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27/03/2015 - 08:19

Kátia Abreu é uma das mais novas vozes da Academia Nacional de Agricultura


Ex-ministro Delfim Netto, homenageado pela Academia, ao lado da ministra da Agricultura e nova integrante da Academia, e do presidente da SNA, Antonio Alvarenga

Em cerimônia realizada no dia 24 de março(terça-feira), em São Paulo, a ministra da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, Kátia Abreu tomou posse na Academia Nacional de Agricultura, órgão da Sociedade Nacional da Agricultura (SNA). Na ocasião, o presidente do Conselho Superior de Agronegócio (Cosag), João Sampaio Filho, também assumiu uma cadeira na entidade.

Ex-ministro da Agricultura e da Fazenda, Antônio Delfim Netto foi homenageado durante a cerimônia, que ainda marcou a posse do presidente da Associação Brasileira do Agronegócio (Abag), Luiz Carlos Carvalho, na presidência da Academia, cargo que antes era ocupado pelo ex-ministro da Agricultura Roberto Rodrigues.

“A Sociedade Nacional de Agricultura foi fundada em 1897, sendo portanto a mais antiga instituição brasileira voltada para defesa e promoção do setor rural. Em 17 de maio de 2001, o Conselho Superior da SNA foi transformado na Academia Nacional de Agricultura, com a missão de estudar, discutir e opinar sobre questões de interesse técnico, jurídico e econômico nas áreas do agronegócio, alimentação e meio ambiente”, relatou Antonio Alvarenga, presidente da SNA.

“Fico profundamente honrado em entregar à ministra Kátia Abreu o colar da Academia, entidade que realmente procura pensar a agricultura brasileira. Seja bem-vinda e tenha a certeza de que receberá, aqui, o carinho e a dedicação de todos os membros do Conselho e o apoio para o seu trabalho frente ao Ministério”, disse Roberto Rodrigues.

O ex-presidente da Academia aproveitou a ocasião para destacar o trabalho mais recente desenvolvido pela entidade, que envolve boa parte dos membros presentes: um plano de governo oferecido aos candidatos à Presidência na eleição do ano passado.

“O resultado foi tão bom que a própria presidente da República assumiu boa parte daquilo que nós desejávamos. E o ponto central almejado por nós é que o ministro da Agricultura fosse uma pessoa ligada ao setor, uma pessoa amiga, reconhecida e amada, além de competente e séria. Portanto, o nosso plano já começou a funcionar com a escolha de Kátia Abreu para tão importante posição. Temos orgulho de tê-la como a nossa ministra”, salientou.

“Verdadeiro centro do pensamento agrário, a Academia Nacional de Agricultura ostenta, entre seus membros, alguns dos mais importantes nomes do setor, grande parte aqui presente”, disse Antonio Alvarenga.

Reunião - O presidente da SNA ainda ressaltou que, “apesar de ter uma agenda super congestionada, a ministra fez questão de vir em nossa reunião cumprimentar os companheiros e, finalmente, tomar posse como acadêmica”.?

Ele explica que Kátia Abreu foi eleita para a Academia em 2013, quando sequer imaginava que seria a próxima ministra da Agricultura. “Àquela época, houve um imprevisto e não ela pode comparecer à solenidade de posse, mas desde então já figura em nossas publicações como acadêmica”.?

Para Antonio Alvarenga, Kátia Abreu reúne todas as condições para integrar a Academia Nacional de Agricultura. “É produtora rural e conhece como poucos o setor. Como presidente da CNA licenciada, é a legitima representante dos 5 milhões dos pequenos, médios e grandes produtores rurais brasileiros. Senadora atuante, combativa e articulada, sempre defendeu com paixão e empenho nossa agropecuária, a iniciativa privada, a segurança jurídica das instituições e dos contratos, princípios liberais que são sua marca registrada.”

A ministra tomou posse na cadeira número 24, cujo patrono é José Bonifácio (o patriarca da Independência do Brasil). “O último ocupante foi meu pai, ex-presidente da SNA, Octavio Mello Alvarenga, falecido em 2010. Essa cadeira, Kátia, tem, portanto, um significado muito especial”, disse Antonio Alvarenga.

Confiança e esperança?: “É uma grande honra para a Academia recebê-la. Temos hoje uma confiança e uma esperança enorme no seu trabalho. Vossa Excelência já mostrou na Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA) e no Senado a sua condição de entender problemas nacionais, os problemas da agricultura e de entendê-los dentro da economia nacional”, disse o ex-ministro Delfim Netto, ao dar as boas-vindas à Kátia Abreu.

Segundo ele, a agricultura é o setor mais progressista da economia brasileira e, mesmo com todos os problemas, tem se destacado como instrumento importantíssimo de desenvolvimento.

“É o setor que tem assumido a liderança dos ganhos de produtividade, é o único, na verdade, sobre o qual não recai nenhuma das críticas mais comuns aos empresários brasileiros. A agricultura foi a salvação da lavoura”, ressaltou o ex-ministro da Fazenda.

“É motivo de grande honra tê-la entre nós e dizer-lhe que estamos à sua disposição para que termine bem, como seguramente terminará, sua missão, já que mostrou ser capaz de enfrentar um leão por dia. Continue assim que nós estamos atrás.”

‘O barco não pode parar’: “Cumprimento a todos em nome do Antonio Alvarenga, esse amigo tão querido com o qual temos convivido há uma longa data e, a cada dia que passa, eu admiro mais.” Essas foram as primeiras palavras da ministra Kátia Abreu, na cerimônia de posse, dirigidas ao presidente da Sociedade Nacional de Agricultura (SNA), Antonio Alvarenga.

“Esse grupo (a Academia), essa elite que está ajudando a construir esse grande negócio, também dará todo estímulo e otimismo necessário para continuar crescendo, para continuar navegando. Apesar das tormentas, o barco não pode parar”, ponderou.

“Em nome dos ex-ministros de Agricultura presentes (Roberto Rodrigues, Francisco Turra, Delfim Netto e Luiz Carlos Guedes Pinto), quero dizer que para mim é uma honra poder fazer parte desse seleto grupo, dessa elite da agropecuária brasileira, segmento que faz tanto sucesso e dá alegria ao Brasil nos momentos mais difíceis que nós já tivemos no passado e, no momento difícil que nós estamos passando agora, tenho certeza de que não será diferente, novamente o agronegócio brasileiro vai responder à altura do que o nosso país precisa”, salientou.

Ex-ministro Delfim Netto, homenageado pela Academia, ao lado da ministra da Agricultura e nova integrante da Academia, e do presidente da SNA, Antonio Alvarenga.

A ministra garantiu que está profundamente otimista, mas lembrou, como tem afirmado em várias entrevistas, que não está cega frente aos problemas.

“Sei perfeitamente dos desafios, das dificuldades, procuro entender e estudar com profundidade as questões econômicas nacionais para não estar alienada de tudo isso. Mas, nesses mais de dois meses à frente do Ministério, nunca recebi uma pessoa ou um representante de uma entidade que não chegasse com otimismo, querendo crescer e buscando solucionar gargalos para crescer, para ir adiante. Nunca recebi um segmento ou uma empresa que dissesse: vou fechar as minhas portas.”

Kátia Abreu afirmou que o agronegócio só tem lhe dado alegrias, “tanto que, às vezes, por algum momento, ouvindo outras pessoas, chego a pensar que nós talvez estejamos ilhados com esse otimismo e com o crescimento que todos nós defendemos”. Ela ilustrou a situação: “Dia 23, durante todo o dia em reuniões que tivemos com a presidente da República, ao final, ela (Dilma Rousseff) reiterou ao ministro da Fazenda: ‘Esse setor é diferente dos demais, é o que tem nos salvado’.”

Como ministra, ela disse que é parceira nos ajustes e que é preciso enfrentá-los para melhorar mais rapidamente a economia. “Enxergamos que, nos próximos meses, se o governo cumprir o dever de casa, estaremos em uma situação muito diferente, porque o Brasil tem estrutura, tem condições e é robusto para enfrentar essas crises”, comentou.

Com relação às condições que costumeiramente o governo dá ao setor, ela disse que não há nada a temer e garantiu que os créditos para custeio estarão disponíveis, normalmente.

“Teremos os nossos recursos de custeio e sabemos do acréscimo dos juros que os nossos produtores estão aguardando, serão compatíveis com o que nós precisamos e esperamos, e tenham a certeza de que não serão juros que irão inviabilizar nosso setor”, ponderou.

Com relação aos investimentos, ela lembrou que o Plano Safra também trabalha com o aumento de juros, mas privilegiando e preservando principalmente o Moderfrota, criado na gestão do ministro Turra, confirmado e reiterado com Roberto Rodrigues, Guedes Pinto e todos os ministros da Agricultura, que deram uma atenção muito especial ao programa. “E não será diferente desta vez”, garantiu.

Antes da posse, a ministra reuniu-se com Delfim Netto, por cerca de uma hora.

“Vim aqui tomar minha benção, ouvir os seus conselhos, falar sobre a Lei de Política Agrícola que precisamos ter no Brasil, a exemplo dos Estados Unidos e da Europa. Estamos maduros para começar essa discussão para que o nosso pessoal possa ter condições de planejamento, de segurança política”, contou.

Defesa agropecuária - Segundo a ministra, no momento está trabalhando para lançar, no próximo dia 28 de abril, um grande Plano Nacional de Defesa Agropecuária, durante um seminário internacional onde estarão presentes representantes de 80 países.

“Um dia depois do lançamento do nosso Plano Agrícola, vamos nos reunir com todos os ministros da agricultura do Mercosul e da Aliança do Pacífico para que possamos melhorar nossas relações e as nossas similaridades no que diz respeito às questões sanitárias e fitossanitárias que dependem apenas dos ministérios da Agricultura desses países para que possamos implementar aqui, primeiro na nossa casa e, depois, com os países vizinhos, melhorar nossas performances, como também definir uma agenda muito pesada na Ásia, na Rússia e na Europa para que possamos levar nossos produtos e a nossa confiança”, detalhou.

“Não que o nosso País não tenha defesa agropecuária, tem sim, e confiável, só estamos dando um avanço, aprimorando os mecanismos para que possamos ganhar a confiança ainda mais dos consumidores brasileiros, em primeiro lugar, e do mercado internacional”, justificou ela, lembrando que no dia 23 a presidente publicou no Diário Oficial os decretos de designação dos novos adidos agrícolas, cujos mandatos tinham vencido e agora estão em condições de assumir os seus postos.

Açúcar e álcool - A ministra aproveitou para mandar um recado para o setor de açúcar e álcool.

“Tivemos alguns pequenos avanços, conseguimos resgatar a Cide (Contribuição sobre Intervenção no Domínio Econômico), conseguimos melhorar o percentual do etanol na gasolina, mas isso não é tudo, foi apenas uma sinalização para que o setor se reanimasse”, comentou.

Segundo ela, este é um dos setores mais importantes. “Continuaremos trabalhando para fortalecer as usinas, as empresas, as indústrias não só com açúcar e álcool, mas, principalmente, a matriz energética, para que possamos exercer a cogeração não só para a autonomia das empresas, mas para que possamos fornecer para todo o País”, anunciou.

Também mencionou a energia de gás da vinhaça para ressaltar que a matriz energética terá atenção muito especial na área de açúcar e álcool e outros produtos. Ela contou que uma determinação expressa, nesse sentido, foi feita pela presidente da República, dia 23, ao ministro das Minas e Energia.

“Tenho certeza de que será bastante alentador para o nosso setor e irá resgatar o valor que esse setor tem para o Brasil”, analisou. “Na ocasião, eu disse para a presidente que a maior prova de fogo, como ministra, além de uma política agrícola, de um seguro e de uma lei agrícolas, é valorizar é resgatar o setor sucroenergético.”

Novos acadêmicos - Conforme o presidente da SNA, Antonio Alvarenga, “hoje, há um consenso entre os companheiros quanto a necessidade de ampliar o número de membros da Academia, mantendo sua característica multidisciplinar e ampliando sua abrangência nacional”.

“Nesse sentido, a Academia irá incorporar aos seus quadros novos membros, dentre pesquisadores, cientistas, juristas, empresários, economistas e personalidades com atuação relevante nos diversos segmentos e regiões onde o agronegócio tem se desenvolvido.”

Segundo Antonio Alvarenga, as eleições dos novos acadêmicos serão feitas duas vezes por ano, por meio de indicação de dois de seus membros, com a concordância do indicado e deliberação em reunião da Academia. |Equipe SNA/SP.

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