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24/04/2015 - 07:48

Visão de futuro

Diagnóstico precoce e preciso pode erradicar a cegueira.

“Hoje, só fica cego quem perder o timing do tratamento”. A declaração é do médico oftalmologista Paulo Augusto de Arruda Mello Filho, participante do 40º Congresso da Sociedade Brasileira de Retina e Vítreo – Retina 2015 -, evento internacional encerrado nesta segunda-feira, 20 de abril, em Florianópolis. Entre as muitas causas para a perda total de visão, o diabetes é fator de extrema relevância, e que, segundo o especialista, “virou epidemia, em função da má alimentação e do sedentarismo”, características do estilo de vida atual.

Mas existem outras causas que prejudicam a saúde dos olhos, como degeneração macular relacionada à idade, obstruções dos vasos da retina e glaucoma. Todas doenças que, se identificadas a tempo, podem ser controladas com o tratamento. Especialmente ao se levar em conta as avançadas pesquisas científicas e as surpreendentes inovações tecnológicas para o setor, que estão permitindo resultados mais favoráveis e menor risco de progressão para a cegueira.

Entre as mais importantes alternativas, um tratamento revolucionário com medicamento aplicado dentro do olho. “É um procedimento rápido, seguro, indolor, feito com injeção”, explica Paulo Mello, referindo-se ao Ozurdex ®, um implante intravítreo de dexametasona, indicado para tratamento do edema da mácula após oclusão do ramo de veia retiniana ou de oclusão de veia retiniana central. É indicado para tratar de processos inflamatórios do fundo do olho.

Outra iniciativa fundamental é o Jetrea ®, um medicamento recém aprovado no Brasil, lançado agora durante o Retina 2015 e que permite tratamento até então somente possível com procedimento cirúrgico. “É uma nova e espetacular ferramenta para terapias da perda de visão grave, em pacientes com tração vitreomacular e com buraco de mácula inicial”, celebra o médico André Vieira Gomes, palestrante no evento e presidente da Sociedade Brasileira de Retina e Vítreo (SBRV). Trata-se de uma enzima que, ao ser injetada, age diretamente na gelatina do olho – o vítreo –, ajudando a fechar o buraco macular, e reduzindo os sintomas causados pela tração vitreomacular.

Retinografia—Se os medicamentos superam expectativas com seus resultados, as máquinas atualmente disponíveis também se tornam essenciais. “Temos ao nosso dispor equipamentos que permitem a fotografia da retina num ângulo muito grande, e também capazes de realizar tomografia com alta resolução”, comemora André Gomes. O oftalmologista cita os aparelhos de retinografia e de angiografia como essenciais para os diagnósticos cada vez mais precisos, com uma elevada definição de imagens digitais – o que facilita amplamente os procedimentos médicos necessários.

“Já podemos contar com uma série de computadores de alta performance e com instrumentos que nos permitem atuar de forma mais impactante. São uma nova geração de equipamentos, inclusive microscópios, utilizados para a melhora dos resultados cirúrgicos”, enfatiza André Gomes que também é professor na USP (Universidade de São Paulo).

Ele exalta a importância da reunião científica para disseminar conhecimento, com debates dinâmicos e acompanhados por apresentações imponentes – como aconteceu agora, durante o Retina 2015. “Conseguimos realizar um evento com extrema organização, sofisticado, e de grande importância”, finaliza o oftalmologista, revelando a enorme satisfação de ver a Sociedade Brasileira de Retina e Vítreo como a terceira melhor organização do setor no mundo – ficando atrás apenas para a americana ASRS (American Society of Retina Specialists) e a europeia Euretina (European Society of Retina Specialists).

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