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18/03/2015 - 08:13

Para estrategistas e gestores de olho no futuro

Vivemos uma época de acentuada volatilidade nos mercados e tecnologias do agronegócio. Tudo que é sólido desmancha no ar e isso nos leva à questão da resiliência, um conceito que está na ordem do dia entre estrategistas e gestores de negócios. Sem resiliência não há salvação, diriam os mais afoitos, diante inquietude do nosso tempo.

Primeiro, vamos ensaiar uma definição de resiliência, para falarmos todos de uma mesma coisa: é a capacidade própria de um sistema para resistir a choques inesperados, reparar-se quando necessário e prosperar quando as condições forem adequadas. O pressuposto da resiliência é que, sim, as falhas acontecem, mas é possível projetar sistemas que podem rapidamente se recuperar dos fracassos.

A resiliência seria fator chave para organizações, produtos e processos conseguirem manter uma certa estabilidade. Aplicando-se ao setor de alimentação e agricultura, esse conceito remete à capacidade das nossas cadeias alimentares - tecnologias, sistemas de produção e indústria - para continuar a fornecer alimentos para o mundo, mesmo diante de impactos mais radicais, sem precedentes, no campo ambiental e econômico.

Em um mundo em rápida mudança, portanto, a nossa capacidade de articular sistemas alimentares resilientes será essencial, não só para as nossas organizações, mas para o crescimento econômico e bem estar humano. É comum se falar que sete princípios estão na raiz da resiliência. Como se fossem sete características ou atitudes de gestão e liderança.

Flexibilidade: Esteja sempre pronto para mudar seus planos, quando eles não estiverem funcionando como você esperava. Não alimente a esperança (ou certeza) de que as coisas vão se estabilizar.

Descentralização: Sistemas centralizados parecem fortes, criam uma certa percepção de invulnerabilidade. Mas quando eles falham, em geral o fracasso é bem mais catastrófico.

Colaboração: Tire proveito farto da integração tecnológica, especialmente com parceiros que oferecem informação compartilhada. Isso acelera o tempo, multiplica recursos e aumenta conhecimentos.

Transparência: Não esconda seus sistemas; em geral, com transparência é mais fácil descobrir onde os problemas podem estar. Compartilhe seus planos e preparativos e ouça quando as pessoas apontam falhas.

Diversidade: Não acredite em um único tipo de solução para desafios ou novas situações.

Vigilância: Falhas ou fracassos acontecem, é claro. Mas certifique-se, sempre, de que o DNA de uma situação dessas não seja sinal de que as coisas podem desandar.

Previdência: Você não pode prever o futuro, mas pode ouvir seus passos se aproximando. Antecipar situações e se preparar para elas é vital.

Apesar desses princípios, que fique claro que resiliência é um assunto complexo e difícil de implementar. Requer comportamentos que contrariam expectativas, ou são vistos como contrários ao que está funcionando -- mesmo quando o que funciona é propenso a falhas. Parece ironia, mas resiliência exige vontade resiliente.

. Por: Coriolano Xavier, Vice-Presidente de Comunicação do Conselho Científico para Agricultura Sustentável (CCAS), Professor do Núcleo de Estudos do Agronegócio da ESPM.| Perfil-O Conselho Científico para Agricultura Sustentável (CCAS) é uma organização da Sociedade Civil, criada em 15 de abril de 2011, com domicilio, sede e foro no município de São Paulo-SP, com o objetivo precípuo de discutir temas relacionados à sustentabilidade da agricultura e se posicionar, de maneira clara, sobre o assunto.

O CCAS é uma entidade privada, de natureza associativa, sem fins econômicos, pautando suas ações na imparcialidade, ética e transparência, sempre valorizando o conhecimento científico.

Os associados do CCAS são profissionais de diferentes formações e áreas de atuação, tanto na área pública quanto privada, que comungam o objetivo comum de pugnar pela sustentabilidade da agricultura brasileira. São profissionais que se destacam por suas atividades técnico-científicas e que se dispõem a apresentar fatos concretos, lastreados em verdades científicas, para comprovar a sustentabilidade das atividades agrícolas.

A agricultura, apesar da sua importância fundamental para o país e para cada cidadão, tem sua reputação e imagem em construção, alternando percepções positivas e negativas, não condizentes com a realidade. É preciso que professores, pesquisadores e especialistas no tema apresentem e discutam suas teses, estudos e opiniões, para melhor informação da sociedade. É importante que todo o conhecimento acumulado nas Universidades e Instituições de Pesquisa seja colocado à disposição da população, para que a realidade da agricultura, em especial seu caráter de sustentabilidade, transpareça. [Facebook: http://www.facebook.com/agriculturasustentavel].

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