Reforma fiscal e tributária é a medida mais esperada pelos CEOs, aponta pesquisa da FDC

Estudo The CEOs Vision, em sua segunda edição, revela que os empresários têm aumentado a participação em mercados que já atuam e reduzido os custos como forma de enfrentar os desafios do cenário atual.

São Paulo - A Fundação Dom Cabral, melhor escola de negócios da América Latina segundo o ranking de Educação Executiva 2014 do jornal Financial Times, lança hoje a segunda edição da série de estudos The CEO's Vision - pesquisa que vai avaliar, a cada semestre, as expectativas dos líderes empresariais brasileiros de grandes e médias empresas sobre o estado atual e futuro da economia e o impacto em suas estratégias de negócios. A pesquisa consultou, em janeiro de 2015, 100 executivos de grandes e médias empresas, dos quais 82 são CEOs.

A novidade, nesta edição, foi a avaliação dos empresários sobre as medidas esperadas ou recomendadas para o novo mandato da Presidente Dilma Rousseff. Dentre as medidas mais citadas está a necessidade de realização de uma reforma fiscal e tributária, considerada fundamental para a melhoria da competividade das empresas no Brasil. Em segundo lugar, a necessidade de garantir a estabilidade econômica; e em terceiro, os investimentos em infraestrutura.

Os executivos, em uma escala de avaliação que variava de Muito Ruim (nota 1) a Muito Bom (nota 5), indicaram ainda que a economia nos últimos seis meses teve um desempenho ruim, com média de 2,14 no caso de respondentes de grandes empresas e 1,90 para os de médio porte. Por outro lado, mesmo diante de uma economia fraca no último semestre, o desempenho empresarial foi considerado moderado por ambas as amostras, com médias de 3,52 e 3,48 para as organizações de grande e médio porte, respectivamente.

A alavancagem - indicador de superação, calculado a partir do percentual da performance empresarial em relação às condições econômicas - chegou a 64,49% para as empresas grandes e 83,16% para as de médio porte no 2º semestre de 2014. As organizações melhoraram sua capacidade competitiva em relação ao primeiro semestre de 2014, em especial as organizações de menor porte, que subiram sua alavancagem de 43,8% para 83,16%.

Sobre o desempenho da economia para os próximos seis meses, os empresários indicam que ela deve ter uma performance igual ou pior do que no 2º semestre de 2014, com uma avaliação de 2,14 pelas grandes empresas e 2,07 pelas médias.

A pesquisa avaliou os desafios competitivos enfrentados pelas organizações. Os participantes elencaram três fatores críticos do ambiente externo que mais influenciaram, positiva ou negativamente, o desempenho geral das empresas nos últimos seis meses. De uma listagem de 17 itens, os executivos tanto das grandes quanto das médias empresas apontaram o Crescimento da Economia como o principal desafio para a competitividade das organizações. Neste contexto, as principais estratégias empreendidas pelas empresas para enfrentar o cenário adverso, no último semestre, foram o aumento da participação em mercados em que já atuam e o aumento da eficiência operacional com redução de custos, tanto para grandes quanto médias empresas.

Perfil - A Fundação Dom Cabral é uma escola de negócios brasileira que há 38 anos tem a missão de contribuir para o desenvolvimento sustentável da sociedade, por meio da educação, capacitação e desenvolvimento de executivos, empresários e gestores públicos. Circulam anualmente pelos seus programas abertos, fechados, de parcerias e de pós-graduação (especialização, MBA e mestrado) cerca de 35 mil executivos de empresas e organizações de pequeno, médio e grande porte do Brasil e de vários países. No campo social, a FDC desenvolve iniciativas de desenvolvimento, capacitação e consolidação de projetos, líderes e organizações sociais, contribuindo para o fortalecimento e o alcance dos resultados pretendidos por essas entidades. A FDC é a melhor escola de negócios da América Latina segundo o Ranking da Educação Executiva 2014 do jornal inglês Financial Times.