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28/03/2015 - 07:51

CPFL energia anuncia crescimento de 47% no Ebitda de 4T14

Os destaques de 2014 mostram crescimento de 2,1% nas vendas na área de concessão - residencial (+5,8%), comercial (+8,6%) e industrial (-3,5%), contabilização do saldo de ativos financeiros setoriais, conforme Deliberação CVM 732/14, no montante de R$ 831 milhões (efeito no Ebitda), comercialização e serviços - Ebitda de R$ 47 milhões no 4T14 e de R$ 263 milhões em 2014, investimentos de R$ 308 milhões no quarto trimestre de 2014 e de R$ 1.062 milhões em 2014, rebaixamento de rating para AA (bra) pela Fitch Ratings da CPFL Energia e suas subsidiárias, manutenção das ações da CPFL Energia na carteira do ISE (Índice de Sustentabilidade Empresarial, da BM&FBovespa), pelo 10º ano consecutivo.

CPFL Geração venceu o Lote I do Leilão de Transmissão - projeto Morro Agudo. CPFL Energia foi classificada como membro no Anuário de Sustentabilidade 2015, elaborado pela RobecoSAM, responsável pela avaliação do DJSI e CPFL Energia foi reconhecida pelo Guia Exame de Sustentabilidade 2014 entre os destaques do setor de energia, pelo 11º ano consecutivo.

Em mensagem o presidente da CPFL Energia Wilson Ferreira Jr. Disse: “Em 2014, o setor elétrico passou por mais um ano de volatilidade e grandes desafios. A hidrologia fraca, dentre outros fatores, levou os reservatórios ao menor nível da história ao final do período seco, em novembro. Consequentemente, o Operador Nacional do Sistema (ONS), manteve o pleno despacho térmico e o preço de curto prazo (PLD) bateu seu recorde de alta histórica, ficando a maior parte do ano no teto de R$ 822,83/MWh.

Além do impacto no fluxo de caixa das distribuidoras, a alta no PLD também teve um efeito nocivo na demanda de energia, já que desestimulou parte da indústria, que já sofria com o cenário macroeconômico adverso, a produzir, devido à alta no custo de energia. A combinação desses dois efeitos foi uma queda de 3,4% no consumo industrial ao longo do ano (-3,5% no 4T14) na área de concessão das oito distribuidoras do grupo CPFL Energia. Por outro lado, a baixa tensão continuou apresentando significativo crescimento no consumo, puxada pelas altas temperaturas do início do ano e resultando em incremento de 7,0% para a classe residencial (+5,8% no 4T14) e 7,9% para a classe comercial (+8,6% no 4T14), mesmo com os efeitos da crise hídrica, que causaram diminuição no ritmo de crescimento na segunda metade do ano. No consolidado, o consumo na área de concessão cresceu 2,6% em 2014 (+2,1% no 4T14).

Os resultados financeiros consolidados do Grupo no ano também foram expressivos: analisando os números gerenciais, que ajustamos pela consolidação proporcional dos ativos de geração e pelos efeitos não-recorrentes, nosso EBITDA atingiu R$ 3.916 milhões, já considerando os efeitos da implantação do 3º ciclo de revisões tarifárias em nossas distribuidoras. Nosso lucro líquido atingiu R$ 1.159 milhões. Já no 4T14, reportamos um Ebitda gerencial de R$ 929 milhões e um lucro líquido de R$ 280 milhões.

No âmbito regulatório, ocorreram vários avanços. A Audiência Pública nº 54/2014 foi concluída com a proposta da redução do preço-teto do PLD para R$ 388,48/MWh, com a adoção da térmica Macaé como referência e também ficou definido o aumento do piso do PLD para R$ 30,26/MWh. Além disso, os custos do Encargo de Serviços do Sistema (ESS) continuaram a ser rateados entre os consumidores de energia.

As discussões ao redor do 4º ciclo de revisão tarifária das distribuidoras progrediram com a abertura da segunda fase da Audiência Pública nº 23/2014, que tratou de itens como Custos Operacionais, Outras Receitas, Perdas, Procedimentos Gerais e outros. É importante destacar avanços por parte do regulador, como a proposta do reconhecimento de um adicional de remuneração para as Obrigações Especiais das distribuidoras entre outros.

O custo médio ponderado de capital das distribuidoras, o WACC, foi definido para o 4º Ciclo de Revisão Tarifária em 8,09% e será implementado para as concessionárias de distribuição com revisão até dezembro de 2017. Após essa data, as séries históricas serão atualizadas para as empresas com revisões a partir de janeiro de 2018, caso da RGE e CPFL Paulista, do grupo CPFL Energia.

Fato que deve ser comemorado também é a aprovação pela Comissão de Valores Mobiliários (CVM), no início de dezembro, do reconhecimento de ativos e passivos que até 2013 eram denominados “ativos e passivos regulatórios” nas demonstrações financeiras das distribuidoras de energia elétrica. A medida, um antigo pleito do setor, permitirá a contabilização das diferenças entre os custos de compra de energia e encargos estimados nas tarifas cobradas dos consumidores e os custos reais incorridos no período e que serão repassadas às tarifas na data de reajuste anual de cada distribuidora. Isso foi possível em função da aprovação pela ANEEL, em 25 de novembro de 2014, Despacho nº 4.621, de aditivo aos contratos de concessão que incluiu cláusula específica garantindo que os saldos remanescentes de eventual insuficiência de recolhimento ou ressarcimento pela tarifa em decorrência da extinção da concessão, por qualquer motivo, serão objeto de indenização e, consequentemente, permitiu o registro de ativos e passivos financeiros setoriais. Com isso, contabilizamos um ganho de R$ 831 milhões no Ebitda do 4T14.

Mas há de se destacar a necessidade ainda de mais avanços nas questões regulatórias para que sejam gerados incentivos para a retomada da capacidade de investimentos do setor elétrico.

Em termos de operação da Distribuição, é importante destacar que a CPFL Energia encerrou o ano de 2014 com a Telemedição de todos os clientes industriais e comerciais do Grupo A (alta tensão), totalizando 24,6 mil pontos nos quais o faturamento não depende de equipes em campo para realização da leitura de consumo. O processo automatizado, aumenta a segurança dos dados dos clientes, identifica possíveis fraudes e dá condições para a companhia aproveitar melhor o tempo das equipes.

A geração convencional sofreu com os efeitos da GSF (Generation Scaling Factor), já que o pleno despacho térmico e a energia de reserva deslocam a geração hidráulica. Assim, a energia assegurada nas usinas participantes do Mecanismo de Realocação de Energia (MRE) não foi atingida, fazendo-se necessária a compra de energia pelos geradores hidráulicos que precisaram honrar sua energia contratada. Para mitigar a volatilidade no braço de geração da companhia e aumentar a previsibilidade dos fluxos de caixa, recontratamos a energia proveniente da Usina Hidroelétrica Serra da Mesa (Semesa) em abril de 2014 até o final do direito de exploração desta parcela de energia pela CPFL Geração em 2028.

Na geração renovável, os destaques positivos ficam por conta da conclusão da aquisição de Rosa dos Ventos (que detém autorizações outorgadas pela ANEEL para explorar os parques eólicos Canoa Quebrada e Lagoa do Mato), do início das operações comerciais dos complexos eólicos de Atlântica e Macacos I, que somaram mais 198,2 MW ao parque gerador da companhia. Considerando também a associação com a Dobrevê Energia S.A. (DESA), que agregou 277,6 MW de capacidade instalada em operação, a CPFL Renováveis conta agora com 1.773 MW de capacidade instalada.

O segmento de Comercialização apresentou expressivos resultados, fruto da estratégia adotada ao longo da maior parte do ano: dado o estresse de preços no mercado de curto prazo, trabalhamos na Comercialização com uma sobrecontratação em relação aos nossos compromissos de entrega de energia, liquidando o excesso no mercado de curto prazo.

O ano de 2015 será novamente um ano de muito trabalho dada à desaceleração econômica do Brasil, as desafiadoras condições hidrológicas e questões estruturais ainda por resolver. Mas os consistentes resultados operacionais e econômico-financeiros alcançados pela CPFL Energia nos fazem certos de que nossa estratégia sólida e cautelosa, suportada por um planejamento estratégico bem definido, uma elevada capacidade de gestão de custos e uma administração financeira sólida, tem criado valor para os acionistas e melhorado os serviços e produtos oferecidos para os nossos clientes”, concluiu.

Diante do contexto econômico observou: “ No último trimestre de 2014, destacamos a existência de alguns desequilíbrios advindos do cenário econômico internacional, processos que geraram uma trajetória desbalanceada entre as principais economias globais. Durante o período, ficou clara a dicotomia entre o ritmo de crescimento dos países, se destacando o dinamismo da atividade dos Estados Unidos, em contraposição aos modestos resultados apresentados pela Zona do Euro e Japão. Contudo, amparada em medidas monetárias expansionistas em diversas regiões, a expansão da economia mundial foi, aproximadamente, 3,3% ao ano em 2014, resultado superior em comparação com os anos anteriores. Ainda analisando tendências observadas no último ano, vale ressaltar que as baixas cotações das commodities foram responsáveis pela revisão e rebaixamento do crescimento das economias emergentes: demandas interna e externa enfraquecidas e efeitos econômicos díspares1 frente à queda do preço do petróleo foram responsáveis pela piora do desempenho das economias exportadoras.

Nos Estados Unidos, o mercado de trabalho foi responsável, nos últimos meses, pelo dinamismo da economia norte-americana, com um saldo médio de criação de vagas de, aproximadamente, 262 mil no quarto trimestre. À luz dos bons resultados da esfera do trabalho, foi possível observar, no país, a expansão da demanda doméstica – que cresceu 4,3% no último trimestre de 2014, em termos anualizados – e o fortalecimento da confiança corporativa e dos consumidores. O PIB norte-americano anotou expansão de 2,6% (também em termos anualizados) no período, número inferior ao registrado no terceiro trimestre – 5% em termos anualizados. Esse movimento pode ser explicado pela redução dos investimentos – com destaque para a desaceleração dos empreendimentos da indústria extrativa, notadamente influenciada pela queda do preço do petróleo – e formação de estoques. Destaca-se, também, a confirmação do FED em relação à tendência de alta da taxa de juros em 2015; contudo, a instituição ressalta a ausência de automatismos na condução da política monetária, sinalizando que o processo será conduzido a partir dos bons resultados dos indicadores macroeconômicos.

Na Zona do Euro é possível observar uma discreta melhora dos indicadores macroeconômicos no último trimestre do ano, dados que reduzem as desconfianças sobre o desempenho da região. O PIB do bloco anotou expansão de 0,3% no quarto trimestre ante o trimestre anterior, puxado principalmente pelo desempenho da economia alemã (crescimento de 0,7% do PIB no último trimestre). A produção industrial da região se manteve praticamente estagnada ao final de 2014, com variação interanual de 0,4% em dezembro de 2014; no mesmo período, a taxa de desemprego atingiu 11,4% da população ativa – a menor leitura dos últimos seis meses. Vale destacar a implementação de um significativo programa de estímulos monetários do Banco Central Europeu até setembro de 2016 – que somará 1,2 trilhões de euros – que indica a possibilidade de maior dinamismo e recuperação econômica do bloco.

Na China, os principais indicadores – tais como PIB, vendas no varejo e a produção industrial – apresentaram desaceleração, com taxas de crescimento de, respectivamente, 7,4%, 8,3% e 12%, no acumulado do ano. À luz dos dados macroeconômicos, vale ressaltar que o rebalanceamento da atividade no país – com reforço do consumo interno e redução dos investimentos em infraestrutura – é uma das explicações do enfraquecimento dos resultados industriais e de comércio. Nesse sentido, foram reeditadas medidas de estímulo monetário, como redução dos juros e do depósito compulsório.

Para a economia mundial, espera-se uma alta do PIB de 3,5% em 2015, ante 3,3% de crescimento anotado em 2014. Para 2016, a estimativa é que se observe uma expansão de 3,7%”, encerrou o presidente.

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