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19/03/2015 - 07:46

Produção nacional de calçados deve crescer 2,1% neste ano, aponta IEMI

De 17 a 20 de março (terça a sexta-feira), será realizada a FIMEC 2015 (Feira Internacional de Couros, Produtos Químicos, Componentes, Máquinas e Equipamentos para Calçados e Curtumes) que reunirá cerca de 1.200 marcas nos pavilhões da FENAC, em Novo Hamburgo. Serão aproximadamente 600 expositores do Brasil e também de outros países apresentando os principais lançamentos e novidades em produtos e serviços do setor.

A indústria calçadista mundial, assim como outros setores produtores de bens de consumo, vem se desenvolvendo significativamente nos últimos anos. No Brasil, porém, a indústria de calçados apresentou queda de 2,5% na produção, em 2014, acompanhando a queda de 2,6% no número de unidades produtivas e o índice -2,9% no pessoal ocupado. Os números fazem parte do estudo “Mercado Potencial de Calçados em Geral” recém-lançado, elaborado pelo IEMI Inteligência de Mercado.

Dados como a evolução do consumo aparente e da participação dos importados no suprimento do mercado interno também foram analisados, tendo como base a evolução histórica dos principais indicadores da indústria calçadista no Brasil (produção, investimentos, capacidade instalada, contratação de mão de obra etc.) e do próprio comércio externo brasileiro de calçados.

“Em 2015, as expectativas são de que os artigos importados alcancem uma participação de 4,2% sobre o consumo aparente em volume de pares e as exportações representem 15,1% da produção nacional, quando considerados todos os grupos de calçados produzidos e consumidos no País”, afirma Marcelo Prado, diretor do IEMI.

Canais de distribuição e consumo de calçados - Os diferentes formatos do varejo compõem o principal canal de escoamento dos calçados consumidos no País. Para a indústria, em 2014, o varejo respondeu diretamente por mais de 70% da distribuição de toda a produção nacional de calçados. A exportação representou 14,8%, o comércio atacadista e as lojas de fábrica somaram 8,0%, ficando os demais canais (institucional e internet) com apenas 1,3%.

Perfil da Demanda - Em termos de consumo, a maior demanda potencial provém do grupo de consumidores da classe B, com 50,1% do valor gasto com calçados no País em 2014. A classe C aparece em seguida com 29,1%, a classe A com 16,8% e por último as classes D/E participando com 4,0% do consumo.

Entre os estados, Rio Grande do Sul é o maior produtor de calçados, porém, o 4º maior consumidor. Os maiores consumidores são: São Paulo, Minas Gerais e Rio de Janeiro, nesta ordem.

Unidades produtoras - De 2010 a 2014, a quantidade de unidades atuantes no setor aumentou 0,8%, com o surgimento de 60 novas unidades. Já em relação ao último ano, ocorreu uma queda de 2,6%, quando 210 unidades produtivas encerraram suas atividades dentro do setor.

Uma característica importante do setor calçadista nacional é o fato de que ele é composto por um grande número de microempresas (89,0% com até 49 empregados), ficando as pequenas (de 50 a 249 empregados) com 8,7% e as médias (de 250 a 1.000 empregados) com 1,9%, enquanto as grandes (mais de 1.000 empregados) não passam de 0,5%.

As unidades produtoras estão localizadas principalmente nas regiões Sul e Sudeste, onde se concentram 88,2% do total, ficando a região Nordeste com 8,1% e as regiões Centro-Oeste e Norte, juntas, com 3,7% do total de unidades em atividade.

Ocupação de pessoal - Os empregos gerados pelo setor produtor de calçados somaram quase 343 mil postos de trabalho em 2014, ou o equivalente a 3,64% do total de trabalhadores alocados na produção industrial do País nesse ano. Isso vem demonstrando que, além da sua grande relevância econômica, este é um segmento de forte impacto social.

A região Nordeste é a maior empregadora do setor, embora não seja a sede do maior universo de unidades produtivas. Em 2010 ela ultrapassou a região Sul e participa hoje com 36,2% do contingente de empregos ofertados pela indústria calçadista no Brasil em 2014. A região Sul ocupa a segunda posição, com 35,5%, seguida da região Sudeste, com 27,0%. As regiões Norte e Centro-Oeste, juntas, detêm 1,3% dos empregos da indústria brasileira de calçados.

Produção e consumo mundial - A produção mundial de calçados chegou a 19,9 bilhões de pares em 2013, últimos dados disponíveis, registrando um crescimento de 5,6%. Com isso, o consumo aparente mundial avançou para 17,5 bilhões de pares, neste mesmo ano.

“O potencial de crescimento futuro é maior se considerarmos que a grande maioria da população mundial ainda sobrevive com baixo poder aquisitivo. Nos próximos anos, o crescimento da produção e do consumo deverá ocorrer à medida que as nações menos desenvolvidas consigam uma melhor distribuição de renda”, afirma Prado.

Em 2013 o Brasil ocupava a terceira posição no ranking de produção mundial, com participação de 4,5%, ficando atrás, somente, da China e da Índia. Todavia, a força chinesa no setor de calçados é incomparável. Afinal, o país, sozinho, detém 57% da produção e 72% das exportações mundiais em volumes de pares.

Em termos de consumo, o Brasil ocupa a quarta posição no ranking 2013 dos consumidores globais. Entretanto, o número de pares consumidos pelo brasileiro é elevado por conta da alta participação dos chinelos, que representam mais da metade dos pares consumidos. Em nosso país, o consumo por habitante é de 4,1 pares/ano, nada menos que 71% superior à média mundial, que é de 2,4 pares anuais, com predominância de calçados fechados. China, Estados Unidos e Índia foram os maiores consumidores mundiais em 2013. Porém, enquanto o consumo per capita dos Estados Unidos foi de 7,2 pares por ano, na China e na Índia foi de 1,8. O maior consumo por habitante em 2012 foi na República Tcheca, com 7,6 pares/ano.

. [FIMEC 2015 (Feira Internacional de Couros, Produtos Químicos, Componentes, Máquinas e Equipamentos para Calçados e Cortumes), de 17 a 20 de março de 2015(terça a sexta-feira), das 13h às 20h, nos Pavilhões da FENAC, em Novo Hamburgo - Rua Araxá, 505. [www.fimec.com.br].

Perfil - O IEMI foi criado em 1985 para atender a crescente demanda das indústrias e entidades por dados numéricos e comportamentais relativos aos seus mercados, bem como para ajudar a sustentar o planejamento de suas ações. O IEMI tornou-se a principal fonte de informações para importantes setores da economia brasileira, como o moveleiro, contribuindo para seu melhor desenvolvimento. [www.iemi.com.br].

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