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29/01/2008 - 07:31

Impacto Econômico do Segmento de Private Equity, pelo World Economic Forum

Davos, Suíça - O World Economic Forum divulgou no dia 26 de janeiro, estudo “A Globalização de Investimentos Alternativos - Volume 1: O Relatório Sobre o Impacto Econômico Global de Private Equity 2008 – uma das investigações mais abrangentes sobre private equity. O relatório tem como foco a demografia de transações globais dos private equity, a disposição dessas empresas em fazer investimentos de longo prazo no mundo inteiro e o impacto deste segmento no número de empregos nos EUA e na governança corporativa no Reino Unido.

A pesquisa inclui quatro estudos quantitativos: 1) a demografia de transações globais de private equity (o número de operações, sua duração e seus resultados);

2) a disposição de empresas do segmento em fazer investimento de longo prazo globalmente (conta com uma avaliação especial sobre o investimento e atividades inovadoras);

3) o impacto de investimentos de private equity no nível de emprego de organizações nos EUA;

4) o impacto de investimentos de private equity na governança de empresas do Reino Unido;

Essas análises foram complementadas por estudos de casos detalhados analisando a globalização do segmento por meio de seis transações na China, na Índia, na Alemanha e no Reino Unido.

“Acreditamos que esse relatório é o primeiro estudo realizado nos últimos 25 anos que utilizou dados bastante completos para provar análises empíricas de transações de private equity em uma escala global. Por exemplo, o capitulo sobre dados demográficos estudou 21.937 transações LBO (Leverage Buy Outs, operações alavancadas) em 19.500 empresas diferentes entre janeiro de 1970 e junho de 2007. O World Economic Forum espera que o relatório seja utilizado como plataforma para enriquecer o diálogo e fornecer subsídios para a criação de políticas públicas para o segmento”, disse Anuradha Gurung, co-editor e Gerente Sênior de Projeto da iniciativa Globalização de Investimentos Alternativos do World Economic Forum.

Principais destaques da pesquisa: I. Demografia - Duração do investimento - Praticamente 60% de investimentos de fundos de private equity são desfeitos em mais de cinco anos após investimento inicial. Nota-se também que o período que a empresa continua sob controle de investidores de private equity aumentou em anos recentes.

Falência: 6% das transações de aquisição de controle (buyout) terminam com falência ou problemas financeiros. Isso se traduz em uma taxa de default de 1,2% ao ano, comparado com os defaults médios de 1,6% e 4,7%, respectivamente, para emissoras de títulos corporativos e de junk bonds americanos

II. Inovação: Portfólios concentrados - O nível de patentes muda pouco após aquisições (buyouts), mas as premiações geram um impacto econômico maior. Os portfólios de patentes de empresas com recursos de private equity são mais focados nos anos logo após o investimento.

III. Emprego: Crescimento do emprego em empresas existentes - A curva de emprego antes e depois das aquisições feitas pelos private equities seguem padrão em “J”.

Crescimento de emprego em empresas novas - Com a abertura de novas instalações com investimento de private equity, podemos ver a situação oposta. Empresas trabalhando com recursos de private equity mostram um nível de criação de emprego em empreendimentos novos 6% maior que o grupo de controle, dois anos após a aquisição.

IV. Governança: Sintonia fina da governança corporativa- Membros do conselho de empresas de private equity são mais ativos em transações complexas e difíceis. Aparentemente, os grupos de private equity ajustam sua representação nos conselhos das empresas com base na antecipação de desafios para seus investimentos (p.ex. empresas que mostraram uma necessidade especial de monitoramento mesmo quando se tornaram de capital aberto).

V. Globalização: A globalização de transações LBO (Leverage Buy Out) – Entre 2001 e 2007, 12% do numero de transações globais (e 9% do valor) das LBOs foram feitas fora da América do Norte e da Europa Ocidental, um aumento considerável quando comparado com as décadas anteriores. A dinâmica em mercados emergentes de private equity difere daquela encontrada nos mercados desenvolvidos. O mercado emergente de private equity se concentra muito em investimentos minoritários e crescimento de capital. Apesar dos desafios, esses países apresentam muitas oportunidades.

“Embora as primeiras transações de private equity nos anos 80 tenham sido bastante analisadas, a indústria mudou tanto nas décadas subseqüentes que existe uma necessidade de estudos cuidadosos e sistemáticos”, notou Josh Lerner, o líder acadêmico do projeto. “Essa pesquisa se destaca pela profundidade e abrangência da sua avaliação. Isso se aplica principalmente ao capítulo sobre emprego, uma vez que os relatórios anteriores contavam com amostras pequenas”.

O projeto A Globalização de Investimentos Alternativos, foi baseado em pesquisas realizadas por uma equipe internacional de acadêmicos além de uma série completa de discussões dirigidas e grupos de trabalho.

O seu conselho Consultivo, liderado por Joseph L. Rice III, Presidente de Clayton, Dubilier & Rice, inclui representantes globais de vários setores incluindo acadêmicos, bancos, indústrias, investidores institucionais e sindicatos. O grupo proveu orientação intelectual e garantiu a integridade dos trabalhos. Michael Klein (Citi) e R. Glenn Hubbard (Columbia Business School) foram vice-presidentes do Conselho, que também incluiu Piero Barucci (Autorità Garante della Concorrenza e del Mercato), Wim Borgdorff (AlpInvest Partners), Ulrich Cartellieri (ex-Conselheiro, Deutsche Bank), Nick Ferguson (SVG Capital e SVG Advisers), Gao Xiqing (China Investment Corporation), Philip Jennings (UNI GLOBAL UNION), Joncarlo Mark (CalPERS), Yoshihiko Miyauchi (Orix Corporation), Alessandro Profumo (Unicredit Group), Kevin Steinberg (World Economic Forum, EUA), David Swensen (Universidade de Yale) e Mark Wiseman (CPP Investment Board).

A equipe de pesquisa master foi liderada por Josh Lerner, Jacob H. Schiff Professor of Investment Banking da Harvard Business School, e incluiu Ann-Kristin Achleitner (Technische Universität München), Francesca Cornelli (London Business School), Lily Fang (INSEAD), Roger Leeds (Johns Hopkins University) e Per Strömberg (Stockholm School of Economics e Swedish Institute for Financial Research). Vários autores contribuíram para o documento, entre os quais Steven J. Davis (University of Chicago Graduate School of Business), John Haltiwanger (University of Maryland), Ron Jarmin (US Bureau of the Census), Õguzhan Karakas (London Business School), Javier Miranda (US Bureau of the Census), Eva Nathusius (Technische Universität München) e Morten Sørensen (University of Chicago Graduate School of Business).

Perfil - O World Economic Forum é uma organização internacional independente compromissada em melhorar as condições do mundo, envolvendo lideranças para estruturar agendas locais, regionais e globais.

Incorporada como uma fundação em 1971, e sediada em Genebra na Suíça, o World Economic Forum é imparcial, não tem fins lucrativos e não está ligado a interesses políticos, partidários ou nacionais. | www.weforum.org

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