Página Inicial
PORTAL MÍDIA KIT BOLETIM TV FATOR BRASIL PageRank
Busca: OK
CANAIS

08/04/2015 - 08:03

Parkinsonianos recuperam a autonomia com ajuda da neuroestimulação

Brasileiros ainda desconhecem tratamento revolucionário que elimina boa parte dos sintomas mais limitadores da doença de Parkinson.

São Paulo—Onze de abril é o Dia Mundial da Doença de Parkinson, a data foi instituída para ampliar a conscientização sobre a doença e incentivar a pesquisa e a inovação no seu tratamento. Embora não tenha cura, os sintomas físicos do Parkinson podem ser gerenciados com medicamentos e fisioterapia. Porém, após anos de tratamento é comum que os remédios deixem de surtir efeito. A boa notícia é que existe uma tecnologia médica que pode ajudar boa parte desses pacientes: a neuroestimulação, uma terapia revolucionária, mas ainda pouco difundida no país.

Um aparelho parecido com um marca-passo é implantado no peito do paciente e envia estímulos elétricos, por meio de eletrodos, para áreas específicas do cérebro, ajudando o parkinsoniano a controlar seus movimentos e recuperar a autonomia. A cirurgia é feita com o paciente acordado, assim ele pode auxiliar o médico na localização da área exata que controla os movimentos no cérebro. Todo o cuidado é tomado para que não haja dor.

“A neuroestimulação é hoje o tratamento mais avançado para a doença de Parkinson. É uma terapia segura que proporciona resultados excelentes quando bem indicada. Ela é realizada no exterior desde os anos 90, mas nos últimos anos ganhou mais efetividade no Brasil, podendo ser aplicada com maior precisão,” afirma o Dr. Fábio Godinho, especializado em Neurocirurgia pelo Hospital das Clínicas da FMUSP e responsável pelo setor de Neurocirurgia Funcional do Hospital Santa Marcelina. O médico ainda pontua que o implante é uma alternativa para os casos em que o tratamento medicamentoso deixou de ser eficiente ou para quem sofre muito com os efeitos colaterais.

O Ministério da Saúde estima que a prevalência do Parkinson no Brasil seja de 100 a 200 casos para cada 100 mil habitantes. Trata-se de uma condição crônica, sem causa conhecida, progressiva e degenerativa do sistema neurológico, que afeta os movimentos e a coordenação dos portadores. Conforme progride, incapacita o indivíduo, fazendo com que atividades simples do dia a dia, como tomar banho e se vestir, se tornem impossíveis.

“Mesmo com toda a evolução na área médica nos últimos anos, o Parkinson ainda é uma doença de difícil diagnóstico e sem cura. Seus sintomas iniciais podem ser confundidos com outras doenças, além de variar bastante de paciente para paciente,” explica o Godinho. O doutor reforça que, geralmente, os primeiros sinais da doença de Parkinson são sutis. Muitos ficam surpresos ao saber que a falta de expressão facial, perda do olfato, constipação, tontura, desmaios, postura curvada e dificuldade para dormir também podem ser sintomas da doença.

Segundo o especialista, a maioria das pessoas só reconhece a doença quando surgem os tremores constantes e a dificuldade para se movimentar e andar. Normalmente, os sintomas aparecem depois dos 65 anos de idade, porém, aproximadamente 15% dos que convivem com o Parkinson desenvolvem a doença antes dos 50 anos. “Ainda não existe prevenção. No entanto, quanto antes for descoberta, melhor será a resposta do paciente ao tratamento. Adiar a procura por ajuda médica reduz a efetividade da terapia e traz prejuízos na qualidade de vida,” alerta o neurocirurgião.

A Medtronic plc [www.medtronic.com], sediada em Dublin na Irlanda, é líder global em tecnologia médica – aliviando a dor, restabelecendo a saúde e prolongando a vida de milhões de pessoas em todo o mundo.

Enviar Imprimir


© Copyright 2006 - 2024 Fator Brasil. Todos os direitos reservados.
Desenvolvido por Tribeira