Dia Mundial de Luta contra a Malária – 25 de abril

Infectologista orienta como prevenir a doença e descarta risco de epidemia.

A malária no Estado do Rio de Janeiro está longe de configurar epidemia, mesmo com o salto expressivo para 23 casos só nos três primeiros meses deste ano. Estes registros aconteceram em regiões próximas à Mata Atlântica devido às condições favoráveis para o desenvolvimento da doença nestas áreas. A combinação de altas temperaturas e clima chuvoso neste período do ano foram os dois principais fatores para a proliferação do mosquito transmissor da malária, o Anopheles, no Estado.

Em 2014, foram contabilizados oito casos e apenas cinco, em 2013, no Estado do Rio de Janeiro. Mesmo assim, o infectologista do Hospital Caxias D´Or, Marcelo Gonçalves, orienta que é importante aumentar os cuidados na hora de visitar as áreas de mata da Região Serrana do Estado. O alerta do especialista é pelo Dia Mundial de Luta contra a Malária, comemorado em 25 de abril.

“As medidas mais eficazes de combate à doença podem ser tomadas por cada indivíduo. O uso de repelentes, de calças e camisas de mangas compridas, de mosquiteiros impregnados com inseticidas à base de permetrina, de telas em portas e janelas, são algumas ações eficazes para se proteger da doença”, explica o médico.

As pessoas infectadas no Rio contraíram uma forma mais branda da malária, causada pelo protozoário da espécie Plasmodium vivax. No Brasil, a infecção por esta espécie é bastante comum, no entanto raramente é fatal, embora o parasito possa ficar alojado por vários meses no fígado. Os sintomas da malária são semelhantes aos de várias outras enfermidades infecciosas.

“Fora das áreas endêmicas, como na Amazônia legal, os médicos acabam tendo dificuldades em diagnosticar a malária, já que os sintomas podem ser confundidos com o de outras doenças. O mais importante é que o paciente conte claramente seu histórico de viagem ao médico para que o diagnóstico seja o mais rápido e preciso”, complementa o infectologista do Caxias D´Or.

Vale lembrar que nesta época do ano, não apenas a Malária preocupa os médicos. Doenças como a Dengue e a febre Chikungunya ficam em evidência e provocam sintomas semelhantes aos da malária, já que a doença não é endêmica no estado e muitos profissionais de saúde não conseguem diagnosticá-la de imediato.