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18/04/2015 - 07:52

Cavalera Verão 2016


Alberto Hiar se inspira na cultura da tribo indígena Yawanawá.

Às margens do Rio Gregório, no coração da Floresta Amazônica acreana, a pequena embarcação encosta, após oitos horas de viagem. Alberto Hiar, então, finca os pés em terra firme e é recebido, de braços abertos, pela tribo Mutum da etnia Yawanawá, formada por 100 indígenas, aproximadamente. O canto da floresta que ecoava por entre a copa das árvores, agora tão perto, pode ser sentido no coração. A desconexão se completa no Ritual Vekushi. Em meio a cantos e danças tradicionais dos indígenas, o sepa - resina rara de ser encontrada na floresta - é queimado a fim de promover a purificação espiritual, dar as boas-vindas aos visitantes e evocar a proteção dos espíritos da floresta. O perfume do sepa em brasa envolve todo o ar que se respira.

Há tempos, o diretor- criativo da Cavalera buscava um meio de trazer algo tão intrínseco a cultura brasileira para o universo da marca paulistana. A vontade era tamanha que Hiar optou por desvendar e vivenciar, in loco, os mistérios da Floresta Amazônica e da cultura Yawanawá e, através dos rituais de purificação, livrar-se de qualquer energia negativa para, a partir de então, conceber o direcionamento da coleção apresentada.

Dessa maneira, teve início a coleção “Kenes”, nome dado aos desenhos típicos que possuem significado espiritual ligado ao universo cosmológico Yawanawá. Os característicos kenes serviram de inspiração para estampas exclusivas, recortes e modelagens. Um dos desenhos mais importantes traz a representação da ponta da lança que, em seu formato angular, surge em prints e em recortes profundos.

A grande força da mulher Yawanawá, liderada pela Cacique Mariazinha, é retratada na coleção em detalhes expressivos e marcantes que se equilibram com a delicadeza e a leveza feminina. O colorido está muito presente, fato quase inédito para uma marca que tem suas origens cravadas no universo rock’nroll. Vestidos e saias mini ou longas, frentes-únicas e decotes profundos garantem uma imagem sensual e com o corpo mais à mostra. O contraponto é feito nos sapatos, que ganham solados pesados, fivelas e ares góticos.

Do lado masculino, Hiar explora a imagem de um safári mais utilitário, bastante rústico e, despretensiosamente, elegante. Os tons neutros, como cáqui, branco e preto reinam por entre parkas, bermudas, jaquetas quebra-vento e calças de corte slim. A alfaiataria, com paletós de um, dois ou quatro botões, segue desconstruída, sem ares muito formais e ganha formas, principalmente, na sarja.

Tecidos—Em sua maioria importados da França, Índia e Turquia, com delicados bordados artesanais indianos. Patchwrok de jeans, tule de seda, musseline, cetim de seda, cambraia de algodão egípcio e sarja.

Cartela de cores—Amarelo, azul-turquesa, flamingo, vermelho, branco, preto e cáqui.

Estampas—Ponta de lança, borboletas, jibóias, andorinhas, onças e tramas de redes.

Diretor criativo: Alberto Hiar | Estilo: David Pollak e equipe | Styling: David Pollak| Beleza: Robert Estevão| Direção de desfile: Wan Vieira

Trilha sonora (ao vivo): 20 índios Yawanawás – As vozes da Floresta

Agradecimento Especial: João Bôsco Nunes – Maanaim Turismo

Ícone da cultura de vanguarda de uma geração, a Cavalera se destacou no cenário nacional por traduzir o universo da música e dos esportes através de suas irreverentes coleções de streetwear. |www.cavalera.com.br|.Abest.

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