard. A união das maternidades do Grupo Santa Joana proporciona a troca de experiência, conhecimento e tecnologia, originando uma instituição de referência internacional em obstetrícia, ginecologia e neonatologia.

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