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18/04/2015 - 05:56

IPCA-15 recua em março, mas segue em patamar elevado, aponta FPA

O Índice de Preços ao Consumidor Amplo-15 (IPCA-15), que funciona como uma espécie de prévia do IPCA, registrou alta de 1,07%, uma queda em relação ao índice de 1,24% verificado em março. O principal item a influenciar o índice permanece sendo o custo da energia elétrica, que subiu 13,02% (decorrente tanto da entrada em cena das novas bandeiras tarifárias, quanto do aumento de tarifas autorizados pelo governo), sendo responsável por 42% da alta do IPCA-15 e 0,45 ponto no índice total. Com esta elevação, o grupo habitação apresentou aceleração de 2,78% para 3,66%, seguido pela elevação de 1,04% do grupo alimentação e bebidas e 0,94% do grupo vestuário. Com este resultado, o IPCA-15 acumulado em 12 meses foi de 8,22% em abril (maior que o resultado de março, quando o acumulado somava 7,9%), sendo 4,61% apenas no ano de 2015.

“A lenta desaceleração dos índices inflacionários decorre dos seguidos choques em tarifas públicas, cujos efeitos não apenas permanecem ao longo dos meses atuais, como se repetem com a permissão de novos aumentos tarifários no último mês. Além disso, impactos da desvalorização cambial já podem ser observados nos índices de preços no atacado, como nos evidencia a alta do IGP-M de 1,16% em abril, superior à alta de 0,84% de março. Estes impactos, concentrados principalmente no preço de produtos industrializados, devem manter a pressão sobre a inflação no varejo nos meses posteriores, que apesar disso tendem a se desacelerar com o fim dos efeitos das altas de tarifas. Sendo assim, a tendência é de queda gradual no IPCA até o final do primeiro semestre, com queda mais pronunciada nos índices mensais e acumulados em 12 meses ao longo do segundo semestre. Já é possível observar uma estabilização e até reversão das expectativas de inflação tanto para o ano de 2015 quanto para as projeções para 2016, indicando que a reversão na alta de preços deve ser bastante acentuada tanto no segundo semestre deste ano, quanto ao longo do próximo. A combinação de queda da atividade, tarifas devidamente ajustadas e câmbio já desvalorizado cria um cenário onde as pressões inflacionárias deverão refluir rapidamente, mantendo-se como fator de risco principal a constituição de alguma inércia dada a elevação rápida dos preços neste primeiro semestre de 2015”, analisa o economista Guilherme Mello. /FPA.

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