Página Inicial
PORTAL MÍDIA KIT BOLETIM TV FATOR BRASIL PageRank
Busca: OK
CANAIS

10/04/2015 - 08:16

Governo anuncia medidas para estimular investimentos


O momento de maior expansão do BNDES com recursos do Tesouro se esgotou, disse no dia 9 de abril(quinta-feira), o ministro da Fazenda, Joaquim Levy. Apesar disso, o ministro anunciou, na capital paulista, uma agenda de estímulos para o financiamento de obras de infraestrutura por meio do mercado de capitais.

“Estamos em um momento de ajuste, mas temos que olhar para a frente e criar condições para a retomada de investimento e do crescimento para o Brasil continuar no caminho de melhoria e de expansão, que todos nós temos confiança que é o caminho não só que desejamos, mas é o caminho que nós vamos seguir”, disse Levy.

Uma das medidas anunciadas hoje é a redução do custo do crédito, por parte do BNDES, para empresas que emitam títulos de dívidas vinculadas aos projetos financiados pelo banco. O governo estima que o custo do crédito para as empresas participantes possa cair entre um e dois pontos percentuais ao ano.

“Há uma forte demanda reprimida por investimento em infraestrutura no Brasil, nós estamos trabalhando para transformar essa demanda em projetos e investimentos concretos”, disse o ministro do Planejamento, Orçamento e Gestão, Nelson Barbosa.

Barbosa acrescentou que o governo deve aumentar o programa de concessão, sobretudo nas áreas de ferrovias e rodovias, mas que os detalhes serão anunciados oportunamente.

Levy defenderá ajuste fiscal e concessões em viagem aos Estados Unidos— O ministro da Fazenda, Joaquim Levy, aproveitará a viagem aos Estados Unidos, na próxima semana, para defender o ajuste fiscal brasileiro e tentar atrair investidores estrangeiros para os projetos de concessões da área de infraestrutura. Ele participará de reuniões do Fundo Monetário Internacional (FMI) e do Banco Mundial (Bird) nos dias 16 e 18, em Washington, e se encontrará com investidores em Nova York, nos dias 19 e 20.

Ministro Joaquim Levy terá quatro dias de muitas conversas com investidores internacionais, entre os dias 16 e 20, em Nova York e Washington.

Na capital norte-americana, Levy também terá encontro com investidores privados e participará de reuniões paralelas dos ministros de Finanças do G20 – grupo das 20 maiores economias do planeta – e do Brics – bloco que reúne Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul.

O Ministério da Fazenda informou que, no encontro do FMI, o Brasil continuará a defender que a demora do Congresso dos Estados Unidos em ratificar a reforma no sistema de cotas, que dá mais poderes aos países emergentes, não atrase a nova redistribuição prevista para este ano. Segundo a Fazenda, existe possibilidade de um acordo para que formas alternativas de prosseguir com a reforma do FMI – que não necessitam de ratificação por todos os países envolvidos – possam ser postas em prática.

Entre as medidas em estudo está uma reformulação interina do sistema de cotas do FMI, que se torne definitiva quando os parlamentares americanos ratificarem a reforma iniciada em 2010. As cotas representam a participação de cada país no organismo internacional. Para dar mais poder aos países emergentes, os Estados Unidos, que detêm a maior fatia das cotas, precisam diminuir a participação no fundo.

Quanto ao G20, o principal tópico de discussão será o impacto da divergência entre os juros das principais economias do planeta sobre a economia global. Enquanto os Estados Unidos podem aumentar os juros básicos no segundo semestre, o Japão e a zona do euro continuam a reduzir as taxas para estimular as economias locais. Os ministros também debaterão a criação de instrumentos financeiros para canalizar cerca de US$ 1 trilhão em excesso de poupança no mundo para investimentos em infraestrutura.

De acordo com o ministério, na reunião do Brics, o foco será a definição de estratégias e de políticas operacionais para os primeiros cinco anos do banco do grupo, que ainda não data para começar a operar. O acordo de formalização do Banco do Brics foi assinado no fim do ano passado, mas a criação depende da aprovação dos parlamentares dos cinco países do bloco.

O Brasil, informou a Fazenda, defenderá que a nova instituição possa participar de cofinanciamentos com bancos de fomento nacionais, como o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES). Cada país precisa fazer um aporte de US$ 10 bilhões para o capital da instituição, mas, num primeiro momento, terá de desembolsar US$ 2 bilhões após a criação do banco ser efetivada. | ABr.

Enviar Imprimir


© Copyright 2006 - 2024 Fator Brasil. Todos os direitos reservados.
Desenvolvido por Tribeira