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02/04/2015 - 07:05

Melhorias para malha rodoviária nacional dependem de ações governamentais

Presidente executivo da Associação Nacional dos Usuários do Transporte de Carga (ANUT) diz que grande parte dos projetos para desafogar o fluxo de caminhões em rodovias está parada por falta de investimentos financeiros. Tema será discutido na Intermodal South America.

“Apesar do atual momento no setor rodoviário não ser dos melhores, creio que o transporte de cargas para os próximos anos seja promissor, visto as melhorias logísticas e os projetos portuários em andamento no país. Isso complementaria todos os corredores logísticos para a exportação brasileira”. A declaração do presidente da Associação Nacional dos Usuáros do Transporte de Carga (ANUT), Luiz Henrique Teixeira Baldez, ainda traz boas expectativas para o cenário do transporte rodoviário no médio prazo, mesmo que a modalidade ainda sofra com as altas demandas e com as más condições de estradas. Atualmente, mais de 60% dos produtos brasileiros são transportados por frotas de caminhões em mais de 1,6 milhão de quilômetros de estradas nacionais, as quais apenas 12% são pavimentadas.

Projetos governamentais voltados à melhoria das condições das estradas brasileiras existem, porém estão parados por falta de recursos financeiros, como é o caso do Arco Norte, no Paraná. “Pensar em soluções para os estados do Mato Grosso, Pará, Maranhão, Amazonas, entre outros, é fundamental, pois 60 milhões de toneladas de grãos são produzidos no norte e nordeste. Toda essa carga vem de caminhão para escoar nos portos do sudeste e sul porque nos outros estados não há ferrovias adequadas para receber essa produção. Quando houver a implantação da malha logística, todo o sistema será aliviado e, com isso, haverá um equilíbrio maior na matriz de transporte no país”, esclarece Baldez.

O representante da associação também ressalta a necessidade de agilizar o processo de maturação, aprovação e execução desses projetos. “Não podemos esperar mais um ano se passar sem decisões concretas para a implantação de projetos para o setor. É preciso tomar uma decisão ainda este ano, pois as obras são de longo a médio prazo. É fundamental priorizar projetos e definir qual modelo será implantado: concessão ou parcerias público privadas”.

Ferrovias - Apontado como modal capaz de aliviar o fluxo de cargas em rodovias, o sistema ferroviário do País precisa ser modernizado e a construção de ferrovias, em especial o Ferroanel, que é considerado essencial para transporte de cargas no estado de São Paulo, uma das prioridades de investimentos. “O Ferroanel é um projeto importantíssimo porque as linhas passarão por fora das cidades e as cargas transitarão a qualquer hora do dia, o que certamente irá melhorar a condição da ferrovia. Mas esse tipo de projeto levaria, no mínimo, três anos para a construção”, lamenta Baldez. Os trechos ferroviários, que passam por dentro de municípios, têm a velocidade média da locomotiva reduzida e consequente queda de produtividade, já que a carga pode circular apenas de madrugada.

O presidente da ANUT abordará outros pontos sobre investimentos na infraestrutura do transporte rodoviário no próximo dia 07 de abril, durante o painel “Cenários, Investimentos e Infraestrutura”, na Intermodal South America. Juntamente com Baldez estarão o representante do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (IPEA), Carlos Alvares da Silva Campos Neto, e o representante da Deutsche Bahn International, Marcelo Perrupato e Silva.

.A programação completa está disponível no site oficial [www.intermodal.com.br].

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