Inovação: Abit desafia empresas e estudantes

Buscar novas formas de olhar o próprio negócio tem sido o trabalho diário da Associação Brasileira da Indústria Têxtil (Abit), com as empresas. Mas, inovar não é tão simples quando se está mergulhado no dia a dia empresarial. Portanto, neste ano, a Associação irá intensificar a agenda de atividades com o objetivo de acelerar esse processo.

Uma das mais importantes ações teve início no último dia 25 de março (quarta-feira), na USP Leste, quando estudantes do último ano do Curso de Têxtil e Moda conheceram os problemas e os desafios de algumas empresas do setor que aceitaram trabalhar junto com esses jovens, aceitando o olhar inexperiente, mas cheio de ideias.

O Convênio entre a USP Leste e a Abit foi idealizado através do Texbrasil (Programa de Internacionalização da Indústria da Moda Brasileira, desenvolvido pela Abit em parceria com a Apex-Brasil, Agência Brasileira de Promoção de Exportação e Investimento) e incentiva a aproximação do ambiente acadêmico diretamente com o mercado de trabalho, propiciando aos estudantes conhecer as diversas áreas da indústria e, consequentemente, escolher qual carreira seguir.

TCC pode inovar a indústria da moda— O encontro na USP Leste contou com empresas participantes do Texbrasil como Santaconstancia, Santanense, Dellas Lingerie, Moovexx, Sapeka e Bia Baby, que apresentaram suas necessidades, demandas e ideias para que soluções sejam desenvolvidas durante os Trabalhos de Conclusão de Curso (TCC) da turma que se forma em 2015. De um lado, os alunos se beneficiam do apoio e da atenção dados por especialistas já inseridos no mercado, enquanto as empresas contam com jovens experientes em metodologia científica para desenvolver projetos inovadores e diferenciados.

A ideia é que os alunos tenham uma formação mais prática e aplicada à indústria. ” Estamos construindo um novo patamar para a indústria têxtil e de confecção no Brasil. Precisamos, desde já, formar profissionais capacitados, que tragam propostas de inovação lastreadas no conhecimento real de mercado”, explica Rafael Cervone, presidente da Abit.

No futuro, pretende-se expandir a iniciativa para o mestrado e doutorado em Têxtil e Moda e para outros cursos da unidade, como marketing e gestão de políticas públicas.

A professora Francisca Dantas Mendes, vice-coordenadora do curso de Têxtil e Moda, corrobora a importância de difundir as expectativas do ambiente corporativo para que os alunos saibam se preparar para o mercado. “Nossos alunos poderão desenvolver soluções em moda, design, gestão e tecnologia e acho essencial a possibilidade de fazer uma pesquisa com aprofundamento e assessoria de docentes e profissionais da área”, conclui.