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28/03/2015 - 07:56

Consequências da Operação Lava-Jato na economia aponta medidas para preservação dos investimentos e de empregos


Estudo da Firjan mostra que investimentos de R$ 423,8 bilhões estão ameaçados no Brasil, sendo R$ 105,8 bilhões no Rio de Janeiro, apontou em debate..

Em debate na sede da Firjan, no dia 27 de março (sexta-feira), o presidente Eduardo Eugenio Gouvêa Vieira defendeu que as empresas envolvidas em denúncias na Operação Lava-Jato precisam ser preservadas, para que os investimentos do país continuem e que empregos sejam mantidos. Um estudo divulgado pela Federação mostra que pelo menos 144 empreendimentos estão ameaçados de paralisação, o que representa R$ 423,8 bilhões em investimentos. O encontro foi iniciativa da Comissão de Fiscalização Financeira e Controle da Câmara dos Deputados, e teve a participação representantes de trabalhadores, empresários e poder público.

Segundo Eduardo Eugenio, é necessário discutir saídas para que o Rio de Janeiro e o Brasil não entrem em uma crise sistêmica. “Uma coisa é punir controladores ou executivos que incorreram em atos ilícitos. Outra bem diferente é permitir que empresas quebrem e arrastem com elas os empregos de milhões de brasileiros”.

O estudo mostra ainda que do investimento total ameaçado, R$ 242, 8 bilhões estão previstos para serem aportados em 109 obras de infraestrutura e o restante, R$ 181 bilhões, são para o setor de petróleo e gás. No Rio de Janeiro, são R$ 46 bilhões de investimentos ameaçados em infraestrutura e R$ 58,9 bilhões em petróleo e gás.

Segundo o deputado Vicente Cândido, presidente da comissão, o objetivo é aperfeiçoar a legislação para punir pessoas e assegurar que as empresas continuem a trabalhar. “O maior bem que está em jogo são os empregos dos trabalhadores e as empresas. O que vai nos ajudar a superar essa crise é que todas as nossas instituições estão funcionando. Essa é a garantia de que vamos separar a pauta dos desvios e punições da pauta positiva que precisa andar”, ressaltou.

O presidente da Firjan, Eduardo Eugenio, também destacou a importância dos Acordos de Leniência. “Vejo os acordos como a melhor solução disponível hoje, mas não sob a legislação em vigor. Uma proposta que gostaríamos de apresentar é que seja discutido e aprovado pelo Congresso Nacional, em regime de urgência, um marco regulatório que redesenhe o relacionamento entre empresas e poder público. A discussão de um novo marco também é vital para destravar o crédito e permitir que empresas resgatem sua capacidade de investimento”, disse.

Participaram do debate representantes da Secretaria Estadual de Trabalho e Renda do Estado do Rio de Janeiro, do Sindicato dos Engenheiros do Rio de Janeiro, do Clube de Engenharia, da CUT, da Federação Única dos Petroleiros, da Secretaria Municipal de Trabalho do Rio de Janeiro, da Ordem dos Advogados do Brasil e da Secretaria Municipal do Trabalho e Emprego da Cidade do Rio de Janeiro.

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