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23/04/2015 - 07:55

worldsteel estima que em 2015 o consumo aparente de aço vai aumentar 0,5%

Indicação está nas projeções de curto prazo para o mercado global de aço 2015-2016 da associação.

Santiago, Chile— No dia 20 de abril(segunda-feira), a Associação Mundial do Aço, worldsteel publicou suas projeções de consumo e produção para o mercado global de aço em 2015 e 2016 (SRO, por sua sigla em Inglês). A organização estima que em 2015 o consumo aparente de aço vai aumentar 0,5%, atingindo 1,544 milhões de toneladas, em comparação com a expansão de 0,6% que foi alcançado em 2014. Em 2016, a demanda atingirá 1.565 milhões de toneladas (1,4% de crescimento anual).

Projeções de curto pra zo 2015-2016: Panorama Regional

Estas estimativas sugerem um crescimento moderado para o mercado global de aço. Hans Jürgen Kerkhoff, presidente do Comitê de Economia da worldsteel, disse: “Estas projeções moderadas devem se sobretudo à desaceleração na China e refletem a influência dos ajustamentos estruturais na maioria das economias. Enquanto estas mudanças acontecem, a indústria do aço vai experimentar um ritmo de crescimento mais lento, com foco na eficiência operacional e em adicionar valor à seus clientes e para a sociedade”.

“Continuamos a enfrentar alguns riscos em partes da Europa e em certas regiões da Europa, instabilidade geopolítica, volatilidade dos mercados de capitais internacionais e a desaceleração econômica na China, no entanto seu impacto diminuiu. Começamos a observar certos acontecimentos encorajadores: notícias positivas das economias em desenvolvimento e sinais de recuperação na Zona Euro. Verifica-se um otimismo crescente sobre a Índia e um aumento na utilização do aço no Oriente Médio, Norte da África e no Sudeste Asiático. Estes desenvolvimentos não são suficientes para combater a desaceleração da China, mas esperamos que as projeções melhorem depois de 2016”, concluiu Kerkhoff.

Para a América Latina, Rafael Rubio, diretor-geral da Alacero, observou que “tanto em 2015 como em 2016 serão anos difíceis para a indústria do aço regional. A pressão das importações da China, em condições comerciais desleais, continuará a perjudicar a competitividade das indústrias locais, que não podem enfrentar os subsídios do governo chinês. A isto se soma a elevada vulnerabilidade em que ficou a região após a queda acentuada dos preços do petróleo e das matérias-primas, suas principais fontes de exportação”. Em sua opinião, “só com uma ação eficaz e urgente dos governos nacionais, a América Latina vai poder garantir igualdade de condições no campo de jogo e de acordo com as regras da OMC. Assim como também recuperar a atividade industrial, por exemplo, através de investimentos em infraestrutura”.

As figuras de worldsteel indicam que a demanda de aço laminado na América Latina vai cair um pouco em 2015 até 70 milhões de toneladas (-1,4%) para recuperar 3,6% em 2016 e atingir 72 milhões de toneladas. Nesse ano, América Latina será responsável pelo 4,6% do consumo mundial de aço laminado.

China—O relatório da worldsteel observa que em 2014 a demanda de aço da China caiu pela primeira vez desde 1995. Isto deveu-se a que os esforços no sentido de reorientar a estratégia econômica do governo afetaram o mercado de bens imóveis. Espera-se que esta situação prossiga sem mudanças no curto prazo e que o consumo de aço na China continue com quedas históricas de -0,5%, tanto em 2015 como em 2016. Também é possível presumir que não haverá uma recuperação significativa no médio prazo, e há incertezas sobre o impacto das medidas do governo para estabilizar a economia em desaceleração.

Consideram que, ao entrar em uma nova fase de desenvolvimento, China vai voltar a encontrar um equilíbrio, mas isso vai levar um tempo. Por agora, a situação traz consequências para a indústria global de aço, pois intensifica as fricções comerciais como resultado do aumento dos fluxos de exportação desde a China, como já foi demonstrado em 2014.

Preço do Petróleo—A queda acentuada dos preços do petróleo influenciaram nas projeções elaboradas pela worldsteel. No entanto, o seu impacto difere de um país para outro. É negativo no que respeita a demanda de aço relacionada com a indústria do petróleo. Por outro lado, favorece o consumo nos países importadores de petróleo. Ao reduzir a pressão inflacionista, permite aliviar as políticas monetárias naqueles países com alta inflação, o que poderia aumentar a recuperação no consumo do aço. Na medida em que as economias vão se ajustando aos preços mais baixos do petróleo, a demanda por aço poderia ser reduzido no curto prazo em algumas economias, mas por outro lado promoverá o crescimento econômico e a utilização do aço a médio prazo.

Mundo Desenvolvido—Em 2014, o mundo desenvolvido mostrou um crescimento na demanda de aço de 6,2% que se explica pela recuperação da economia dos Estados Unidos. No entanto, em 2015 espera-se uma expansão moderada na demanda de aço, devido, por um lado, a que começa a partir de uma base alta, mas também porque o ambiente nos mercados consumidores de aço dos Estados Unidos, Japão e Coréia do Sul não será tão favorável. A recuperação da Europa ainda enfrenta restrições como a elevada taxa de desemprego e o baixo investimento. Assim, espera-se que a demanda de aço nestes países cresça apenas 0,2% em 2015 e 1,8% em 2016.

Perfil da Alacero (Asociación Latinoamericana del Acero)— É uma entidade civil sem fins lucrativos que reúne a cadeia de valor do aço da América Latina para fomentar os valores de integração regional, inovação tecnológica, excelência em recursos humanos, responsabilidade empresarial e sustentabilidade sócioambiental. Fundada em 1959, é formada por 50 empresas de 25 países, cuja produção é de aproximadamente 70 milhões anuais- representando 95% do aço fabricado na América Latina. Alacero é reconhecida como Organismo Consultor Especial para as Nações Unidas e como Organismo Internacional Não Governamental por parte do Governo da República do Chile, país sede da Secretaria-Geral. |www.alacero.org.

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