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27/03/2015 - 07:44

Curso de Mediadores de Leitura chega à Biblioteca Parque de Manguinhos e ao Rio Criativo

Ele oferece capacitação para que mediadores de leitura atuem com o público infantojuvenil.

Dando prosseguimento às ações do convênio de modernização de bibliotecas e práticas de leitura, firmado em 2009 entre o Ministério da Cultura - Minc e a Secretaria de Estado de Cultura-SEC, a Superintendência da Leitura e do Conhecimento da Secretaria, em parceria com o Instituto Raízes da Tradição, vem realizando, desde o inicio do mês de março, o Curso de Mediadores de Leitura em diferentes localidades da Capital e Região Metropolitana. Com cinco dias de duração, totalizando 26 horas, o curso é ministrado por profissionais ligados ao Instituto Tear, sob a coordenação do Instituto Raízes, e tem como finalidade informar e buscar o aprimoramento das práticas de mediação entre público, livro e leitura. Os participantes podem ter idade a partir de 16 anos e as inscrições, no momento, estão abertas para os próximos cursos, na Biblioteca Parque do Alemão e na sede do Rio Criativo, no Centro.

No total, são cinco aulas com um programa que se complementa a cada dia, incluindo outras linguagens e ferramentas, como a poesia, a música, e diversos elementos que contribuem para a prática da leitura. Podem participar estudantes, professores, contadores de história e todos os interessados em leitura. No curso, diferentes linguagens, como mídias impressas, audiovisual ou radiofônica, são utilizadas em aulas participativas como contribuição à reflexão e à prática de mediar processos de acesso, incentivo e informação de leitores. Também como parte do mesmo convênio, a SEC vem realizando oficinas de gestão de projetos nas bibliotecas públicas municipais e em outros espaços e contextos sociais diversos.

Entre os profissionais que ministram as aulas do Curso de Mediadores de Leitura estão arte educadores, pedagogos, artistas plásticos , musicoterapeutas e outros instrutores ligados à cultura e educação.

“Os cursos de Mediação de Leitura trabalham justamente nos pontos que conectam o livro àquele sujeito que lê, ou que pouco lê, que conta histórias ou que narra sua vida em cantigas e cordéis. Inevitavelmente, a ampliação da capacidade de leituras e de narrativas se traduzirá na capacidade de leitura de mundos e na leitura de si. Esta capacidade de se produzir subjetividades a partir da leitura é fundamental, servindo como resistência a formas de submissão política e cultural, ampliando liberdades."

Quem explica é a Superintendente da Leitura e do Conhecimento da SEC, Vera Schroeder, que trabalha diretamente com as bibliotecas parque. “A Biblioteca Parque de Manguinhos (BPM) foi a primeira de uma rede inaugurada em 2010, que conta hoje com a Biblioteca Parque da Rocinha (BPR), a Biblioteca Pública de Niterói (BPN) e a Biblioteca Parque Estadual (BPE). A BPE é a referência para esta grande rede de espaços de leitura, que abrem janelas de conhecimento para todo o estado” – acrescentou Vera.

"A leitura não está sozinha, ela é irmã do teatro, da música, das artes plásticas e visuais. E a gente tenta mostrar que os espaços de leitura podem colocar essas diferentes linguagens em diálogo. A aproximação com o livro é o foco do curso, mas queremos que os alunos se sintam capazes de recontar as histórias de diferentes maneiras", afirma a arte-educadora Cláudia Leão, do Instituto Tear.

A cada aula, o curso aborda um dos seguintes temas : Memórias; Contos de Fada; Cordel, Prosa e Poesia; Mistérios e Aventuras; Contos de Fábula; Histórias de Humor e Arremate. O público alvo com quem os mediadores poderão trabalhar é o infantojuvenil.

O responsável pela área de leitura e consultoria geral do Instituto Raízes da Tradição, Wilson Costa, reforça as qualidades próprias ao ato se contar histórias. "Narrar e ouvir histórias é uma prática que fortalece vínculos afetivos e cultua o encontro entre diferentes gerações”, ele diz. “Promove a atualização do antigo, preservando as tradições e, assim, estabelece identidades. Saberes compartilhados em roda promovem o exercício do olho no olho."

Com opinião complementar, Denise Mendonça, coordenadora e arte-educadora do Instituto Tear, aponta para a importância que têm as histórias no vasto campo da formação sociocultural de uma pessoa. "Ao partilhar o prazer de contar, ouvir, ler e criar histórias, desfiamos e desvendamos, em liberdade, a poesia do mundo. É a partir desta crença, que entendemos a mediação de leitura como uma viagem fabulosa e necessária, direito de todos nós."

Oséias Miranda, estudante de 18 anos que participou do curso de formação de mediadores de leitura em Nova Iguaçu, destacou que as atividades dinâmicas o ajudaram a se expressar melhor, não só para contar uma história. “Sou tímido também, às vezes penso uma coisa, mas não sei como dizer o que estou pensando. No curso, vivemos situações de como se posicionar e se expressar melhor”.

Para os interessados em fazer sua inscrição, o próximo curso terá início no dia 28 de março e será na Biblioteca Parque de Manguinhos. Em seguida, haverá uma nova edição na sede do Rio Criativo, Centro do Rio, com início em 06 de abril. [www.cultura.rj.gov.br].

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