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11/04/2015 - 08:31

Desaceleração econômica tem um impacto sobre o emprego na América Latina e no Caribe’, aponta diretor da OIT

Guy Ryder está participando da VII Cúpula das Américas no Panamá, onde levantou a necessidade de empreender um processo de transformação produtiva para gerar mais empregos. Em um cenário como este, advertiu, é necessário tomar medidas para evitar o aumento do desemprego.

O diretor-geral da Organização Internacional do Trabalho (OIT), Guy Ryder, que está na Cidade do Panamá para participar da Cúpula das Américas, advertiu no dia 10 abril(sexta-feira), que os países da América Latina e do Caribe estão passando por um momento preocupante, pois a desaceleração econômica terá um impacto sobre o mercado de trabalho, o que poderia gerar um aumento do desemprego e da informalidade.

“Depois de quase uma década de avanços significativos, durante os quais o desemprego regional caiu para taxas mínimas históricas, agora temos de nos preparar para um aumento nos próximos anos”, disse Ryder, que chegou ao Panamá no dia 7 de abril(terça-feira), para participar de uma série de reuniões antes da VII Cúpula de Chefes de Estado das Américas, que acontece nos dias 10 e 11 de abril(sexta e sábado).

A OIT destacou que a taxa média de desemprego urbano na América Latina e no Caribe – que era de 11% cerca de uma década atrás e caiu para 6,1% no ano passado – irá subir para pelo menos 6,3% em 2015, após a confirmação de que a região continuará numa situação de crescimento econômico lento.

Ryder participou do Fórum da Sociedade Civil, no qual advertiu que, devido à desaceleração das economias, é necessário tomar medidas para evitar um aumento do desemprego na conjuntura atual. Além disso, o diretor-geral da OIT pediu que se inicie um processo de transformação produtiva. “Temos que encontrar outros modelos de desenvolvimento que gerem mais e melhores empregos para todos”, acrescentou.

Durante sua participação na abertura do Fórum Sindical das Américas, Ryder afirmou que “o super ciclo de exportação de matérias primas terminou”. Diante desta situação, “devemos diversificar o modelo de produção e incluir mais pessoas e empresas nos frutos do crescimento econômico”.

O diretor-geral da OIT destacou que na próxima década a região tem o desafio de criar 50 milhões de empregos apenas para absorver os jovens que entrarão no mercado de trabalho. Ele também lembrou que, quando a economia não funciona bem, existem problemas para gerar esses postos de trabalho. Por outro lado, Ryder disse que na procura por emprego algumas pessoas podem buscar oportunidades no setor informal, que já emprega quase metade dos trabalhadores (47%).

Na II Cúpula Empresarial das Américas, que reuniu líderes empresariais de todo o continente, Guy Ryder lembrou que a transformação do modelo de produção representa um importante desafio para o setor privado. “É muito fácil dizer que nós precisamos mudar o modelo, mas sabemos que isso é difícil de ser feito, por isso é necessário começar a trabalhar”, disse ele durante suas intervenções em fóruns realizadas no âmbito da Cúpula das Américas.

Ryder enfatizou que é importante pensar sobre a situação dos jovens latino-americanos que irão se incorporar ao mercado de trabalho nos próximos anos, já que “se você tem menos de 25 anos, tem três vezes mais probabilidade de ficar desempregado”. O diretor-geral da OIT lembrou ainda que seis em cada dez jovens só encontram emprego em condições de informalidade.

Em reuniões com sindicalistas e empresários das Américas, Guy Ryder também falou sobre a importância de usar o diálogo social como uma ferramenta valiosa. “O diálogo social é fundamental para alcançar a equidade na região, que é muitas vezes descrita como a mais desigual do mundo.”

Durante sua estadia no Panamá, o diretor-geral da OIT se reuniu com o presidente do país, Juan Carlos Varela, e com o ministro do Trabalho, Luis Ernesto Carles, assim como com representantes de organizações empresariais e sindicais. No marco da Cúpula, Guy Ryder também realizou uma série de contatos bilaterais com representantes de governos, empregadores e trabalhadores de diversos países das Américas. [www.ilo.org/americas].

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