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25/04/2015 - 08:37

Hamburg Süd encerra 2014 com faturamento de 5,2 bilhões de euros


Empresa movimentou, juntamente com a subsidiária Aliança, cerca de 3,4 milhões de contêineres, um aumento de 2% em relação ao período anterior.

São Paulo— Embora o crescimento econômico global tenha se mantido no mesmo nível do ano anterior, com 3,4%, a Hamburg Süd finalizou o período com os embarques de contêineres apresentando um aumento considerável, em torno de 5,4% (3,6% em 2013). No entanto, a capacidade de slots disponíveis nos navios também teve incremento, superando o volume transportado de contêineres. Consequentemente, não foi possível reduzir a capacidade excedente e o frete registrou queda na maioria dos mercados. Um efeito positivo foi o preço do combustível, que caiu consideravelmente em relação ao quarto trimestre de 2014.

O fraco desempenho econômico do Brasil, Argentina e Venezuela contribuíram para a queda, e em alguns casos, foi negativo o crescimento nas rotas Norte-Sul. Com isso, a Hamburg Süd e sua subsidiária brasileira Aliança conseguiram aumentar o volume de transporte em 2%, totalizando 3,4 milhões de contêineres. Com os fretes em queda e o enfraquecimento do dólar, os negócios caíram cerca de 1%, registrando um faturamento de 5,2 bilhões de euros.

Não menos importante, impulsionado pelo dinamismo econômico em declínio na China, o transporte de granéis mais uma vez enfrentou difíceis condições de mercado em 2014 e foi incapaz de sair do vermelho.

O número de profissionais do Grupo Hamburg Süd aumentou 4% em comparação com o ano anterior, encerrando em 5.360 colaboradores (incluindo a tripulação de 1.383 e excluindo estagiários).

As despesas com capital situou-se em 348 milhões de euros, em torno de 23% menos do que 2013, e foram integralmente financiadas pelo fluxo de caixa. Este compreende, principalmente, depósitos e pagamentos por dez navios com capacidades que variam entre 4.800 e 9.600 contêineres.

Desempenho dos serviços da Hamburg Süd—Ao contrário do fraco desenvolvimento econômico verificado na maioria dos países da América do Sul, acompanhado, em alguns casos, por volumes mais baixos, a Hamburg Süd apresentou um aumento de 2,3% na movimentação de cargas, encerrando com 3.375.000 contêineres. Os fretes sofrerem alta pressão em razão da capacidade adicional verificada nos mercados da Ásia. O comércio Norte-Sul, sobretudo, impactou severamente nas rotas da América do Sul, causando um acréscimo na capacidade de tonelagem, que não pôde ser compensado pelas baixas taxas de crescimento no transporte.

Apesar do aumento do transporte, os custos com combustível foram reduzidos em torno de 11%. Essa queda também foi motivada pela entrada em operação de navios que fazem uso de moderna tecnologia, o que otimiza e dá eficiência aos fluxos operacionais.

No geral, a Hamburg Süd alcançou um resultado positivo nos serviços marítimos mesmo com as adversidades verificadas no mercado.

Navios e contêineres—Em 31 de dezembro de 2014, a frota da Hamburg Süd totalizava 168 navios, 46 dos quais próprios. Destes, 112 foram colocados em operação em serviços regulares e 56 afretados em operações tramp (graneleiros e petroleiros). Assim como no ano anterior, a frota foi ampliada por navios adicionais na classe “Cap San”, com capacidade para 9.600 contêineres. E também foram complementadas por navios para 9.000 contêineres, na classe “San”, que apresentam capacidade elevada para transporte de produtos refrigerados. Com isso, o número de navios com capacidade para 9.000 contêineres encerrou em 13, sendo empregados, principalmente, nos serviços entre Ásia-Europa e Europa-Costa Leste da América do Sul.

A Aliança também colocou em operação na cabotagem dois navios com capacidade para 4.800 contêineres, melhorando ainda mais a eficiência dos custos operacionais. Cinco navios mais velhos e menores foram vendidos e a capacidade de contêineres aumentou para 468 mil unidades.

Com um aumento total de serviços regulares para cerca de 537 mil contêineres, a capacidade média dos navios subiram de 4.437 contêineres para 4.765 contêineres, refletindo a estratégia em curso da Hamburg Süd em melhorar ainda mais a eficiência de sua frota. Outros três navios da classe “Cap San” estão em construção e com previsão de entrega para 2015.

Transporte de granéis—Em razão do excesso de capacidade, os ganhos no segmento de transporte de granéis permaneceram sob pressão ao longo do ano. Operado pelas empresas Rudolf A. Oetker, Furness Withy Chartering e Aliança Bulk, a movimentação de carga a granel novamente não conseguiu um resultado positivo em 2014 e, assim, manteve-se praticamente no mesmo nível.

Perspectivas para 2015—No final de março deste ano, a Hamburg Süd assumiu os serviços regulares da Companhia Chilena de Navegação Interoceânica (CCNI) entre a Costa Oeste da América do Sul, Ásia, América do Norte e Europa. Isso representa um aumento no volume de transporte da empresa em 10% ou cerca de 300.000 contêineres. Em determinadas rotas, a Hamburg Süd é líder no mercado e em outras está em desenvolvimento, já que não operava anteriormente. A integração total entre as empresas será realizada no primeiro semestre de 2015.

A fim de expandir sua atuação e oferecer vantagens logísticas, a Hamburg Süd passou a operar nas rotas Leste-Oeste no início do ano, em parceria com a United Arab Shipping Corp (UASC), com sede em Dubai, o que permite que a empresa forneça capacidade de transporte a preços competitivos. Em troca, a UASC opera nas rotas da América do Sul através de serviços da Hamburg Süd.

Com a colaboração da UASC, a Hamburg Süd é capaz de reduzir a sua dependência da América do Sul e oferecer aos clientes uma extensa rede de atuação. Isso também permite à empresa projetar um novo crescimento e reduzir custos operacionais tanto em terra como no mar.

Em razão da evolução favorável dos preços dos combustíveis e as taxas de câmbio, o Grupo Hamburg Süd acredita que os resultados operacionais esperados para 2015 serão maiores do que os registrados no ano passado, no entanto, isso será possível a partir da integração das atividades da CCNI.

Perfil—A Hamburg Süd é líder no segmento de transporte marítimo de contêineres na Costa Leste da América do Sul e uma das maiores empresas de navegação do mundo. Foi fundada em 1871, em Hamburgo, ofertando serviço mensal de transporte de carga da Alemanha para o Brasil e para La Plata. A companhia também foi responsável pela vinda de milhares de imigrantes alemães para o Brasil ao longo dos séculos XIX e XX.

No final da década de 40, a Hamburg Süd foi adquirida pelo Grupo Oetker. A empresa é considerada uma das maiores do grupo operando no transporte marítimo e está presente nas Américas, Europa, África, Ásia e Oceania, seja diretamente ou através de empresas coligadas. O maior fluxo de mercadorias concentra-se nos trechos Brasil e Argentina para Europa.

Perfil—A Aliança Navegação e Logística foi fundada em 1950 por Carl Fisher. Em 1998, a empresa foi adquirida pelo Grupo Oetker, também proprietário da Hamburg Süd. Em 1999, a Aliança retoma o transporte de cabotagem no Brasil, que até então era subutilizado.

Entre 2013 e 2014, a Aliança reestruturou sua frota de cabotagem com um investimento de R$ 700 milhões na compra de 6 navios porta-contêineres com capacidades que variam de 3.800 TEUs a 4.800 TEUs. Atualmente, a empresa conta com 13 navios em operação no serviço, com amplo atendimento em 15 portos de Buenos Aires até Manaus, e um total de 104 escalas mensais.

A Aliança é market leader na cabotagem e possui uma carteira de clientes que vai do arroz ao zinco, com grandes, pequenas e médias empresas e em praticamente todos os segmentos do mercado, com destaque cada vez maior para os segmentos de bens de consumo duráveis. No ano passado, obteve um faturamento de R$ 3,6 bilhões e movimentou 710 mil contêineres.

A empresa tem forte atuação no mercado externo, com 25 navios porta-contêineres que fazem a rota internacional, distribuídos em 9 serviços. Além disso, oferece o transporte de granéis (fertilizantes, grãos e minérios), onde são utilizados 8 navios com capacidade que vão de 38 mil toneladas a 45 mil toneladas.

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