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20/04/2015 - 22:19

Embrapii aposta em inovação como remédio para a crise

Empresa do governo federal já ajudou mais de 70 empresas em projetos cooperativos de inovação.

Inovação: palavra-chave para mudanças em tempos de crise econômica. No Brasil, muitos empresários e industriais veem no segmento a chance de retomar a competitividade em seus negócios. A última Pesquisa de Inovação, realizada pelo IBGE, em 2011, mostra que a participação de empresas industriais inovadoras que utilizaram ao menos um instrumento de apoio governamental, aumentou de 22,8%, em 2008, para 34,6%, em 2011. É nesse sentido que foi criada a Empresa Brasileira de Pesquisa e Inovação Industrial (Embrapii), que desde sua fundação, em 2013, já firmou parceria com 75 empresas, totalizando R$ 196 milhões em projetos cooperativos de inovação. No ano de 2015, somente nos dois primeiros meses, foram fechados R$ 13 milhões em contratos.

Por ser uma Organização Social, que mantém contrato de gestão com o Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI), o repasse de recursos às empresas e institutos de tecnologia para projetos de inovação é mais rápido que em outras linhas de incentivo. Essa agilidade no repasse de recursos foi um dos principais pontos levantados pelos representantes da Mobilização Empresarial pela Inovação (MEI), formada por industriais, a qual originou o projeto Embrapii e colocado em prática pelo Governo Federal.

A Embrapii atua por meio da cooperação com instituições de pesquisa científica e tecnológica, públicas ou privadas, tendo como foco as demandas empresariais, na fase pré-competitiva da inovação. Ao compartilhar riscos de projetos com as empresas, tem o objetivo de estimular o setor industrial a inovar mais e com maior intensidade tecnológica para, assim, potencializar a força competitiva das empresas tanto no mercado interno como no mercado internacional. O financiamento da instituição obedece a seguinte regra geral: a Embrapii pode investir até um terço das despesas das unidades com projetos de PD&I com empresas, enquanto o restante é dividido entre a empresa parceira e o instituto tecnológico (unidade Embrapii).

Dessa forma, as empresas podem dividir os custos em projetos que podem aperfeiçoar sua cadeia produtiva. Como foi o caso da Votorantim Metais, que iniciou a substituição do coque de petróleo usado para alimentar as caldeiras de produção de níquel por um derivado de sementes de algodão e outros óleos vegetais, com uma economia de R$ 10 milhões ao ano. E A BG do Brasil, ex-British Gas, que desenvolve com o Senai-Cimatec um robô autônomo para inspeção em águas profundas na exploração de petróleo. Há, ainda, a Mahle Metal Leve, que desenvolve com o Instituto de Pesquisas Tecnológicas (IPT) componentes de motores a diesel mais resistentes.

“Nosso pensamento na Embrapii é que a competitividade da indústria brasileira depende de uma lista gigantesca de fatores, mas não há dúvida de que a capacidade inovadora pode se sobrepor a uma série deles. O único caminho para virarmos esse jogo da indústria é por meio da inserção verdadeira de novos materiais e tecnologias, e do uso de inteligência em produtos como uma nova cultura de mais conhecimento dentro da indústria”, avalia João Fernando Oliveira, diretor-presidente da Embrapii.

Neste ano, há nove projetos em andamento. A multinacional Padtec investiu em uma pesquisa que visa o desenvolvimento, suporte e evolução de tecnologias inovadoras de sistemas de comunicações ópticas WDM (Wavelength Division Multiplexing) de alta capacidade. A Gnatus, multinacional especializada em produtos odontológicos, com um faturamento médio anual de R$ 280 milhões, investiu em um sistema inteligente de comercialização. A Fanem, importante fabricante nacional de equipamentos médicos e laboratoriais, trabalha na pesquisa e desenvolvimento de uma nova plataforma de equipamentos da fabricante para o segmento de neonatologia. Já a Volvo assinou um contrato na área de eletrônica embarcada, que busca inovação para os caminhões da montadora que atuam na área agrícola. A fabricante de bebidas Brasil-Kirin trabalha em um projeto na área de Biomassa.

Todos os projetos são desenvolvidos por laboratórios credenciados, chamados de Unidades EMBRAPII, que recebem todo o acompanhamento técnico até sua fase final. Atualmente, há 13 unidades espalhadas pelo Brasil, além de outros cinco Institutos Federais de Educação, Ciência e Tecnologia.

Embrapii? Criada em 2013 pelo governo federal, a Embrapii é uma Organização Social com o objetivo de incentivar a inovação industrial brasileira. Mantém contrato de gestão com o Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI) e o Ministério da Educação (MEC) e atua por meio da cooperação com instituições de pesquisa científica e tecnológica, públicas ou privadas, tendo como foco as demandas empresariais, na fase pré-competitiva da inovação.

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