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25/03/2015 - 08:46

O novo cenário

Mudanças políticas paralisam o país. O Executivo tem ministério radicalmente novo que precisa de tempo para adequar sua missão frente a um quadro econômico recessivo, com imposição de cortes nos investimentos, especialmente em projetos de engenharia e obras. O mesmo ocorre nos estados em que os eleitos são da oposição à gestão anterior.

No Legislativo federal, ainda se estende a paralisia no vácuo produzido pela escalação de novos parlamentares e redesenho do mosaico de representações dos partidos com novos acordos e possíveis rupturas de parcerias, sempre pendentes de atendimento de demandas de cargos pelas siglas de apoiadores do governo reeleito. Somente em fevereiro os eleitos serão empossados.

O mesmo ocorre no nível estadual onde mudanças alteraram o quadro político gerando reformas administrativas mais profundas e muitas vezes complicadas.

Por outro lado, o "efeito Petrobras" terá reflexos certamente recessivos não apenas no setor de petróleo e gás, mas em todos os setores, em função do impacto da paralisação ou redução de ritmo das obras de infraestrutura do pais no curto e médio prazo.

Entretanto, pode-se prever um tempo propício para contratação de engenharia no setor elétrico, pela incapacidade atual do sistema de atender à demanda em tempo de seca prolongada, seja na geração como na transmissão de energia que pode requerer estudos e revisões pontuais capazes de ampliar o potencial instalado. Também no setor de saneamento poderão surgir oportunidades importantes, com os investimentos em reuso de água.

Devemos, ainda, monitorar, os resultados e avaliar criticamente ao longo deste ano, a contratação de obras sem projetos que vem sendo praticada no setor de transportes.

No nosso campo de luta, pode ocorrer o desmonte da prática da contratação integrada aberta e a recuperação da lógica na contratação de obras somente após a aprovação dos estudos e projetos completos de engenharia, contratados estes tempestivamente na modalidade "de técnica e preço" pelo regime próprio da lei de licitações.

Teremos, assim, um cenário mais difícil para os atores que a ABCE representa. Tempo de diálogo em todas as frentes, sendo que a consultoria de engenharia pode sair fortalecida pelo reconhecimento de que a prática de executar projetos básicos e executivos antes de contratar obras é o modelo acertado para evitar desperdícios e paralisações de grandes investimentos.

Estes serão os desafios da engenharia consultiva neste início de ano.

. Por: Mauro Viegas Filho, Presidente da Associação Brasileira de Consultores de Engenharia(ABCE).

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