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02/04/2015 - 06:49

IABr prevê alta na produção de aço no Brasil diante do salto nas exportações em 2015


A expectativa da entidade é que a produção de aço bruto cresça 6,5% em 2015 sobre o ano passado, atingindo 36,1 milhões de toneladas. Já as vendas internas devem recuar a 19 milhões de toneladas. Os indicativos são que as exportações devem ser o peso no crescimento da produção de aço no Brasil em 2015, devido a desvalorização do real contra o dólar, com destaque para os produtos semi-acabados. Já as expectativas do setor para as vendas internas é de queda em torno dos 8%, ante crescimento de 4% prevista para o ano.

O consumo aparente de aço no País deve fechar o ano de 2015 com queda de 7,8% em relação a 2014, atingindo 22,7 milhões de toneladas, patamar próximo ao registrado em 2007, segundo previsões do Instituto Aço Brasil. As vendas internas tem queda prevista de 8,0% este ano, atingindo 19,1 milhões de toneladas.

As importações deverão atingir 3,7 milhões de toneladas, representando queda de 6,3%. Apesar das condições adversas do mercado internacional, as exportações deverão atingir 13,5 milhões de toneladas, representando 38,1% a mais do que no ano passado, basicamente face às remessas de semiacabados.

Estes números são reflexo da deterioração do cenário político-econômico nacional e da contínua perda de competitividade sistêmica que atinge a indústria brasileira do aço assim como também seus principais setores consumidores. Custo de energia elétrica, elevada carga tributária, custo do capital, cumulatividade de impostos e câmbio, e a “Operação Lava Jato”, que são alguns dos fatores que impactam a competitividade da indústria de transformação brasileira.

Mantidas essas condições, as usinas brasileiras de aço continuarão a ter dificuldades na competição com importados e na exportação, fazendo com que permaneçam operando com baixo nível de utilização de sua capacidade instalada.

A mudança desse cenário representa um grande desafio, devido às assimetrias competitivas e as questões conjunturais, como o fraco desempenho da economia do País e a existência de grande excedente de capacidade instalada de produção de aço no mundo, que subiu para a ordem de 700 milhões de toneladas, segundo dados da Worldsteel Association.

“As exportações brasileiras de aço este ano devem saltar cerca de 38%, para 13,5 milhões de toneladas, influenciadas pela desvalorização do real contra o dólar e sendo formadas basicamente por produtos semi-acabados (placas, blocos e tarugos). Já as importações devem recuar 6,3%, a 3,7 milhões de toneladas”, aponta o IABr.

"Nossa preocupação é com o nível industrial no Brasil que representava 25% do Produto Interno Bruto (PIB) e vem perdendo representatividade. Em 2014, foi 12% do PIB. Não há país forte e desenvolvido sem uma indústria forte", frisou o presidente do conselho do Instituto Aço Brasil (IABr), Benjamin Baptista Filho, também presidente da ArcelorMittal Brasil.

Ele mencionou o avanço das importações como um dos fatores que pesam nessa deterioração. No caso do aço, as importações diretas e indiretas somam cerca de nove milhões de toneladas por ano, o equivalente a toda a capacidade produtiva da Usiminas. O nível de penetração das importações chega a 16%, contra 6% no passado. "O grande movimento do IABr é reforçar a necessidade de o País ter uma indústria forte. Se nossos clientes desaparecerem, desaparecemos juntos. O que estamos fazendo é exportar empregos para fora do País", acrescentou Baptista Filho à jornalistas, em coletiva de imprensa no dia 1º de abril(quarta-feira), na sede do instituto.

“O Brasil importou no ano passado, 60% das máquinas e equipamentos”, emendou o presidente do IABr, Marco Polo de Mello Lopes.

Reintegra — Na avaliação de Marco Polo de Mello Lopes, o ajuste fiscal promovido pela equipe econômica é condição básica para a retomada do crescimento do País, mas deve levar em conta as necessidades da indústria, a redução da alíquota do Reintegra — de 3% para 1% — para alguns setores podem dificultar ainda mais a situação do setor industrial. “Corrigir rumos é importante para contribuir no processo de retomada do crescimento econômico”, frisou Mello.

O Regime Especial de Reintegração de Valores Tributários para as Empresas Exportadoras(Reintegra), é um mecanismo de geração de crédito de PIS/Cofins sobre o valor de bens exportados.

Manifesto: empresários e trabalhadores se unem pela recuperação da indústria de transformação —A participação da indústria de transformação no PIB que, na década de 80, era de 35% despencou para 12% em 2014. Sem mudanças urgentes vai cair ainda mais. A gravidade da situação levou à união de empresários e trabalhadores que estruturaram a Coalizão Indústria - Trabalho para a Competitividade e o Desenvolvimento.

O encontro acontece no dia 6 de abril(segunda-feira) às 14 horas, no Palácio de Convenções do Anhembi , Auditório Celso Furtado, Rua Dr. Milton Rodrigues, s/n – Portão 35, São Paulo(SP).

Diversas entidades de classe empresariais, centrais sindicais e sindicatos de trabalhadores estarão presentes, tendo como principais porta-vozes o presidente da Abimaq/ Sindimaq, Carlos Pastoriza e o presidente do Conselho de Administração da Gerdau Jorge Gerdau, entre os empresários. Pelas centrais de trabalhadores estarão Miguel Eduardo Torres, presidente da Força Sindical; Ricardo Patah, presidente da União Geral dos Trabalhadores; e Ubiraci Dantas de Oliveira, presidente da Central Geral dos Trabalhadores do Brasil.

O 26º Congresso Brasileiro do Aço & ExpoAço, acontece de 12 a 14 de julho, no Transamerica ExpoCenter, em São Paulo(SP). Mais, clique no banner ao lado neste Canal de Siderurgia & Mineração.

. Detalhes gráficos sobre os cenários mundial e brasileiro:

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