Varizes: sintomas e tratamentos

Nos países industrializados, 30% das mulheres e 10% dos homens procuram médicos devido a sinas e sintomas venosos nas pernas. Sensação de peso, cansaço e inchaço nas pernas podem aparecer sem sinais físicos de doenças venosas. Já varizes e pequenos vasos requerem cuidados especiais.

Segundo o angiologista Ricardo Brizzi, fatores importantes como hereditariedade, excesso de peso e profissões que exigem longos períodos em pé ou sentado, podem aumentar o risco de doenças venosas crônicas nas pernas.

“Estes quadros podem evoluir e produzir complicações, como pigmentação da pele, edema crônico, dermatite, eczema, flebite e até úlceras nos membros inferiores”, explicou o Dr. Brizzi.

Ter conhecimento geral sobre doenças venosas crônicas, informações sobre os tratamentos possíveis e respeitar algumas orientações de saúde são os primeiros passos para ter pernas saudáveis.

Os tratamentos venosos são voltados exclusivamente para a saúde das veias. Eles podem ser clínicos, através da escleroterapia ou cirúrgicos. Os tratamentos clínicos consistem de medicamento (venotopicos), uso de meia elástica e escleroterapia que é a aplicação de uma substância química nas veias, ou o laser ou ambos, de forma a produzir a secagem das veias doentes. Já os tratamentos cirúrgicos são indicados quando as veias são extraídas do paciente, ou na cirurgia a laser, que envolve menos dor e uma recuperação mais rápida.

O tratamento a laser endovenoso é uma ótima opção na cura das varizes de grosso calibre – as safenas. Ele é realizado através da introdução de uma fibra fina na veia danificada por uma punção ou pequena incisão na perna. O laser é emitido pela fibra, que é puxada através da veia oferecendo a quantidade certa de energia. O tecido alvo reage com a energia da luz, fazendo com que a veia seja fechada e o sangue é automaticamente encaminhado para outras veias saudáveis.

Isso evita grande parte da dor e hematomas que são associados com o método mais convencional de ligadura e retirada da veia safena. Alguns pacientes podem experimentar dor temporária ou algum inchaço leve, que podem ser tratados com analgésicos e anti-inflamatórios e geralmente desaparecem nos primeiros cinco dias.

O procedimento e minimamente invasivo, geralmente sem cortes e pode ser feito com anestesia local ou regional (raqui e/ou peridural). Os pacientes podem andar após a recuperação anestésica e retomam as suas atividades normais muito mais rápido do que na cirurgia convencional de retirada da veia safena.