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14/04/2015 - 07:30

Dilma lamenta morte de Galeano

"Continuamos caminhando com os olhos no horizonte, na nossa utopia”. Presidenta prestou solidariedade aos uruguaios e afirmou ser um dia triste para todos os latino-americanos.

“Hoje é um dia triste para todos nós, latino-americanos. Morreu Eduardo Galeano, um dos mais importantes escritores do nosso continente". Em nota, divulgada no dia 13 de abril(segunda-feira), a presidenta Dilma Rousseff lamentou a morte do jornalista e escritor uruguaio Eduardo Galeano.

No comunicado, a presidenta prestou solidariedade aos uruguaios e afirmou ser um dia triste para todos os latino-americanos. "É uma grande perda para todos que lutamos por uma América Latina mais inclusiva, justa e solidária com os nossos povos."

Nascido em 1940, em Montevidéu, em uma família de classe média, Galeano começou no jornalismo na década de 60, como chefe de redação e diretor dos jornais Marcha e Época, ambos em sua cidade natal. Em 1971, o escritor publicou sua obra mais conhecida, As Veias Abertas da América Latina, que se tornaria referência e um clássico entre os intelectuais da esquerda latino-americana. Na obra, Eduardo Galeano explica como a riqueza e fartura de toda uma região tornou-se sua ruína.

Após o golpe no Uruguai, em 1973, Galeano foi preso. Ao sair da cadeia, exilou-se na Argentina, onde dirigiu a revista Crisis, de viés político e cultural. Em 1976, mudou-se para a Espanha, com medo da repressão do regime militar do general argentino Jorge Videla. Na Europa, começou a escrever a trilogia Memória do fogo, com os livros Os nascimentos, As caras e as máscaras e O século do vento. Com o fim da ditadura uruguaia, em 1985, ele retornou à Montevidéu.

O escritor lançou mais de 40 obras. Além das já citadas, algumas de suas principais publicações são De pernas pro ar, Dias e noites de amor e de guerra, Futebol ao sol e à sombra, O livro dos abraços, As palavras andantes e Vagamundo. Em 1975 e 1978, Eduardo Galeano recebeu o prêmio Casa de Las Américas. A trilogia Memória do fogo foi premiada pelo Ministério da Cultura do Uruguai em 1982, 1984 e 1986, anos de lançamento de cada um dos três livros.

Nos Estados Unidos, o escritor e jornalista foi homenageado com o American Book Award, em 1989, e com o prêmio à Liberdade Cultural, da Lannan Foundation, em 1999. Em 2001, recebeu o título de Doutor Honoris Causa, concedido pela Universidade de Havana, de Cuba.

Eduardo Galeano morreu no dia 13 (segunda-feira), aos 74 anos em decorrência de complicações de de um câncer de pulmão. O escritor esteve no Brasil em 2014, quando abriu a 2ª Bienal do Livro de Brasília.

“Hoje é um dia triste para todos nós, latino-americanos. Morreu Eduardo Galeano, um dos mais importantes escritores do nosso continente. É uma grande perda para todos que lutamos por uma América Latina mais inclusiva, justa e solidária com os nossos povos. Aos uruguaios, aos amigos e à nossa imensa família latino-americana, quero prestar minhas homenagens e lembrar que continuamos caminhando com os olhos no horizonte, na nossa utopia”.

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