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01/04/2015 - 08:45

Food Trucks - investimento seguro ou de alto risco?

De acordo com Ana Vecchi, diretora da consultoria Vecchi Ancona – Inteligência Estratégica, que tem mais de 20 anos de atuação em áreas como varejo, franchising, serviços e indústrias, em 2015 os food trucks seguem como tendência, porém representam um risco àqueles que acham que se trata de um negócio, ou uma franquia, barata ou fácil de operar, charmosa e que cabe em qualquer lugar.

No entanto, a consultora alerta para o fato de que um food truck requer muito trabalho! “As pessoas esquecem que como qualquer restaurante, exige uma cozinha equipada com forno, fogão e chapa. Tudo isso apertado dentro de um caminhãozinho, que por sua própria natureza já é quente e fica ainda mais com o calor da cocção dos alimentos. Some a isso o sol e o reflexo do asfalto”, alerta.

Além disso, quem está apostando nessa tendência, apesar do pioneirismo, esbarra em algumas questões. Por exemplo: ainda não há legislação suficiente para organizar o canal e há limitações de áreas para vendas. Não adianta ter o food truck e achar que é só parar em qualquer praça ou rua e começar a lucrar.

Ana Vecchi conta, ainda, que há vários empresários ou futuros empresários encomendando trucks sem ter definido seu mix de produtos. De acordo com ela há casos em que a falta de planejamento é tão grande que a pessoa investe na compra de um fogão, quando está pensando em vender hambúrgueres, que são tradicionalmente preparados na chapa. “Acredito que se este canal não der certo no Brasil ou for pior do que o potencial que tem, não será pelo mercado ou situação atual da economia, mas pelo amadorismo e imprudência que já estão se mostrando preocupantes”, avalia.

Para a especialista há a hora certa de investir nestas ondas e modismos?. “Para todos os negócios há tempo de crescer e se estabilizar, ocupando as melhores praças com chances de melhores faturamentos. Depois vem o momento de consolidação de mercado, em que ainda é possível entrar no setor. Em seguida, vem a depuração, quando fecham as empresas não estruturadas, que cresceram de forma desorganizada e sem planejamento. Pode-se ainda comprar franquias, mas com o cuidado de avaliar quem vai se manter no mercado. Nestas ondas há empresas que vem para ficar e que vão se reinventar, renovar. Portanto, a avaliação desses momentos requer estudo, avaliação, muito cuidado, sem acreditar em promessas milagrosas ou mágicas. Não deve haver amadorismo de nenhuma parte. Antes de tirar o dinheiro da aplicação há de haver estudo e responsabilidade, pois o dinheiro e a decisão são de quem compra a franquia e não, necessariamente, de quem vende. Não podemos ignorar que todos os bons negócios que existem hoje foram inovadores em algum momento, criaram uma cultura de consumo deles. Por isso, podemos e devemos apostar no que é novo, inovador, arrojado e bom. O problema é saber o que é bom, quando e como avaliar se é bom, responsável, sustentável. A empolgação deve existir para avaliar todos os aspectos e investir com responsabilidade. A paixão deve ser contida e acima de tudo muito consciente do passo que vai dar e com quem estará envolvido”, recomenda.

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