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10/04/2015 - 08:51

Brasil precisa ser mais produtivo

Manter-se competitivo é o grande desafio do momento.

Entusiasmo não é exatamente o sentimento do empresariado nacional neste começo de 2015. As incertezas nos setores político e econômico, somadas às medidas de ajustes obrigatórias devido a problemas do governo, aumento da taxa de desemprego e redução de investimentos em setores cruciais, como de infraestrutura e educação; também não ajudam muito na manutenção de um clima otimista. O ambiente de negócios já se ressente desse cenário, os investimentos estrangeiros no País também.

Traduzindo: devemos ter um 2015 de muito pouco investimento. A elevação da taxa de juros e a alta do dólar trazem consequências à vida de todos. A competitividade das empresas está cada vez mais acirrada e a produção de alguns setores, como o industrial, patina. A retração nessa área acentua-se a cada trimestre. Com baixo nível de investimento e inovação, o setor carece de melhorias em diferentes frentes para voltar a crescer. Segundo o IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística), a produção industrial brasileira começou 2015 com leve aumento de 2,9% se comparado a dezembro de 2014. No entanto, isso está longe de compensar as perdas anteriores. No acumulado de doze meses, as perdas são acima de 3,5%.

Manter-se competitivo em um cenário tão desfavorável é um desafio. Especialistas de vários setores ouvidos pela rede BBC Brasil no final do ano passado foram categóricos em dizer que para avançar, o País precisa promover melhoras significativas na educação, aumentar o investimento em tecnologia - também por parte das empresas, claro -, e alcançar melhores índices de produtividade per capta. Estudos da CNI (Confederação Nacional da Indústria) divulgados nas últimas semanas aponta que o Brasil é um dos que menos tem melhorado em termos de produtividade. Comparado a outros 11 países, como Coréia do Sul, Taiwan, Cingapura, Estados Unidos, Japão, Alemanha, Canadá e outros, o Brasil apresenta atualmente o maior Custo Unitário do Trabalho, índice que mede o que se produz por hora trabalhada.

Para o setor industrial, a tarefa principal hoje é vencer algumas barreiras. O ano não começou bem e é cedo para avaliar se o segundo semestre terá alguma melhora, com o varejo puxando o consumo. Tudo indica que não.

O empresário nacional está sendo, mais uma vez, desafiado a reinventar suas organizações. Para produzir sem perdas, o caminho é ter um bom planejamento combinado à uma gestão focada no aumento da produtividade e eficiência do negócio. É preciso urgentemente rever os custos, cortar desperdícios, otimizar recursos, já no limite de suas possibilidades. Conhecer o que há de boas práticas em empresas similares, pesquisar soluções que tenham retorno efetivo, como as práticas e metodologias que são focadas na educação dos colaboradores para melhoria contínua e melhor gestão de ativos podem ajudar muito.

. Por: Ruy Cortez de Oliveira, CEO do Kaizen Institute Consulting Group – Brasil. [www.br.kaizen.com].

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